Informações pessoais | ||
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Nome completo | Juary Jorge dos Santos Filho | |
Data de nascimento | 16 de junho de 1959 (65 anos) | |
Local de nascimento | São João de Meriti, Rio de Janeiro, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Altura | 1,68 m | |
Pé | destro | |
Informações profissionais | ||
Posição | ex-centroavante | |
Clubes de juventude | ||
1973–1975 |
Pavunense FC Santos | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1976–1980 1980 1980–1982 1982–1983 1983–1984 1984–1985 1985–1988 1988 1989 1990–1991 1991–1992 |
Santos Universidád Guadalajara Avellino Inter de Milão → Ascoli (emp.) → Cremonese (emp.) Porto → Portuguesa (emp.) Santos Moto Club Vitória-ES |
? (5) 36 (4) ? (10) 19 (2) ? (2) |
Juary Jorge dos Santos Filho (São João de Meriti, 16 de junho de 1959), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante.
Fez sucesso nos anos 70 e 80, principalmente pelas equipes do Santos Futebol Clube, onde foi um dos "Meninos da Vila"[1][2][3], e do time português Futebol Clube do Porto, onde marcou o gol do título da Liga dos Campeões da UEFA de 1987[4].
Sua posição era a de centroavante e apesar da pouca estatura, compensava com muita velocidade e poder de finalização impressionante.
Passou pelas categorias inferiores da Pavunense FC, antes de jogar nas equipes juvenis do Santos FC aos 14 anos de idade[5][6]. Chegou jovem, com o sonho de jogar no "time de Pelé". Infelizmente, nessa época o clube passava por uma das piores crises técnicas da sua história, não tendo conseguido se classificar entre as 12 equipes que disptaram o segundo turno do Campeonato Paulista de Futebol de 1976. Fez sua primeira partida no amistoso no dia 27 de maio de 1976, na derrota por 3 a 0 diante da equipe do Volta Redonda no estádio Raulino de Oliveira.[3][6]
No Campeonato Brasileiro de Futebol de 1976 houve uma melhora com a chegada de Aílton Lira, mas uma derrota para o Internacional por 3x1, de virada, com o Morumbi lotado de santistas,[7] mostraria que o time ainda não era competitivo. Foi o último campeonato que fez um dos remanescentes da Era Pelé, o ponta-esquerda Edu que deixaria o clube em seguida.
O Campeonato Paulista de 1977 apresentara poucas melhoras, mas Juary teve a sua primeira grande chance quando naquele mesmo ano o Santos foi convidado a disputar o torneio Copa Cidade de São Paulo, do qual participariam a SE Palmeiras, o Corinthians e o Atlético de Madrid. Ao eliminar o arquirrival do Parque São Jorge, o Santos fez a final com o Atlético de Madrid. O zagueiro do time espanhol era Luís Pereira, titular da seleção brasileira da Copa de 1974 e considerado um dos maiores jogadores da posição da história do futebol brasileiro. Nessa partida, porém, diante de uma imensa torcida santista, o zagueiro vacilou na frente de Juary e viu o rápido garoto tomar-lhe a bola e fazer o primeiro gol da partida.[5] O Santos não ficou com o título, mas no dia seguinte os jornais estampavam imensas manchetes que destacavam a "brincadeira" do grande Luís Pereira e o atrevimento daquele "menino" que não se impressionara com a fama do craque.
Em 1978, ao novamente ser eliminado no Campeonato Brasileiro de Futebol de 1978, num jogo com o Londrina no Pacaembu (derrota de 2x1[8]), o time passaria o período de parada pela Copa do Mundo de 1978 e se rearmaria graças ao trabalho do treinador Chico Formiga, que finalizaria o time dos "Meninos da Vila" promovendo o garoto Pita dos juvenis, para jogar ao lado de Clodoaldo e Aílton Lira no meio-de-campo. Após realizar alguns amistosos preparatórios no qual ficaria claro a qualidade do time, estreou no Campeonato Paulista de Futebol de 1978 contra o Corinthians. Esse time não dava sorte para Juary, que nunca conseguiu marcar gols contra ele, porém a exibição santista foi primorosa e vencia com um gol de Pita até que numa jogada isolada o centroavante Geraldo Manteiga conseguiu empatar, já nas proximidades do final da partida. Mas a consolidação do time viria algumas rodadas depois no clássico contra o São Paulo FC. O time do Morumbi tinha uma formação experiente, campeã brasileiro em 1977, mas seus jogadores eram pesados e gostavam de um jogo truncado, bem ao estilo de um dos líderes do time, o famoso volante Chicão (que jogou a Copa do Mundo de 1978 no lugar de Falcão) e do técnico Minelli. Essas características não se mostraram adequadas para enfrentar a garotada santista, que acabou vencendo a partida por 3x1, com dois gols de Juary. A excelente campanha levou o Santos a disputar a final do 1º Turno com o Corinthians, mas dessa vez os santistas não obtiveram sucesso, sendo derrotados por 1x0, num jogo que ficou marcado pela fúria de Clodoaldo, que foi expulso, e transtornado, destruiu a porta do vestiário do estádio a pontapés.
Mas o campeonato daquele ano seria longo e ao final de 3 turnos, o Santos chegaria à semifinal contra o Guarani, outra dos times que sofreram bastante com os meninos. E o resultado não foi diferente, com o Santos vencendo por 3 a 1, com outro show da garotada. O otimismo pelo título ficou evidente quando na outra semifinal o São Paulo derrotaria o Palmeiras e se classificaria para disputar a final com o Santos. Mas a disputa acabou se mostrando difícil. Depois de uma vitória no primeiro jogo por 2x1, com gols de Pita e Juary, o Santos não conseguiria confirmar o título no segundo jogo, empatando por 1 x 1, com um time cheio de reservas. A terceira partida não contou com nenhum do trio de meninos mais famosos (Juary, Pita e João Paulo) e também não tinha Aílton Lira e Clodoaldo. No gol estava o goleiro Flávio, que substituirá Vítor já há algum tempo. No tempo normal o Santos acabou derrotado por 2x0, mas segurou o empate sem gols na prorrogação e se tornou campeão, o primeiro título após a Era Pelé. Juary foi o artilheiro do campeonato, com 29 gols.
A ótima campanha ainda faria com que o Santos voltasse a ter jogadores convocados para Seleção Brasileira, sendo que Nílton Batata e Juary jogaram algumas partidas. Juary foi convocado para a Copa América de 1979.[5]
Depois desse momento de glória, os Meninos da Vila não conseguiram se firmar nacionalmente, pois na época os times rivais como o Corinthians, que lançou Sócrates, ou de outros estados como as excelentes equipes do Flamengo, de Zico, Vasco da Gama, de Roberto Dinamite, e SC Internacional, de Falcão, davam poucas chances aos adversários.
Também nos Campeonatos Paulistas seguintes as campanhas foram irregulares, com um breve momento de vitórias seguidas sob o comando de Pepe, que lançou o último dos Meninos da Vila, o franzino Rubens Feijão. Mas a falta de títulos foi fatal e, em 1980, o Santos vendeu Juary para o futebol mexicano, sob a desculpa de que ele "não fazia gols no Corinthians". Pita e João Paulo ficariam por mais tempo, mas acabariam saindo do clube após a perda do título brasileiro de 1983 para o Flamengo.
Após atuar alguns meses pela Universidád Guadalajara, se transferiu em 1980 para o Avellino[9][10], sendo um dos primeiros brasileiros na Itália[5]. Logo em sua estreia, marcou um gol contra o Catania pela Coppa Itália.[5] Marcou 5 gols em seu primeiro ano no clube e 8 na segunda temporada, quando foi o artilheiro do time.[5]
Fez a temporada 82/83 pela Inter de Milão[10][11], atuando ao lado de seis campeões mundiais pela Itália[9][12], onde não obteve tanto sucesso, atuando em 36 partidas e marcando 4 gols[5].
Na temporada de 83/84, jogou por empréstimo pelo Ascoli[13], fazendo uma boa temporada[10], onde anotou 10 gols[5].
Foi rebaixado com a Cremonese na temporada 84/85.[14][15][16][17] Pelo clube, fez apenas dois gols em 19 partidas pela Serie A.[18]
Se transferiria para o FC Porto[19], onde em três anos ganharia cinco títulos, sendo campeão da Copa dos Campeões 1987, ao lado do famoso jogador argelino Madjer, marcando gol na final.[5][20]
Depois de oito anos no exterior, voltou ao Brasil para atuar na Portuguesa de Desportos[1] por empréstimo em abril de 1988.[21][22] Atuando apenas no Campeonato Paulista, fez 3 gols e depois de três meses voltou ao FC Porto.[23]
No final de carreira, voltaria ao Santos, mas sem conseguir restaurar o brilho do passado. Sua última partida no Santos FC aconteceu no dia 11 de novembro de 1989, diante do São Paulo no Morumbi em partida do Campeonato Brasileiro.[3] No total, jogou 231 partidas e marcou 101 gols pelo clube[6].[3]
Terminaria a carreira de excelente jogador no Moto Club, do Maranhão.[24]
Foi técnico das categorias de base do Santos, no sub-13, em 2017.[25][26]
Em dois jogos que participou, não marcou gols: em 2 de agosto de 1979 num amistoso contra a Argentina; e 26 de julho de 1979 contra a Bolívia pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1982.
Santos FC
FC Porto