Mercedes Doretti | |
---|---|
Nascimento | 1959 Buenos Aires, Argentina |
Cidadania | Argentina |
Alma mater | Universidade de Buenos Aires |
Ocupação | antropóloga |
Distinções | Bolsa MacArthur |
Mercedes Doretti (nascida em 1959) é uma antropóloga forense argentina.[1] Ela é conhecida por encontrar evidências de crimes contra a humanidade.[2]
Sua mãe é Magdalena Ruiz Guinazu,[3] uma jornalista de rádio.[4]
Nascia e criada em Buenos Aires, Argentina, obteve sua pós-graduação em Ciências Antropológicas em 1987, pela Universidade Nacional de Buenos Aires.
Enquanto ainda era estudante ela ajudou a fundar a Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF), com o intuito de investigar casos de homens, mulheres e crianças desaparecidas entre 1976 e 1983, durante o regime militar argentino.[5][6]
Desde a criação do EAAF, em 1984, o trabalho da Equipe se dividiu em vários estágios de trabalho intenso: pesquisas históricas para localizar covas clandestinas, escavações, documentações dos corpos encontrados, determinação da causa, maneira e morte das vítimas até o retorno das ossadas das vítimas identificadas para suas famílias.[7]
O trabalho de Doretti junto a EAAF se expandiu. Ela trabalhou nas Filipinas, Chile, Venezuela, Guatemala, El Salvador, Iraque, Brasil, Croácia, Etiópia, Haiti, Panamá, Polinésia Francesa, África do Sul, Etiópia, República Democrática do Congo, Bósnia-Herzegovina, Timor Leste, Zimbábue, Costa do Marfim, Indonésia e México.
Hoje seu processo de investigação e identificação conta com a coleta de evidência científica e implementação de tecnologias aliada a colaboração pessoal das famílias afligidas pela perda em cada passo da identificação. [7]
Como forma de valorizar a antropologia forense na promoção dos direitos humanos, Doretti produziu manuais e vídeos sobre seu trabalho para contribuir no treinamento e desenvolvimento de outras pessoas por todo o mundo, interessadas em ingressas na área. [8]
Ela foi professora na Universidade da Califórnia em Berkeley,[9] Universidade de Harvard, Massachusetts Institute of Technology,Universidade de Columbia, Purchase College (da Universidade do Estado de Nova York), The New School for Social Research, Universidade de Rutgers. Colaborou com a Anistia Internacional, o The Carter Center e o Congresso Mundial de Arqueologia .[10]
Também foi cofundadora da Associação Latino-americana de Antropologia Forense (ALAF)[8], sendo presidente da mesma de 2003 a 2005.
A Human Rights Watch, Anistia Internacional e as Nações Unidas utilizam regularmente suas investigações em relatórios sobre os direitos humanos. Ela vive na Cidade de Nova York.[11]
Em 2016, foi indicada pela BBC para a série 100 Mulheres, que busca combater a sub-representação de mulheres na mídia.[12]