War Sailor | |
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No Brasil | Marinheiro de Guerra |
Em inglês | War Sailor |
Noruega • Alemanha Malta 2022 • cor • 150 min | |
Gênero | drama guerra |
Direção | Gunnar Vikene |
Produção |
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Produção executiva |
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Roteiro | Gunnar Vikene |
Elenco |
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Música | Volker Bertelmann |
Cinematografia | Sturla Brandth Grøvlen |
Direção de arte |
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Figurino | Stefanie Bieker |
Edição |
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Companhia(s) produtora(s) |
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Distribuição | |
Lançamento |
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Idioma | norueguês |
Orçamento | US$ 11 milhões[1][2] |
Krigsseileren[3] (em inglês: War Sailor[3], bra: Marinheiro de Guerra[4]) é um longa-metragem épico de guerra dramático norueguês coproduzido internacionalmente com Alemanha e Malta lançado em 2022 dirigido por Gunnar Vikene.[5][6] É baseado em histórias reais de marinheiros noruegueses e suas famílias durante e após a Segunda Guerra Mundial. O filme é estrelado por Kristoffer Joner, Pål Sverre Hagen e Ine Marie Wilmann. Em 2022, foi selecionado como representante norueguês na categoria de melhor filme estrangeiro na 95.ª Edição do Oscar, porém não classificou-se na lista preliminar em dezembro de 2022.[1] Coprodução da Rohfilm Factory e Studio Hamburg, na Alemanha e Falkun Films, Malta, é o longa-metragem norueguês mais caro, com um orçamento estimado de US$ 11 milhões.[1][7]
Durante e após a Segunda Guerra Mundial, o marinheiro Alfred Garnes de Bergen é o pai de três filhos. Quando estava na guerra junto a seu amigo Sigbjørn, trabalhava em um barco mercante no meio do Atlântico. Seu destino é Nova York e espera-se que retornará depois de 18 meses. Quando a Alemanha invadiu a Noruega em abril de 1940, o barco se declarou importante para o curso posterior à guerra e eles foram recrutados. Sem armas e vestidos como civis, eles navegam ao redor do mundo no cargueiro aliado para entregar suprimentos e munições. Os dois lutam para sobreviver no navio, que pode ser atacado por submarinos alemães. O cansaço e o desespero aumentam cada vez mais.
Enquanto isso, a esposa de Alfred, Cecilia, luta durante aqueles anos de guerra, criando seus três filhos sozinha, sem saber se eles verão seu marido e pai novamente. Ao tentar bombardear o bunker alemão de submarinos em Bergen, a Força Aérea Britânica atingiu a escola primária em Laksevåg e prédios de apartamentos em Nøstet. Centenas de civis perdem a vida.[8][9][10][11]
Krigsseileren foi dirigido por Gunnar Vikene, que também escreveu o roteiro. É seu quinto trabalho como diretor em longa-metragem, seguindo Himmelfall, Rettet Trigger!, Vegas e Kill Billy. A história épica contada por Krigsseileren se estende por várias décadas e segue os protagonistas Alfred, Sigbjørn e Cecilia desde 1939, antes da Noruega também se tornar um dos teatros da Segunda Guerra Mundial, até o início dos anos 1970. Grande parte do filme é sobre a cidade de Bergen durante os anos de guerra e o bombardeio do distrito de Laksevåg e da escola Holen, em que 193 pessoas morreram, quase dois terços delas crianças[12]. Esta foi a maior perda de civis em uma única batalha na Noruega durante a Segunda Guerra Mundial, em um bombardeio britânico em 4 de abril que tentava acertar um bunker alemão de submarinos. 152 aviões participaram do ataque que lançou 1.432 bombas na área.[13]
O longa é estrelado por Kristoffer Joner como Alfred Garnes, Ine Marie Wilmann como sua esposa Cecilia e Pål Sverre Hagen como Sigbjørn.[14][15][16] A filha de Alfred e Cecilia, Magdeli, é interpretada por Henrikke Lund-Olsen. Como uma adolescente do pós-guerra, Magdeli é interpretada por Téa Grønner Joner, filha de Kristoffer Joner.[17] Alexandra Gjerpen interpreta Hanna, Karl Vidar Lende Monsen e Leon Tobias Slettbakk interpreta Aksel, de 14 anos, que Alfred resgata do mar.[17] Os atores alemães Florian Schmidtke e Damian Hardung interpretam Werner e Hans, o ator suíço Max Hubacher interpreta Hardegen. Os figurinos são de Stefanie Bieker, que já trabalhou para filmes de Cate Shortland, Martin Zandvliet e Katrin Gebbe.
Com um orçamento de NOK 110 milhões, Krigsseileren é a produção norueguesa mais cara de todos os tempoos.[18][19] O filme recebeu financiamento de produção de € 385 800 do Nordisk Film & TV Fond, € 823 222 do German Film Fund, € 280 000 do Central German Media Fund e € 300 000 do MOIN Film Fund Hamburg Schleswig-Holstein.[20][21][16] As filmagens ocorreram entre abril e julho de 2021[16] na Noruega, em Bergen[18], em Malta, sete dias em Hamburgo e Lübeck e seis dias na Baixa Saxônia.[22] As gravações foram feitas na cidade portuária de Cuxhaven a bordo do navio museu de Hamburgo MS Bleichen e em maio e junho de 2021 em Groß Thondorf. Esta parte do município de Himbergen, é o cenário do apartamento de Cecilia e Alfred em Bergen, na Noruega. As gravações foram feitas numa casa vazia que pertencia a um viticultor orgânico local e na qual muitos elementos originais dos anos 30 e 40 foram preservados, como portas, papel de parede, antigos interruptores de luz Bakalit, tomadas e um forno antigo como peça central.[16][23] Tamo Kunz, nascido em Hamburgo e indicado ao Prêmio do Cinema Alemão por seu trabalho em The Golden Glove de Fatih Akin, foi responsável pelo design de produção. O diretor de arte Seth Turner também trabalhou neste filme, que se passa em Hamburgo.
Sturla Brandth Grøvlen, que trabalhou com o dinamarquês Thomas Vinterberg em Der Rausch, com o norueguês Eskil Vogt em The Innocents e o islandês Guðmundur Arnar Guðmundsson em Beautiful Beings, atuou como diretor de fotografia.
A trilha sonora do filme fora composta por Volker Bertelmann, conhecido por seu nome artístico, Hauschka.[24]
A estreia ocorreu em 21 de agosto de 2022 no Festival de Cinema Norueguês em Haugesund.[14] Em setembro de 2022, foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF)[10] e na Filmkunstmesse Leipzig na Alemanha.[25] A estreia norueguesa ocorreu em 23 de setembro de 2022.[17] Foi apresentado no Festival de Cinema de Hamburgo no final de setembro e início de outubro de 2022.[26] Em 2 de fevereiro de 2023 chegou aos cinemas alemães.[27] Por fim, a Netflix assumiu a distribuição mundial do filme, lançando-o em seu catálogo a partir de 2 de Abril de 2023.[28]