Kishōtenketsu

O termo Kishōtenketsu (起承転結?) descreve a estrutura e o desenvolvimento das narrativas chinesas e japonesas. Foi usada inicialmente na poesia chinesa como uma composição de quatro linhas, conhecida também como 'kishōtengō' (起承転合?). O primeiro caractere chinês refere-se à introdução, ou 'kiku' (起句?); o próximo: desenvolvimento, 'shōku' (承句?); o terceiro: o clímax, o ápice, 'tenku' (転句?); e o último caractere indica conclusão, ou 'kekku' (結句?).

A seguir um exemplo de como isso pode ser aplicado num conto fictício:

  • Ki (?): A introdução, onde os personagens aparecem, a época, e outras informações importantes para o entendimento da história.
  • Shō (?): Se dá a partir da introdução e caminha rumo ao ápice da história. Não acontece nenhum evento importante.
  • Ten (?): Apresenta um tópico novo ou desconhecido. É o ponto crucial da história, conhecido também como 'yama' (ヤマ?) ou clímax.
  • Ketsu (?): Resultado, conhecido também como 'ochi' (落ち?) ou final, fecha a história mostrando a conclusão.

O mesmo molde pode ser usado também na argumentação:

  • Ki (?): No passado, copiar informações à mão era necessário. Alguns erros foram cometidos.
  • Shō (?): Com o advento das máquinas de copiar, tornou-se possível fazer cópias rápidas e precisas.
  • Ten (?): Viajar de carro economiza tempo, mas você não nota a beleza do lugar. Andar faz você apreciar a paisagem mais facilmente.
  • Ketsu (?): Mesmo que fotocopiar seja fácil, é melhor copiar à mão algumas vezes, porque a informação fica na sua memória por mais tempo e pode ser usada posteriormente.

Na estrutura da narrativa e do mangá yonkoma, e até em documentos e dissertações, o estilo Kishōtenketsu é usado na formação de frases e opiniões.[1]

Referências