Lourdes Tibán | |
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Em 2016. | |
Parlamentar da Assembleia Nacional do Equador | |
Período | 1 de agosto de 2009 até 14 de maio de 2017 |
Membra do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre as Questões Indígenas (para América Latina e Caribe) | |
Período | 1 de janeiro de 2017 até 31 de dezembro de 2022 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Lourdes Licenia Tibán Guala |
Nascimento | 15 de outubro de 1969 (55 anos) Salcedo, Equador |
Nacionalidade | equatoriana |
Alma mater | Universidade Central do Equador Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) |
Partido | Pachakutik Unidad Plurinacional de las Izquierdas |
Profissão | advogada |
Assinatura |
Lourdes Licenia Tibán Guala (Salcedo, 15 de outubro de 1969) é uma advogada e política equatoriana e é considerada uma das líderes nacionais do movimento indígena.[1] Foi membra do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre as Questões Indígenas (em inglês: United Nations Permanent Forum on Indigenous Issues, UNPFII) entre 2017 e 2022.[2] Foi uma das principais parlamentares da oposição no governo de Rafael Correa[3] e também foi parlamentar da Assembleia Nacional.[4]
Lourdes Licenia Tibán Guala nasceu em 15 de outubro de 1969 na comunidade indígena de Chirinche Bajo, no cantão Salcedo, província de Cotopaxi, no Equador.[5] Saiu de casa aos 14 anos e, então, teve que trabalhar nas hortas da família e, mais tarde, como empregada doméstica em Ambato. Aos 19 anos, começou a estudar no ensino médio a distância.[6]
Em 2002, graduou-se como Doutora em Jurisprudência pela Universidade Central do Equador e, em 2007, obteve o título de mestre em Ciências sociais pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO).[5]
Iniciou sua vida política, em 1997, como assessora do parlamentar Leônidas Iza. Anos mais tarde, tornou-se subsecretária de Desenvolvimento Rural do Ministério de Bem-Estar Social no governo de Lucio Gutiérrez,[7] deixando o cargo quando a aliança existente entre o Governo e Pachakutik foi rompida.[8]
Em 2005, tornou-se secretária-executiva do Conselho de Desenvolvimento das Nacionalidades e Povos do Equador (Codenpe), cargo que exerceu até 2009. Nesse período, conheceu o então ministro da Fazenda, Rafael Correa, com quem, segundo ela indicou, manteve uma relação de discussão sobre o financiamento da instituição, discussão em que foi apoiada por Alfredo Palacio — presidente interno do país — e que ela argumentou ter sido uma das causas da saída de Correa do cargo.[9] Em 2009, agora com Correa no poder, teve que renunciar ao cargo por causa das críticas do presidente contra ela, que a chamou de "coitada" e a acusou de ter gasto dinheiro do Codenpe em protestos contra o Governo. Respondeu denunciando a eliminação do orçamento do Codenpe pelo Governo e afirmando que os ataques do presidente constituíam uma retaliação por ter participado pessoalmente das marchas contra a "Lei de Mineração" promovidas pelo governo central na época.[10]
Após deixar o Codenpe, anunciou sua intenção de se lançar como candidata a parlamentar por Cotopaxi.[11] Nas eleições legislativas de 2009, ganhou uma cadeira na Assembleia Nacional pelo Pachakutik.[12][13] Fez parte da Comissão de Direitos Coletivos, Comunidade e Interculturalidade.[14] Também ocupou o segundo mandato como membra do Conselho de Administração Legislativo, de 2009 a 2011.[15]
Durante seu período como parlamentar assumiu uma forte posição contra o Governo de Rafael Correa. Foi uma das principais promotoras da campanha pelo "Não", durante o referendo constitucional e consulta popular de 2011.[16] Também impulsionou o presidente a conceder anistia aos que chamou de "políticos perseguidos" da crise no Equador de 2010, entre os quais um de seus irmãos, depois que o presidente declarou perante a imprensa internacional que buscava a "harmonia nacional".[17]
Meses antes das eleições legislativas de 2013, foi eleita pré-candidata presidencial pelo Pachakutik.[18] Mas uma vez constituída a Unidade Plurinacional das Esquerdas (Unidad Plurinacional de las Izquierdas) — aliança entre vários movimentos e partidos de esquerda que incluía o Pachakutik — passou a encabeçar a lista de membros para a Assembleia Nacional deste grupo. Foi eleita juntamente com outros quatro membros do Pachakutik.[19]
No prelúdio das eleições presidenciais de 2017, foi novamente escolhida como candidata à presidência da república pelo Pachakutik, depois de vencer as eleições primárias do movimento com 46,7 por cento dos votos — superando Salvador Quishpe em quase 20 por cento, que ficou em segundo lugar.[20] No entanto, no final de setembro de 2016, foi anunciada a decisão do partido de retirar sua candidatura e apoiar Paco Moncayo, candidato da Esquerda Democrática (Izquierda Democrática).[21]
No início de 2017, foi nomeada membra do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre as Questões Indígenas para o período de 2017–2019.[22] Foi reconduzida para o período 2020–2022.[2]