Nekima Levy Armstrong | |
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Nascimento | 27 de junho de 1976 Jackson |
Cidadania | Estados Unidos |
Alma mater |
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Ocupação | advogada, ativista, política |
Empregador(a) | University of St. Thomas |
Página oficial | |
http://nekimalevypounds.com/ | |
Nekima Valdez Levy Armstrong (Jackson, 27 de junho de 1976), nascida Nekima Levy-Pounds, é uma advogada, professora, ativista e ministra americana. Atuou como presidente do capítulo de Minneapolis da NAACP entre 2015 e 2016.
Levy Armstrong foi professora associada de Direito na Universidade de St. Thomas (UST) em Minneapolis entre 2003 e 2016. Após deixar seu cargo na UST, e concluir seu mandato como presidente da NAACP de Minneapolis, ela anunciou sua intenção de concorrer à prefeitura de Minneapolis nas eleições de 2017, a qual terminou em quinto lugar. Nekima já escreveu várias matérias para múltiplas publicações locais, incluindo a Star Tribune e MinnPost, e foi reconhecida por seu trabalho jurídico, chegando a ser nomeada Procuradora do Ano de 2015 pelo Minnesota Lawyer.
Nekima Valdez Levy Armstrong nasceu em 27 de junho de 1976, em Jackson, Mississippi, sendo a irmã mais velha de cinco.[1][2] Ela se mudou para o centro-sul de Los Angeles depois de passar os oito primeiros anos de sua vida em Mississippi e, aos catorze anos, foi aceita para frequentar a Brooks School em North Andover, Massachusetts, como estudante de internato.[3][4] Ela recebeu seu bacharelado pela Universidade do Sul da Califórnia e seu doutorado profissional pela Faculdade de Direito da Universidade de Illinois.[5] Levy Armstrong viveu em Los Angeles até 2003, quando se mudou para Minnesota.[6]
Levy Armstrong começou a ensinar Direito em 2003, como professora associada na Universidade de St. Thomas.[4][6][7] Em suas pesquisas, ela se concentrou nas guerra às drogas, encarceramento, sentenças mandatórias e diretrizes de sentenciamento, principalmente em como estes afetam mulheres e crianças de cor, mas também jovens negros.[7][8][9] Em 2006, Levy Armstrong fundou o Projeto de Justiça Comunitário (CJP), uma parceria entre a Faculdade de Direito da UST e o capítulo de Saint Paul da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP). O CJP permite que os estudantes de Direito interessados em trabalhar com comunidades carentes obtenham experiência por meio de trabalhos acadêmica, fóruns e interação com governos e comunidades locais.[10]
Em 2011, Levy Armstrong, junto da ativista e escritora Lissa Jones, começou a arrecadar fundos para que um novo museu de história afro-americana pudesse ser erguido em South Minneapolis. Apesar de ter recebido uma bolsa da Sociedade Histórica de Minnesota, assim como grandes doações e empréstimos de importantes organizações comunitárias como a Fundação Carl Pohlad, o projeto acabou sendo cancelado sem planos para reativação.[11]
Levy Armstrong foi co-fundadora da Brotherhood Inc., uma organização dedicada a ajudar jovens afro-americanos a se manterem longe de atividades de gangue e prisões.[10] Utilizando o que Levy Armstrong descreveu como "uma abordagem holística comprovada à construção de comunidades que emprega serviços sociais culturalmente sensíveis, oportunidades educacionais e emprego na região", a Brotherhood começou com a venda de um blend de café, chamado de Brotherhood Brew, e atualmente planeja abrir um café em Saint Paul.[4][12] Ela preside o Comitê para Conselhos do Estado de Minnesota da Comissão de Direitos Civis dos Estados Unidos, assim como a Everybody In, uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de reduzir as diferenças raciais de emprego na área de Minneapolis-Saint Paul.[13][14] Como escritora, ela teve artigos de opinião e outros textos publicados no Twin Cities Daily Planet, MinnPost e Star Tribune.[14][15] Ela também costumava pregar na Igreja da Primeira Aliança de Minneapolis bimensalmente.[13][16]
Levy Armstrong já recebeu vários prêmios, chegando a ser nomeada uma das "50 Under 50" pela Lawyers of Color, Procurador do Ano pela Minnesota Lawyer's em 2015, além de ter recebido o Prêmio Diversidade da Associação de Advogados do Condado de Hennepin.[10][15]
Em meados de 2014, Levy Armstrong participou dos protestos contra violência policial em Ferguson, Missouri.[17] Em dezembro de 2014, ela participou de um protesto contra a brutalidade policial do Black Lives Matter no Mall of America, em Bloomington, Minnesota. Ela, junto de outros dez manifestantes, foram acusados pela cidade de Bloomington por conduta desordeira e invasão, as quais acarretam uma multa de até US$ 8 000 e até dois anos na prisão.[6][17] As demandas por restituição de US$ 40 000 contra os manifestantes foram posteriormente retiradas pela cidade.[6] Em novembro de 2015, um juiz do condado de Hennepin rejeitou as acusações contra Levy Armstrong e os dez outros acusados pela cidade.[18]
Até 2015, o presidente do capítulo da NAACP em Minneapolis era Jerry McAfee, quando Levy Armstrong decidiu concorrer.[6] Ela venceu a eleição sem oposição, mas sofreu críticas de McAfee, que afirmou que ela estava focada demais em questões de brutalidade policial em detrimento de assuntos como crimes perpetrados contra afro-americanos por afro-americanos.[6][19] Levy Armstrong afirmou que esperava aumentar o envolvimento de jovens com a NAACP durante seu mandato na organização.[6] Ela tem criticado as disparidades raciais na região de Minneapolis-St. Paul, afirmando serem uma das piores no país.[14]
Em novembro de 2015, após a morte de Jamar Clark pelos policiais de Minneapolis, Levy Armstrong participou de um bloqueio humano na Interestadual 94. Dos aproximadamente 40 manifestantes, Levy Armstrong foi uma das primeiras a serem apreendidas durante a ação.[20] MinnPost escreveu que ela atuou como líder nos protestos seguintes relacionados à morte de Clark.[21]
Levy Armstrong deixou seu cargo de professora na UST no final de julho de 2016 para se dedicar em tempo integral à luta pela justiça econômica e racial.[22] Ela anunciou em outubro daquele ano que não tinha pretensões de tentar um segundo mandato como presidente da NAACP, mas que "[planejava] ter uma presença ainda mais visível na comunidade".[23] Para sucessor, Levy Armstrong nomeou Jason Sole, ativista e professor de justiça criminal. Ele venceu a eleição e elogiou Levy Armstrong por liderar o capítulo de Minneapolis ao apoio ao BLM, descrevendo o capítulo como "o único no país que se mantém está tão perto do Black Lives Matter".[24]
Em 15 de novembro de 2016, um ano após a morte de Jamar Clark, Levy Armstrong anunciou sua intenção de concorrer à prefeitura de Minneapolis nas eleições de 2017, como membro do Partido DFL de Minnesota. O anúncio foi realizado do lado de fora da 4ª Delegacia de Minneapolis, onde houve manifestos no ano anterior contra a morte de Clark. Ela enfrentou a prefeita em exercício, Betsy Hodges, membro do mesmo partido, assim como vários outros candidatos.[25] Apesar de concorrer como membro do DFL, Armstrong optou, em abril de 2017, por renunciar ao processo de nomeação do partido, citando o que ela descreveu como a natureza "confusa e hostil" das facções e convenções eleitorais do DFL.[26] Ela perdeu para Jacob Frey, terminando em quinto lugar.[27]
Levy Armstrong morou em Brooklyn Park, Minnesota até setembro de 2015, quando se mudou para o norte de Minneapolis.[16] Ela é casada e tem cinco filhos, dos quais dois são adotados.[28] Ela foi ordenada ministra em 2016.