Kaidan (怪談 história de fantasma?) é um substantivo japonês formado por dois kanji: 怪 (kai estranho, misterioso, raro ou aparição fantasmagórica?) e 談 (dan “conversa” ou “narrativa oral”?) que em sentido amplo refere-se a qualquer história de terror ou de fantasma, mas possui uma halo de obsolescência, que carrega a conotação de contos populares do período japonês Edo.
O termo não é mais largamente usado em japonês. Livros e filmes de j-horror, tais como Ju-on e Ringu são melhor rotulados como horā (ホラー "horror"?) ou kowai hanashi (怖い話 "história de terror"?). Kaidan somente é usado quando um autor/diretor deseja especificamente dar um ar démodé à sua história.
Kaidan entrou para o vernáculo japonês durante o período Edo, quando um jogo chamado Hyakumonogatari Kaidankai se tornou popular. Este jogo levou à demanda por histórias de fantasmas e contos folclóricos, reunidos de todas as partes do Japão e da China.
A popularização do jogo, bem como a aquisição de imprensa resultaram na criação de um gênero literário chamado Kaidanshu. Este gênero era originariamente baseado em velhos contos budistas de caráter didático.
A palavra foi usada em inglês por Lafcadio Hearn em seu livro Kwaidan: Stories and Studies of Strange Things (Kwaidan: Histórias e Estudos de Coisas Estranhas). A grafia romanizada kwaidan é baseada na forma arcaica da palavra em kana; pelo sistema revisado de romanização de Hepburn a palavra é transliterada como kaidan.