Ngola Kabangu | |
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Nascimento | 14 de fevereiro de 1943 (81 anos) Angola |
Cidadania | Angola |
Ocupação | político |
Ngola Kabangu (Luanda, 14 de fevereiro de 1943) é um engenheiro eletrónico e político angolano, membro do partido Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA). Também foi deputado na Assembleia Nacional de Angola pela FNLA.
É nascido no Bairro Operário, no município de Luanda, na província de Luanda. Fez seus estudos primários e secundários na capital angolana.[1]
Sua miliância política inicia-se em 1958 quando filia-se à FNLA que, à altura, ainda era a "União das Populações de Angola" (UPA).[2] Em 1962 é confiado para a secretaria da Juventude da Frente Nacional de Libertação de Angola (JFNLA) e torna-se membro da redacção central do Boletim Juventude Revolucionária.[2] Pelo partido, conseguiu uma bolsa de estudos para a Jugoslávia,[1] estudando na Instituto Superior de Kranj,[1] recebendo a licenciatura em engenharia electrónica.[2] Retorna à sede do partido em Quinxassa somente em 1969.[1]
Entre 1970 e 1971 torna-se Secretário-Geral adjunto da FNLA,[2] sendo designado em seguida para o Estado-Maior da ala armada do partido, o Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA).[2]
Entre 1972 e 1975 acumula as funções de Ministro do Interior do Governo de Resistência de Angola no Exílio-Conselho Supremo da Libertação de Angola (GRAE-CSLA), Coordenador dos Serviços de Segurança da FNLA e de Formação e Orientação de Quadros do partido.[2]
A partir de 1974 integra a delegação da FNLA nas cimeiras de Mombaça e Alvor para a construção de uma plataforma comum pela independência de Angola.[2] Em janeiro de 1975 compôs o Conselho Presidencial do Governo de Transição, como Ministro do Interior, sendo secretariado por Henrique Onambwé, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), e João Mulombo Vaikene, da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).[3]
De 1976 até 1979 permanece no Bureau Politico do FNLA como encarregado da Formação de Quadros do partido.[2] Neste período, com Lucas Ngonda, consegue recriar uma estrutura de guerrilha para o ELNA no Uíge.[2]
Em 1992 é designado como secretário permanente do Bureau Politico da FNLA, ficando em funções até 2000,[2] quando assume até 2002 como secretário-geral da FNLA.[2] Em 2004 é eleito Vice-Presidente da FNLA.[2]
Sucedeu a Holden Roberto no comando da FNLA, que liderou o partido, em períodos intervalares, por 30 anos até o falecimento em agosto de 2007.[4] Nas eleições de 2008, como presidente e cabeça de lista do partido, foi um dos eleitos para o parlamento angolano.[2]
Foi presidente da FNLA até o III Congresso ordinário do partido, realizado de 20 a 22 de dezembro de 2011. Foi derrotado por Lucas Ngonda, mas contestou os resultados judicialmente.[5][6]
As disputas com Ngonda somente terminaram após a eleição de Nimi A Simbi como presidente do partido em 2021.[7]