Malea pomum | |||||||||||||||||
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![]() Vista inferior de um espécime de M. pomum coletado na baía de Maputo, em Moçambique; pertencente à coleção do Museu Nacional de História Natural, Paris. | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Malea pomum (Linnaeus, 1758)[2] | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
![]() Embora a principal área de distribuição de M. pomum seja o Indo-Pacífico,[3] a espécie também se encontra nas ilhas da costa brasileira, onde recebera a denominação de M. noronhensis.[2][4]
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Sinónimos | |||||||||||||||||
Buccinum pomum Linnaeus, 1758 Cadium pomum (Linnaeus, 1758) Cadus pomum (Linnaeus, 1758) Dolium pomum (Linnaeus, 1758) Malea pommum (Linnaeus, 1758) (sic) Quimalea pomum (Linnaeus, 1758) Cassis labrosa Gray, 1847 Malea noronhensis Kempf & Matthews, 1969 (WoRMS)[2] |
Malea pomum (denominada, em inglês, Pacific grinning tun, apple grinning tun ou simplesmente grinning tun;[3][5][6][7] este termo, "tun", traduzido para o português, significando "tonel"[8] e relacionando-se com o gênero Tonna,[3] estando junto a "grinning", cujo significado é "sorrindo")[9] é uma espécie de molusco gastrópode, predadora e marinha, do Indo-Pacífico e ilhas do oeste do oceano Atlântico,[7] pertencente à família Tonnidae da ordem Littorinimorpha, na subclasse Caenogastropoda; classificada por Carolus Linnaeus, em 1758; nomeada Buccinum pomum em sua obra Systema Naturae, com sua localidade-tipo na Indonésia (Sudeste Asiático).[2]
Concha inflada, globosa-ovalada, sólida e brilhante, com espiral baixa, podendo atingir até 9 centímetros de comprimento, mas normalmente atingindo 6 centímetros; dotada de grande volta terminal e abertura ligeiramente estreita, além de apresentar tonalidade geralmente castanha a alaranjada e com manchas mais claras, alongadas; com suturas (junções entre as voltas de sua espiral) rasas; dotada de um relevo muito esculpido de chanfraduras, ou cordões grossos, em espiral, mas não possuindo varizes. Columela ligeiramente escavada; abaixo dela há uma dobra retorcida e irregular; acima, há quatro a cinco pequenas dobras. Abertura com lábio externo espesso, engrossado e fortemente dentado. Canal sifonal curto, resumindo-se a uma ondulação. Opérculo apenas na fase jovem. Protoconcha bastante grande.[3][4][5][6][10]
É encontrada em águas da zona nerítica, principalmente em áreas com areia entre 5 e 30 metros de profundidade; coletada acidentalmente em armadilhas para peixes e redes de arrasto, ou suas conchas encontradas nas praias.[7]
Malea pomum ocorre no Indo-Pacífico,[3] entre Moçambique, Madagáscar, Maurícia e o Mar Vermelho, passando pela China e Sudeste Asiático até a Austrália, Nova Zelândia e Havaí.[11] No oeste do oceano Atlântico ela ocorre nas ilhas da costa brasileira, em Fernando de Noronha, Atol das Rocas e Trindade; onde fora descoberta, em 1969, e recebera a denominação de Malea noronhensis,[2][4] posteriormente considerada um sinônimo.[2]