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Freguesia | ||||
Mexilhoeira Grande, em 2024 | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização de Mexilhoeira Grande em Portugal | ||||
Coordenadas | 37° 10′ 00″ N, 8° 37′ 00″ O | |||
Região | Algarve | |||
Sub-região | Algarve | |||
Distrito | Faro | |||
Município | Portimão | |||
Código | 081102 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 88,41 km² | |||
População total (2021) | 4 313 hab. | |||
Densidade | 48,8 hab./km² | |||
Código postal | 8500 |
Mexilhoeira Grande é uma vila portuguesa sede da Freguesia de Mexilhoeira Grande do Município de Portimão, freguesia com 88,41 km² de área[1] e 4313 habitantes (censo de 2021),[2] tendo, assim, uma densidade populacional de 48,8 hab./km².
A Freguesia de Mexilhoeira Grande limita com as seguintes freguesias: Monchique (N), Portimão (E), Alvor (S), Odiáxere (O), Bensafrim (O) e Marmelete (NO).
A povoação de Mexilhoeira Grande foi elevada à categoria de vila em 1999.[3] Situada a Norte de Portimão, a Mexilhoeira Grande, terra de cariz rural, com casario de cor branca, trilhada por ruelas, tem no artesanato tradicional e na agricultura as actividades principais das suas gentes.
É também nesta freguesia que se situa o Autódromo Internacional do Algarve. Situa-se numa zona de campo, a cerca de 6 km a norte do centro da freguesia. O acesso faz-se a partir duma variante da EN125. É servida por uma estação na Linha do Algarve.
A população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[5][2] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 467 | 408 | 1876 | 847 |
2011 | 532 | 353 | 2130 | 1014 |
2021 | 596 | 353 | 2148 | 1216 |
O território correspondente à freguesia da Mexilhoeira Grande foi ocupado desde tempos muito remotos, tendo sido encontrados vestígios pré-históricos em Alcalar, que começou a ser habitada entre o quarto e terceiro milénio a.C..[6] Este local foi escolhido devido aos vastos recursos da região, que incluía a Ria de Alvor e as ribeiras da Torre, do Arão e do Farelo, permitindo o desenvolvimento da agricultura, pastorícia, pesca, moagem, olaria e metalurgia, entre outras funções económicas.[6] A riqueza a que chegou a comunidade de Alcalar evidencia-se pela presença de grandes monumentos funerários, classificados como Monumento Nacional.[6]
A presença humana prosseguiu depois ao longo do período romano, tendo na zona da Abicada sido descobertas as ruínas de uma villa ocupada entre os séculos II a IV d.C., que atingiu um grande nível de prosperidade, como se pode constatar pelos ricos pavimentos em mosaicos multicolores.[7]
Outros marcos importantes na vila foram a construção da Igreja Matriz nos princípios do século XVI, e da Igreja da Misericórdia na transição para o século XVII.[8] No século XVIII foi instalada a Capela da Senhora dos Passos, na vila de Mexilhoeira Grande,[9] e o Eremitério dos Pegos Verdes, na então freguesia da Senhora do Verde.[10] Em 1836 foi extinta a freguesia de Senhora do Verde, cuja área foi integrada nas freguesias em redor.[11]
Em 30 de Julho de 1922 foi inaugurada a linha férrea entre Portimão e Lagos, onde se insere a estação ferroviária da Mexilhoeira Grande[12]
Num artigo do jornal Diário Popular de 6 de Dezembro de 1976 sobre as eleições autárquicas de 1976 no Algarve, destacou-se a Mexilhoeira Grande como um dos casos mais interessantes na região. Na freguesia foi organizada uma lista independente com representantes das aldeias de Pereira, Arão, Poio, Senhora do Verde e Figueira, que tinha como finalidade «dinamizar as populações e apoiar iniciativas de carácter popular» e exigir «comunicações e transportes às populações dos meios rurais; electrificação dos aglomerados rurais e protecção nos seus mais candentes problemas», tendo sido responsável pela organização de três cooperativas. Criticou-se igualmente a forma como eram recolhidos os votos nos pontos mais remotos da freguesia, através da intervenção dos sacerdotes locais: «O padre daqui vai para as escolas e sítios recônditos, leva um boletim de voto e diz às populações que nós temos como sigla um X, mas é o mesmo que ter uma foice e martelo, explorando desta forma a ignorância das populações. Mas estas não se mostram muito satisfeitas, porque sabem que o padre nunca fez nada por elas».[13]
Em 2008 foi inaugurado o Autódromo Internacional do Algarve, situado na área do Descampadinho.[14]