Mélo | |
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Mélo (PRT) Melodia Infiel/Melo (BRA) | |
França • Itália 1986 • cor • 111 min | |
Género | drama / romance |
Direção | Alain Resnais |
Roteiro | Alain Resnais |
Elenco | Sabine Azéma Fanny Ardant Pierre Arditi André Dussollier Jacques Dacqmine Hubert Gignoux |
Idioma | francês |
Mélo (br: Melodia Infiel/Melo; pt: Mélo[1]) é um filme francês de 1986, do gênero drama romântico, dirigido por Alain Resnais, baseado na peça homônima de Henri Bernstein de 1929.
Paris, 1920. Pierre e sua mulher Romaine, vivem um casamento feliz, até que um maestro chamado Marcel Blanc, antigo amigo de Pierre, que havia sido traído pela esposa, se apaixona por Romaine e eles passam a ter um caso extraconjugal. Após um encontro que têm em casa de Marcel onde este toca violino, Romaine começa a ir diariamente ao encontro do maestro (sempre mentindo para Pierre que iria à manicurie e a o cabeleireiro), sendo que o mesmo a mandava rosas seguidamente, com a perplexidade indagativa de Pierre, que preferia não crer que seu amigo de longa data o trairia.
Pierre fica doente e Romaine mente que vai a cidade achar um bom médico para ele, ao mesmo tempo que o médica de forma errada, e se encontra com Marcel, que havia voltado de um cruzeiro, lhe deixando aos cuidados da prima Christiane.
Ainda são, Pierre nota a intimidade dos dois, quando eles bailam juntos um tango em uma casa de shows parisiense depois de um jantar, o que desperta seu ciúme.
Quando Romaine volta, sugere jocosamente a Pierre para que se case com sua prima, sempre motivo de inveja da cônjuge, e tenha muitos filhos com ela (Romaine não queria ter filhos), ao passo que é repreendida pelo marido. Romaine se suicida misteriosamente (a cena do suicídio só se materializa através dos diálogos entre Marcel e Pierre), enviando uma espécie de carta testamento ao marido, que após casa-se com Christiane, que estava lhe cuidando durante a doença que o afligia, e acaba por ter um filho com a prima.
Pierre vai conversar com o maestro (prestar contas), implorando para que ele lhe diga a verdade sobre a traição de Romaine, que havia tido um comportamento estranho antes do suicídio, mas Marcel chora e não a revela explicitamente, deixando Pierre em um sentimento misto de convicção e confusão.
Mélo, segundo alguns críticos e cinéfilos, é um filme experimental que mescla elementos teatrais e cinematográficos.[2] Como o título indica, a melodia exerce um papel capital nessa obra, como é possível reparar na sequência do baile de tango, em que Marcel e Romaine dançam enquanto Pierre repara nisso, uma evidência forte do envolvimento amoroso entre seu melhor amigo e sua esposa.[3]
O uso da cortina vermelha do teatro, realça a divisão do filme em atos, e os cenários monocromáticos remetem diretamente à estrutura dramatúrgica de Henri Bernstein. O filme pode ser classificado como um "melodrama psicológico" e uma homenagem à vida e a sociedade parisiense dos anos 1920.[4]
Melo em francês é uma abreviação culta de melodrama.