Luís Romano de Madeira Melo

Luís Romano
Nome completo Luís Romano de Madeira Melo
Nascimento 6 de outubro de 1922
Ponta do Sol, Santo Antão,
Cabo Verde Cabo Verde
Morte 22 de janeiro de 2010 (87 anos)
Natal, Rio Grande do Norte,
 Brasil
Ocupação Poeta, escritor

Luís Romano de Madeira Melo (Vila de Ponta do Sol, 6 de Outubro[1] de 1922 - Natal, 22 de janeiro de 2010)[2] foi um poeta, romancista e folclorista cabo-verdiano, com trabalhos em português e em crioulo cabo-verdiano da ilha de Santo Antão, idioma que preferia designar por "língua cabo-verdiana".[3][4]

Idealista, polígrafo independente, a sua produção tem sido editada em órgãos literários locais e internacionais. Grande parte da temática de Luís Romano gira em torno de sua terra natal, Cabo Verde, que ele designa como "Kabverd". Visceralmente realista, consagrou sua vida literária ao empenho de dignificar a cultura e a civilização caboverdianas. Preocupação e apoio estimulante: estabelecimento oficial da língua materna do Kriolander em todo o Arquipélago. Personificando ansiedade dos conterrâneos desalienados, ele se tornou pioneiro em sacrificar-se, ao conseguir com destemor e risco de vida, a publicação do primeiro romance de denúncia nativa, Famintos, sobre a tragédia do povo caboverdiano durante o período flagicioso da década de 1940.[5] Os manuscritos desse romance foram trazidos de Cabo verde colados ao longo do seu corpo para escapar à censura política.

No final dos anos 50 do século XX, Luís Romano aderiu aos ideais da independência, tendo chegado a desempenhar cargos de direção no PAIGC, sendo perseguido pela PIDE. Fugiu para Argel e Paris e exilou-se, depois, no Brasil, onde viveu desde 1962.

  • Os Famintos (1962): romance em língua portuguesa.
  • Clima (1963): poemas em língua portuguesa, crioulo cabo-verdiano e francês
  • Cabo Verde-Renascença de uma Civilização no Atlântico Médio (1967): colectânea de poemas e contos em português e crioulo cabo-verdiano.
  • Negrume/Lzimparin (1973): contos em crioulo cabo-verdiano, com tradução para língua portuguesa.
  • Ilha (1991): contos da "Europáfrica" e da "Brasilamérica" em português e, em parte, em crioulo cabo-verdiano
Contos
  • "Nho Zidôr" (in Ilha), "Pasaport Kabverd" (in Ilha), "Daluz" (in Negrume), "Tánha" (in Negrume), "Destino" (in Negrume), "Estórias de Tipêde i Tilôbe" (in Cabo Verde-Renascença de uma Civilização…)

Referências

  1. «Luís Romano, visto de imigração para o Brasil, 27 de Janeiro de 1960, com data de nascimento». barrosbrito.com 
  2. «Luís Romano morreu hoje no Brasil». A Semana. 22 de janeiro de 2010. Consultado em 26 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 3 de março de 2012 
  3. «Luis Romano». Consultado em 22 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 3 de março de 2012 
  4. «Luís Romano: patrimônio intelectual caboverdianobrasileiro (Word)». Consultado em 22 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2014 
  5. SATO, Maria Helena e Romano Luís. O Poeta Além-Vale António Januário Leite. Campinas: Editora Komedi, 2005. 208 p.

Ligações externas

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