My Dream Is Yours | |
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Meus Sonhos Pertencem-Te (PRT) Meus Sonhos Te Pertencem[1] (BRA) | |
Estados Unidos 1949 • cor • 101 min | |
Gênero | comédia musical |
Direção | Michael Curtiz Friz Freleng (sequência de animação) |
Produção | George Amy Michael Curtiz |
Roteiro | Laura Kerr (roteiro) Harry Kurnitz Dane Lussier Allen Rivken Paul Finder Moss (argumento) Jerry Wald (argumento) |
Elenco | Jack Carson Doris Day Lee Bowman |
Música | Harry Warren |
Lançamento | 16 de abril de 1949 |
Idioma | inglês |
My Dream Is Yours (br.: Meus sonhos te pertencem / pt.: Meus sonhos pertencem-te) é um filme de comédia musical estadunidense de 1949, dirigido por Michael Curtiz. O filme teve incluída uma curta animação com os Looney Tunes com interação entre os atores reais e os personagens animados, realizada por Friz Freleng.
O agente artístico de Los Angeles, Doug Blake, é despedido pelo seu cliente, o cantor Gary Mitchell, pois este não deseja assinar um contrato longo com o idoso patrocinador do programa "A hora do encantamento" Felix Hofer. Blake vai para Nova Iorque e conhece a aspirante a cantora Martha Gibson e volta à cidade com ela decidido a convencer Hofer a patrociná-la. Mas o ancião não gosta dos ritmos modernos que Martha canta, deixando Doug em má situação financeira. Ele pede ajuda a amiga Vivian enquanto apresenta Martha a vários patrocinadores, sem sucesso. Até que percebe que ela é capaz também de cantar música romântica e tenta conseguir uma nova audição com Hofer.
A maior parte das canções do filme foram escritas por Ralph Blane e musicadas por Harry Warren:
"Someone like You" não deve ser confundida com a de mesmo nome de Adele, gravada por Ella Fitzgerald em 1949[4] e também Peggy Lee.[5]
O filme é um remake de Twenty Million Sweethearts (1934), em que o aspirante a cantor é um homem[6] Swing Hostess de 1944 também tem uma trama similar em que a cantora iniciante Judy Alvin escolhe gravações para uma fábrica de jukebox, e a companheira de quarto dela Marge (Irish Adrian) tenta ajudá-la a iniciar uma carreira.
Eve Arden tem o papel fundamental da coadjuvante Vivian "Vi" Martin, companheira de Doug Blake no programa de rádio "A hora do encantamento" (The Hour of Enchantment). Ela é definida como uma profissional altamente competente. É quem primeiro concorda em financiar os negócios de Doug em troca de metade dos lucros. E também acolhe Martha e o filho dela, Freddie, quando eles se mudam para a cidade. Em determinado momento, Vivian vende seu próprio casaco de visom e o carro para financiar a carreira de Martha.[6]
O filme traz um triângulo amoroso entre Doug Blake, Martha Gibson e Gary Mitchell. Vivian Martin tem seu próprio romance com Thomas Hutchins, embora limitado a alguns olhares sugestivos. Esse é o terceiro e último filme que Arden contracenou com Adolphe Menjou.[6]
De acordo com a colunista de fofocas Sheilah Graham, Day desapareceu três dias das filmagens em maio de 1948, acometida por uma febre.[6]
Foi o último filme em que apareceu o ator cômico Edgar Kennedy, que viria a falecer em 9 de novembro de 1948.
O filme é talvez melhor lembrado hoje pela sequência de sonho combinando animação com atores em carne e osso (live action): o Coelho Pernalonga dança com Jack Carson e Doris Day a música Rapsódia húngara n.º 2. Piu Piu, que era o personagem animado favorito do diretor Friz Freleng,também aparece na sequência. O tema era a Páscoa e os atores dançarinos usam fantasias de coelhos.[6]
A Revista Time deu uma resenha pouco favorável ao filme, achando que era uma mera reunião de elementos de filmes antigos. Em tradução livre, como as demais: "Isto tudo foi feito antes—frequentemente muito melhor". Contudo, encontrou alguns aspectos positivos. Um deles eram as interpretações das músicas por Doris Day, outro eram os diálogos cáusticos de Eve Arden[6] John L. Scot, em resenha do Los Angeles Times, achou a trama básica banal. Mas também elogiou o charme de Doris Day e a capacidade dela em vender uma música, assim como também achou favorecida a interpretação cômica de Eve Arden[6] Richard L. Coe, em resenha no The Washington Post, classificou o filme de uma "realização extremamente maçante". Ele achou a personagem de Arden mais humana que a de Doris Day.[6]
Tom Santopietro, em retrospectiva, creditou a Arden a melhor atuação do filme, elogiando seu timing para comédia.[6]