Marie-Monique Robin | |
---|---|
Marie-Monique Robin em 2009. | |
Nascimento | 15 de junho de 1960 (64 anos) Gourgé (França) |
Cidadania | França |
Alma mater | |
Ocupação | jornalista, realizadora de cinema, roteirista |
Distinções |
|
Página oficial | |
http://www.mariemoniquerobin.com/ | |
Marie-Monique Robin (Gourgé, 1960) é uma jornalista de investigação, realizadora e escritora francesa.
Recebeu o Prêmio Albert Londres de 1995 para Voleurs d'yeux (1994), uma exposição sobre roubo de órgãos ; prêmio de melhor documentário político do Senado francês por Escadrons de la mort, l'école française (2003), seu filme sobre a transferência da França de técnicas de contra-insurgência (incluindo tortura) para a Argentina e Chile; e o Prêmio Rachel Carson por Le monde selon Monsanto (2008), seu filme (e livro) sobre a Monsanto e os desafios ao meio ambiente de seus produtos, incluindo o glifosato e os organismos geneticamente modificados.
Marie-Monique Robin nasceu e cresceu em Gourgé, em Deux-Sèvres, onde os seus pais eram agricultores. [1]
Estudou ciências políticas na Universidade do Sarre, na Alemanha, e formou-se no centro universitário de educação em jornalismo da Universidade de Estrasburgo. Começou a sua carreira na France 3 e depois trabalhou para a agência CAPA de 1989 a 1999, antes de se tornar jornalista independente. Desde 1989, realizou cerca de quarenta filmes de investigação e ganhou cerca de trinta prémios, incluindo o prémio Buffon no festival internacional de cinema científico, e vários prémios no Festival Internacional de Notícias de Angers ou FIGRA (Festival international du grand reportage d'actualité et du documentaire de société).
Sua afirmações sobre roubo de órgãos no documentário Voleurs d'yeux levaram uma grupo de médicos franceses a examinar os olhos de Jeison, suposta vítima do crime. A embaixada colombiana levou Jeison (então com 12 anos de idade) num voo para Paris em agosto de 1995, a fim de ter seus olhos examinados por dois renomados especialistas franceses em doenças infecciosas e oftalmologia. Um pediatra avaliou os prontuários do menino.
O relatório dos médicos franceses apontou que os globos oculares, apesar de atrofiados, ainda estavam lá, assim como partes da córnea.
Pode-se acrescentar que, com suas 28.000 mortes violentas por ano, a Colômbia não tem escassez de doadores de qualquer tipo. De acordo com a lei colombiana, todos são doadores em potencial a menos que a família faça objeção.
Devido ao resultado do exame médico, o júri do Albert Londres suspendeu o prêmio de Robin e prometeu reanalisar o seu documentário.[6] Após meses de discussões, decidiu manter a distinção, por considerar não ter havido má-fé. [7]