José Maria da Fonseca de Évora | |
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Bispo da Igreja Católica | |
Bispo do Porto | |
Retrato de D. Frei José Maria da Fonseca e Évora, 1749, pintura, João Glama Ströberle, atrib. Diocese do Porto. | |
Atividade eclesiástica | |
Ordem | Ordem dos Frades Menores Observantes |
Diocese | Diocese do Porto |
Eleição | 10 de fevereiro de 1739 |
Nomeação | 2 de janeiro de 1741 |
Entrada solene | 5 de maio de 1743 |
Predecessor | Tomás de Almeida |
Sucessor | António de Távora |
Mandato | 1741-1752 |
Ordenação e nomeação | |
Profissão Solene | 8 de dezembro de 1712 |
Ordenação presbiteral | dezembro de 1715 |
Nomeação episcopal | 2 de janeiro de 1740 |
Ordenação episcopal | 12 de março de 1741 Sé de Lisboa por Tomás de Almeida |
Brasão episcopal | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Évora 3 de dezembro de 1690 |
Morte | Porto 16 de junho de 1752 (61 anos) |
Nome nascimento | José Ribeiro da Fonseca Figueiredo e Sousa |
Nacionalidade | português |
dados em catholic-hierarchy.org Bispos Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
José Maria da Fonseca de Évora, O.F.M. Obs. (Évora, 3 de dezembro de 1690 - Porto, 16 de junho de 1752) foi um frei franciscano, diplomata e prelado português da Igreja Católica, que serviu como embaixador português na Santa Sé e como bispo do Porto.
Nascido José Ribeiro da Fonseca Figueiredo e Sousa, era filho de um tenente de cavalos, que servira a Casa de Áustria em Milão e em Flandres, Manuel Ribeiro da Fonseca Figueiredo e de sua esposa, Ana Maria Barroso da Gama Michão. Estudou na Universidade de Évora, onde obteve o mestrado em artes, e depois (a partir de 1710) na Universidade de Coimbra, onde obteve o doutorado em direito canônico.[1]
Em 1712, estando na embaixada do Marquês de Fontes, José Ribeiro da Fonseca Figueiredo e Sousa parte para Roma, cidade onde permaneceria até 1740. Professou na Ordem dos Frades Menores Observantes em 8 de dezembro de 1712, no convento franciscano de Santa Maria in Aracoeli de Roma, tomando o nome de Frei José Maria da Fonseca Évora.[1]
Foi ordenado padre em dezembro de 1715.[2]
A partir de 1723 exerceu sucessivos cargos de relevância no contexto da ordem franciscana, sendo nomeadamente, Superior e Prelado Geral de toda a ordem, seu visitador e reformador apostólico. No desempenho de tais cargos instituiu novas aulas de filosofia, teologia especulativa e moral no convento de Aracoeli, renovou a capela Savelli (no transepto da igreja conventual), bem como mandou reedificar outras construções pertencentes à Ordem dos Frades Menores.[1][3]
Em 1723, manda restaurar e enriquecer a biblioteca do convento de Aracoeli, depois conhecida como Biblioteca Eborense. Também lá estabeleceu uma casa para biblioteca, ornada de primorosas estantes e elegantes pinturas e nela pôs tão grande numero de livros, impressos e manuscritos, que se tornou uma das mais ricas bibliotecas de Roma. Em recompensa, o Papa Clemente XII lhe concedeu por breve de 20 de setembro de 1727 a administração vitalícia da biblioteca, com a faculdade de nomear bibliotecários e demais oficiais.[1][3]
No ano de 1728 as relações diplomáticas entre Portugal e a Santa Sé são interrompidas. Assim, todos os portugueses não residentes permanentemente em Roma, recebem ordem para abandonar a cidade. Partem naturalmente o embaixador e respectiva comitiva, bem como o cardeal D. José Pereira de Lacerda, os responsáveis pela Academia de Portugal em Roma (José Correia de Abreu e José Jorge de Sequeira) e todos os jovens artistas que ali pensionavam, entre outros.[1]
Com essa situação, assumiu as funções de encarregado de negócios do rei de Portugal em Roma. Ao cargo de encarregado de negócios sucede-se o de embaixador de Portugal (entre 1730 e 1740). Em 1731 foi nomeado ministro residente e em 1733, ministro plenipotenciário.[1][3] Foi ainda intendente dos negócios do Reino da Sardenha, sendo seu plenipotenciário, nos papados de Bento XIII, Clemente XII e Bento XIV, além de membro de diversas academias, como a Etrusca, a dos Árcades e da Academia Real da História Portuguesa. Ainda, foi nomeado pela República de Veneza e pelo Senado Romano como Patrício.[3]
Em 10 de fevereiro de 1739 foi feito bispo do Porto, por nomeação de Dom João V, apresentada no consistório de 2 de janeiro de 1740 e confirmada pelo Papa Papa Bento XIV. Partiu de Roma em 1 de outubro deste ano, chegando em Lisboa em 18 de dezembro.[3]
Foi consagrado em 12 de março de 1741, na Sé de Lisboa, pelo cardeal-patriarca Dom Tomás de Almeida, coadjuvado por Dom Hilário de Santa Rosa, O.F.M. Ref., bispo de Macau e por Dom João do Nascimento, O.F.M. Ref., bispo do Funchal.[2][3] Fez entrada solene na diocese em 5 de maio de 1743. Na diocese, além do governo pastoral, mandou reparar e adornar o Paço Episcopal do Porto.[3]
Morreu em 16 de junho de 1752 e foi sepultado na Sé do Porto.[1][3]
Precedido por O 3.º Marquês de Fontes |
Embaixador de Portugal junto à Santa Sé 1728 — 1740 |
Sucedido por Manuel Pereira de Sampaio |
Precedido por Tomás de Almeida |
Bispo do Porto 1741 — 1752 |
Sucedido por António de Távora |