Mordechai Gichon

Mordechai Gichon
Dados pessoais
Nome de nascimento Mordechai Gicherman
Nascimento 16 de agosto de 1922
Berlim, Alemanha
Morte 19 de setembro de 2016 (94 anos)
Jerusalém
Nacionalidade Israel Israelense
Esposa Chava Goldberg
Alma mater Universidade Hebraica de Jerusalém
Vida militar
País  Reino Unido
Israel Israel
Força Exército Britânico
Haganá
Forças de Defesa de Israel
Anos de serviço 1940-1963
Hierarquia Tenente-coronel
Unidade Brigada Judaica
Batalhas Segunda Guerra Mundial

Guerra Comunal Guerra de Independência

Historiador militar

Mordechai Gichon (em hebraico: מרדכי גיחון; Berlim, 16 de agosto de 1922 - Jerusalém, 19 de setembro de 2016),[1] né Mordechai Gicherman, foi um militar, acadêmico, autor de não-ficção e historiador militar israelense.[2]

Vida pregressa

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Gichon nasceu Mordechai Gicherman em Berlim, na Alemanha de Weirmar, em uma família judia. Em 1934, a família mudou-se para o Mandato da Palestina e estabeleceu-se em Tel Aviv, onde seu pai Nachum dirigia um jornal de língua alemã. Gichon foi educado no Ginásio Ben-Yehuda, e mais tarde na Universidade Hebraica de Jerusalém.

Carreira militar

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Em 1940, ingressou na Haganá e, em 1942, alistou-se no Exército Britânico para lutar na Segunda Guerra Mundial. Ele esteve em ação na Europa com a Brigada Judaica. Após a guerra, Gichon tornou-se um dos Nakam, que caçaram e mataram ex-nazistas, e estava entre os veteranos da Brigada Judaica que organizaram a Aliyah Bet, ou imigração ilegal de sobreviventes do Holocausto para a Palestina. Gichon foi encarregado de um ponto de reunião na Holanda, de onde os sobreviventes do Holocausto foram procurados e ajudados na sua viagem para a Palestina.[3] Ele foi dispensado do Exército Britânico em 1946 e retornou à Palestina, onde retomou seus estudos na Universidade Hebraica de Jerusalém.

Em 1947, ele voltou à Haganah e serviu como oficial de inteligência na área de Jerusalém durante a Guerra Comunal. Durante a Guerra Árabe-Israelense de 1948, Gichon serviu nas recém-criadas Forças de Defesa de Israel, e estabeleceu unidades de inteligência militar na área de Jerusalém.

Após a guerra, Gichon permaneceu nas FDI como oficial de carreira da inteligência militar e, em 1950, foi promovido ao posto de tenente-coronel. Ele serviu em vários altos cargos e esteve envolvido na Campanha do Sinai de 1956. Ele se aposentou do exército em 1963. Durante o serviço militar, concluiu o mestrado em 1956.

Carreira acadêmica

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A carreira acadêmica de Gichon começou em 1961, durante o serviço militar. Quando Israel Bar foi preso como espião soviético, Gichon foi convidado a ocupar o seu lugar como chefe do Departamento de História Militar da Universidade de Tel Aviv. Exerceu esse cargo de 1961 a 1965, quando passou para o Departamento de Clássicos e começou a estudar arqueologia. Ele completou o doutorado em 1969. Ele escreveu sua tese com a orientação do professor Michael Avi-Yonah. Ele foi nomeado professor associado em 1971 e professor em 1980. Em 1990, aposentou-se da Universidade de Tel Aviv como professor emérito de arqueologia.

Além de sua rica atividade arqueológica, Mordechai Gichon tinha um profundo conhecimento de Napoleão e de sua época. Por muitos anos dirigiu a Sociedade Napoleônica em Israel, publicando livros e artigos sobre o tema ficado em Napoleão na Terra Santa.[4]

Gichon casou-se com Chava Goldberg (née Renate Eva Goldberg), filha do físico e inventor Emanuel Goldberg, em 1948.[5] O casal teve três filhos. Chava foi sua colaboradora próxima na organização dos projetos de pesquisa e suas publicações; ela faleceu em 2015.[4]

  • Batalhas da Bíblia com Chaim Herzog.
  • En Boqeq: Ausgraben in einer Oase am Toten Meer
  • Palestine from Bethther to Tel Hai
  • Sinai as a Border Region in Historic Retrospect

Referências

  1. Locher, Francis (1981). Contemporary Authors: Volumes 97-100 (em inglês). Detroit, Michigan: Gale Research International, Limited. p. 201. ISBN 978-0810319004. OCLC 34002903 
  2. «Mordechai Gichon (1922-2016)». Data BnF (em francês). Consultado em 8 de dezembro de 2023 
  3. Paraszczuk, Joanna (12 de março de 2010). «'We proved to the world that we can fight'». The Jerusalem Post (em inglês). Consultado em 8 de dezembro de 2023 
  4. a b Fischer, Moshe (8 de julho de 2023). «Mordechai Gichon». Roman Roads and Milestones in Judaea/Palaestina (em inglês). Consultado em 8 de dezembro de 2023 
  5. Buckland, Michael (2006). Emanuel Goldberg and His Knowledge Machine: Information, Invention, and Political Forces (em inglês). Westport, Connecticut: Bloomsbury Academic. p. 196. ISBN 978-0313313325. OCLC 62533779