Mabel Bianco | |
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Nascimento | 25 de abril de 1941 |
Cidadania | Argentina |
Cônjuge | Aldo Neri |
Alma mater |
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Ocupação | médica, ativista pelos direitos das mulheres, epidemiologista |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade de Buenos Aires |
Mabel Bianco (Buenos Aires, 1941) é uma médica argentina que dedicou sua carreira à luta pelo acesso das mulheres a melhores serviços de saúde e à educação sexual. Em 1989, ela criou a Fundação para Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Fundación para Estudio e Investigación de la Mujer - FEIM), e é sua presidente. Ela tem sido uma ativista na América Latina e no mundo, introduzindo políticas que abordam o câncer de mama, HIV/AIDS, direitos reprodutivos e reforma de gênero na ONU.[1][2][3]
Nascida em Buenos Aires, em 1941, Mabel Bianco estudou Medicina na Universidad del Salvador (1958–1964), obteve mestrado em saúde pública pela Universidad del Valle da Colômbia, em 1968, e especializou-se em epidemiologia e estatística médica na Escola Londrina de Higiene e Medicina Tropical (1971-1972).[4]
Depois de lecionar na escola de saúde pública da Universidade de Buenos Aires (1972–1976), ela criou o Centro de Pesquisas Epidemiológicas (Centro de Investigaciones Epidemiológicas) na Academia Nacional de Medicina, em 1981.[5]
Trabalhando como assessora no Ministério da Saúde argentino desde 1983, ela criou um programa sobre Mulheres, Saúde e Desenvolvimento e ajudou na ratificação da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres. Ela promoveu um estudo sobre a mortalidade materna que revelou que, na ausência de planejamento familiar, as mulheres pobres corriam o risco de abortos inseguros. Após uma mudança de governo em 1989, Mabel Bianco deixou o ministério da saúde. Naquele ano, ela fundou a FEIM para promover os direitos reprodutivos das mulheres como forma de melhorar o acesso ao aborto seguro. Apesar das melhorias concretas, na maioria dos casos, o aborto continuou a ser ilegal na Argentina.[1]
A nível internacional, em 1985, foi delegada na Conferência Mundial sobre a Mulher de Nairobi e, desde então, tem servido como membro do conselho da OPAS, OMS, UNICEF, UNIFEM e UNFPA.[4] Ela também participou da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento de 1994, no Cairo, da Cúpula da Terra da ONU em 1992, no Rio de Janeiro, da Conferência Mundial sobre a Mulher de 1995, em Pequim, e da Cúpula Mundial da ONU para o Desenvolvimento Social de 1995, em Copenhague. Pioneira na investigação sobre a prevenção do HIV/SIDA, ajudou a estabelecer a ONUSIDA, em 1994.[4]
Mabel Bianco chefiou o programa argentino de HIV/AIDS (2001-2002) e participou do Projeto de Controle de AIDS e DST (LUSIDA) financiado pelo Banco Mundial.[4] Em 2012, ela criou e co-presidiu o Comitê de ONGs sobre a Condição das Mulheres da América Latina e do Caribe.[6] Ela também criou e presidiu vários outros grupos, incluindo a Rede Argentina de Saúde da Mulher HERA (Saúde, Empoderamento, Direitos e Responsabilidade).[7]
Entre os diversos prêmios e distinções recebidos por Mabel Bianco estão:[4][7]