O gênero compreende cerca de cinqüenta espécies na maioria epífitas, algumas vezes terrestres, de crescimento cespitoso, distribuídas da América Central ao sul do Brasil, onde há nove espécies registradas, entretanto outras possivelmente serão encontradas na Amazônia.
A classificação das espécies de algumas seções deste gênero é algo confusa e o histórico dessas plantas complicado, com inúmeras mudancas de gênero. Antes o gênero estava dividido em três subgêneros mas dois deles acabaram de ser transferidos, formando o gênero Echinosepala.
O subgênero que permanece é composto por plantas unifoliadas, de tamanhos variados, com vegetação muito parecida à de algumas Pleurothallis ou Octomeria. Poderiam ser facilmente confundidas na ausência de flores, se não soubessemos que os caules de Myoxanthus são parcialmente recobertos por bainhas hirsutas secas, enquanto as bainhas dos outros gêneros são glabras. Também o rizoma geralmente é coberto de pelos curtos. Seus ramicaules apresentam-se eretos, com comprimento no máximo igual ao das folhas, estas mais comuns lineares ou lanceoladas, coriáceas, pouco espessas e flexíveis até mais carnosas e quebradiças.
Na maioria das espécies, as flores solitárias nascem de um pedúnculo muito curto com uma bráctea, são pendentes e podem botar do caule em sucessão ou muitas ao mesmo tempo, em fascículos, como acontece em Octomeria. As pétalas e sépalas e labelo variam grandemente de espécie para espécie.
Algumas das espécies brasileiras mais comuns, das matas secas do interior do sudeste, como o Myoxanthus lonchophyllus, possuem anteras com extremidades recobertas de pilosidades.
Segundo Phylogenetic relationships in Pleurothallidinae (Orchidaceae): combined evidence from nuclear and plastid DNA sequences publicado por Alec M. Pridgeon, Rodolfo Solano e Mark W. Chase, Myoxanthus, junto com diversos outros, dentre eles, Dresslerella, Echinosepala, Pleurothallosis, Restrepia e Barbosella, forma o segundo dos oito grandes grupos da subtribo Pleurothalidinae, entre os grupos de Octomeria e de Acianthera.
Os gêneros mais próximos de Myoxanthus são Dresslerella e Echinosepala, que juntos formam o primeiro subgrupo deste grupo.
Representada no Brasil pelos Myoxanthus lonchophyllus, seidelii, ruschii, punctatus, ovatipetalus, conceicionensis e trachychlamys, caracteriza-se por poucas ou muitas flores, mas sempre produzidas em sucessão, no máximo três abertas ao mesmo tempo.
R. Govaerts, D. Holland Baptista, M.A. Campacci, P.Cribb (K.), World Checklist of Orchidaceae of Brazil. The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew. «Published on the Internet» (em inglês) (acessado em 4 de Outubros de 2008).
Pridgeon, A.M., Cribb, P.J., Chase, M.A. & Rasmussen, F. eds.. Genera Orchidacearum vol. 4 - Epidendroideae (Part 1). Oxford Univ. Press (2006).