Em química, um ligando quiral é um ligando especialmente adaptado usado para síntese assimétrica. Este ligando é um composto orgânico enantiopuro que combina com um centro metálico por quelação para formar um catalisador assimétrico. Este catalisador intervém em uma reação química e transfere sua quiralidade ao produto de reação, que como resulta também se torne quiral. Em uma reação ideal, um equivalente de catalisador pode alterar muitos mais equivalentes de reagente, o que permite a síntese de grandes quantidades de um composto quiral, a partir de precursores aquirais, com a ajuda de uma quantidade muito pequena de um ligando quiral, frequentemente barato.[1][2]
O primeiro de tais ligandos, a difosfina (DiPAMP) foi desenvolvido em 1968 por William S. Knowles da Companhia Monsanto, que ganhou o Prêmio Nobel de Química em 2001,[3] e finalmente o utilizou na produção industrial de L-DOPA.
Desde então, tem sido preparados e testados muitos ligandos quirais, mas somente tem sido encontradas algumas classes de compostos com aplicação geral. Então, estes ligandos são denominados ligandos privilegiados.[4][5] Alguns membros importantes representados mais adiante são BINOL, BINAP, TADDOL, DIOP, BOX e DuPhos (um ligando fosfina), todos disponíveis como pares enantioméricos.
Outros miembros são o ligando de Salen, os alcalóides cincona e as fosforamiditas. Muitos destes ligandos possuem simetria C2, que limita o número de possíveis trajetórias de reação, e em consequência incrementa a enantiosseletividade.