Karl Olivecrona | |
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Filosofia do Direito | |
Nascimento | 25 de outubro de 1897 Norrbärke, Suécia |
Morte | 5 de fevereiro de 1980 (82 anos) Lund, Suécia |
Sepultamento | Cemitério Antigo de Uppsala |
Nacionalidade | Suécia |
Cidadania | Suécia |
Progenitores |
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Cônjuge | Birgit Lange |
Irmão(ã)(s) | Herbert Olivecrona |
Ocupação | filósofo, filósofo do direito, professor universitário, advogado |
Empregador(a) | Universidade de Lund |
Karl Olivecrona (25 de outubro de 1897, Norrbärke – 5 de fevereiro de 1980) foi um advogado sueco e filósofo do direito.
Karl Olivecrona nasceu no dia 25 de outubro de 1897 em Uppsala, no distrito de Dalarna, na Suécia, filho do juiz Axel Olivecrona (1850-1948) e neto do professor de direito e também juiz Knut Olivercrona (1817-1905). Knut Olivecrona era conhecido como defensor da abolição da pena capital, argumentando não só que a punição era cruel e moralmente repugnante, mas que os resultados não apontavam que a pena capital efetivamente reduzisse a criminalidade. Karl falava com muito orgulho da abordagem científica e não apenas moral de seu avó sobre o tema.[1]
Karl se formou em direito em Uppsalia em 1920, aos 23 anos, tendo seu interesse pela filosofia jurídica estimulada pelas palestras de Vilhelm Lundstedt que assistiu entre 1918-1919 e por sua participação nos seminários sobre criminalidade de Axel Hägerström em 1920. Obteve seu doutorado em Upsália, em 1928, com uma tese sobre o conceito da pessoa jurídica nos direitos romano e contemporâneo, tema sugerido a ele por Lundstedt. Em 1933, tornou-se professor de direito na Universidade de Lund, posição que ocupou até sua aposentadoria em 1964.
Em 1929, Karl casou-se com Birgit Lange (1901-1993), professora e autora feminista. Tiveram dois filhos, Christina e Thomas. Karl teve mais dois filhos fora do casamento, Hans e Sven.[1]
Ele estudou direito em Upsália, de 1915 a 1920, e foi aluno de Axel Hägerström, o pai do realismo jurídico Escandinavo. Um dos teóricos jurídicos mais bem conhecidos internacionalmente, Olivecrona foi professor de direito processual e de filosofia do direito na Universidade de Lund. Seus trabalhos enfatizaram o significado psicológico das ideias jurídicas. Seu mais notável trabalho na teoria jurídica foi a primeira edição de seu livro Law as Fact (de 1939, quase inteiramente diferente em conteúdo de seu trabalho com titulo similar em 1971), salientou a importância de um monopólio de força como base do direito. A política de Olivecrona durante a segunda Guerra Mundial mostrou uma ênfase na necessidade esmagadora de ter um poder coercitivo para garantir a ordem nas relações internacionais. Ele estava convencido que a Europa necessitava de uma força controladora irrefutável para garantir a sua paz e unidade, que só a Alemanha poderia providenciar. Seu panfleto England eller Tyskland (Inglaterra ou Alemanha), publicado nos dias mais sombrios da guerra, argumentou que a Inglaterra teria perdido o seu direito para exercer liderança na Europa e que o futuro iria requerer uma hegemonia alemã.
Indiretamente, o realismo jurídico Escandinavo, com sua ênfase na "lei como fato", ajudou a criar um clima propício para o estudo sociológico do direito. Um dos doutorandos de Olivecrona, Per Stjernquist, que por ter tendências esquerdistas liberais inteiramente rejeitou as políticas de seu orientador, tornou-se pioneiro da sociologia do direito e foi responsável pelo seu estabelecimento como disciplina universitária na Suécia, no início da década de 1960.
Torben Spaak, A Critical Appraisal of Karl Olivecrona's Legal Philosophy (Springer, 2014).
Roger Cotterrell, "Northern Lights: From Swedish Realism to Sociology of Law", 40 Journal of Law and Society 657-69 (2013).