Uma escola internacional japonesa (日本人学校,Nihonjin gakkō?) é um instituto educacional que atua fora do Japão, para falantes nativos da língua japonesa no estrangeiro. É uma escola de expatriados, projetada para filhos, cujo pais estão a trabalhar em missões diplomáticas, negócios e missões de ensino no estrangeiro e aos que querem repatriar o Japão.
Estas escolas apresentam exatamente o mesmo plano de estudos fundamentais e secundários utilizados nas instituições públicas do Japão, por isso, quando os alunos regressam ao Japão, não são reprovados nos cursos. Algumas escolas aceitam apenas cidadãosjaponeses e outras estudantes de língua japonesa, independentemente da cidadania.
As nihonjin gakkō são credenciadas pelo Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Japão, recebendo o financiamento do governo japonês. Cada escola possui professores que são transferidos do Japão em um período de dois a três anos ou também empregam habitantes locais que tem conhecimento na língua japonesa como professores, Instrutores de língua inglesa, assistentes administrativos, jardineiros, faxineiros e guardas de segurança. Em abril de 2006, houve um total de 85 escolas no estrangeiro.[3]
A Nihonjin gakkō atende ao ensino fundamental e secundário.[4] A Escola Japonesa de Xangai conta com programas do ensino secundário.[5]
As escolas que parcialmente oferece o diploma nihonjin gakkō, após o horário escolar ou nos fins de semana, por vezes são chamadas de escolas japonesas também, mas são categorizadas como hoshū jugyō kō ou hoshūkō, uma escola complementar.
Algumas das escolas japonesas no estrangeiro, principalmente na Ásia, possuem uma longa história, estabelecidos originalmente como escolas públicas nos territórios ocupados pelo Japão como em Tailândia, Filipinas e a República da China.
Após a recuperação do Japão na Segunda Guerra Mundial, o número de institutos de educação internacionais japoneses, aumentaram ao redor do mundo.[6] A primeira escola japonesa no estrangeiro, depois do pós-guerra, foi a Escola Japonesa de Banguecoque, inaugurada em 1956.[7]
A partir de 1985, o Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Japão incentivou o desenvolvimento da nihonjin gakkō, em países em desenvolvimento, ao mesmo tempo que incentivou a abertura de escolas complementares japonesas (補習授業校,Hoshū jugyō kō?) em países desenvolvidos. No entanto, alguns pais japoneses que residiam em países desenvolvidos e em países em desenvolvimento, fizeram campanha a favor da abertura da nihonjin gakkō nos países desenvolvidos, devido à preocupação com a educação de seus filhos.[8]
Em 1971, havia 22 nihonjin gakkō no mundo todo.[8] Durante o rápido crescimento económico do pós-guerra na década de 1950 até o início de 1970 e a bolha financeira e imobiliária do Japão na década de 1980, o país ganhou poder económico e muitos grupos empresariais sogo shoshas e grandes indústrias que enviaram seus funcionários em todo o mundo. Foi quando muitas nihonjin gakko foram estabelecidas para a educação de seus filhos na Ásia, Europa, Médio Oriente, América do Norte, América Central e América do Sul. O número de nihonjin gakkō aumentaram para 80 em 1986, com a abertura de escolas japonesas em Barcelona e Melbourne. Em maio do mesmo ano, 968 professores originários do Japão estavam ensinando nessas escolas japonesas mundiais. Naquele mesmo mês, quinze mil oitocentos e onze alunos estavam matriculados nessas escolas.[9] Em 1987 o número de nihonjin gakkō aumentou para 82.[8]
No início da década de 1980, 40% das crianças nacionais japonesas que viviam na Europa participaram da nihonjin gakkō, enquanto 95% das crianças nacionais japonesas que viviam no estrangeiro, em outros países da Ásia, também participaram da nihonjin gakkō.[8]
Muitos pais japoneses no estrangeiro, enviavam seus filhos ao Japão para participarem do ensino médio, depois de terem completado a escola secundária no exterior, ou deixavam as crianças para trás, para que elas pudessem se acostumar com os sistemas de acesso às universidades japonesas difíceis. Toshio Iwasaki, o editor do periódico Journal of Japanese Trade & Industry, afirmou que isso inibiu o desenvolvimento das escolas secundárias japonesas em outros países.[6] As primeiras escolas internacionais no estrangeiro que serviram o nível colegial, foram a Escola Rikkyo na Inglaterra,[6] que ganhou altas classes de nível colegial, após 1975,[10] e o Liceu Seijo na França, que foi estabelecida em 1986. Em 1991, as escolas secundárias japonesas internacionais começaram por operar nos Estados Unidos, França, Reino Unido, Singapura, Alemanha, Dinamarca e Irlanda.[6]
Em 1991, muitos colégios japoneses no estrangeiro, aceitavam estudantes que residiam no Japão e algumas famílias de classe alta residentes no Japão, que escolheram enviar seus filhos a escolas japonesas no estrangeiro, em vez de escolas japonesas no próprio Japão.[11]
Enquanto o Japão passava por uma importante recessão chamada de década perdida na década de 1990, onde muitas das nihonjin gakkō foram fechadas, devido a uma diminuição dramática no número de matrículas.
No entanto, devido a sua economia que estava em crescimento, A China constituiu uma excepção, as escolas em Pequim, Xangai e Hong Kong expandiram-se e desde 1991, novas escolas foram estabelecidas em Dalian, Cantão, Tianjin, Qingdao, Suzhou.
Em 2004 havia oitenta e três escolas japonesas diurnas em cinquenta países.[7]
A Nihonjin gakkō utiliza o japonês como língua de instrução. O diploma é aprovado pelo Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Japão (MEXT), para que os alunos possam facilmente se ajustarem, ao regressarem para o Japão.[7] Para aulas de línguas estrangeiras, cada escola geralmente ensina o inglês e dependentemente, uma importante língua local do país.[7][12] Algumas nihonjin gakkō não admitem estudantes nacionais não-japoneses.[7] Esta prática se difere das escolas internacionais americanas e britânicas, que admitem alunos de outras nacionalidades.[13]
Escola Japonesa de Argel[19] (アルジェ日本人学校) - Designada em 11 de janeiro de 1978 (Showa 53), certificada em 12 de janeiro de 1994 (Heisei 6) e revogada em 29 de março de 2002 (Heisei 14).
Escola Japonesa de Calcutá - Designada em 30 de março de 1976 (Showa 51), certificada em 18 de dezembro de 1992 (Heisei 4) e revogada em 29 de março de 2002 (Heisei 14).
Escola Japonesa de Belém (ベレーン日本人学校) - Designada em 25 de fevereiro de 1977 (Showa 52), certificada em 28 de dezembro de 1992 (Heisei 4) e revogada em 29 de março de 2002 (Heisei 14).
Escola Japonesa de Belo Horizonte (ベロ・オリゾンテ日本人学校),[24] também conhecida como Instituto Cultural Mokuyoo-Kai Sociedade Civil[25] - Designada em 6 de fevereiro de 1982 (Showa 57), certificada em 18 de dezembro de 1992 (Heisei 4) e revogada em 29 de março de 2002 (Heisei 14).
Escola Japonesa de Vitória (ヴィトリア日本人学校) - Designada em 10 de fevereiro de 1981 (Showa 56), certificada em 18 de dezembro de 1992 (Heisei 4) e revogada em 29 de março de 2002 (Heisei 14).
Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Nihonjin gakkō», especificamente desta versão.
Referências
↑Ben-Ari, Eyal and John Clammer. Japan in Singapore: Cultural Occurrences and Cultural Flows. Routledge, 4 de julho de 2013. ISBN 1136116184, 9781136116186. (Google BooksPT34) (em inglês) "A maior escola japonesa no estrangeiro fica em Singapura."
↑Hui, Tsu Yun. Japan and Singapore: A Multidisciplinary Approach. McGraw-Hill Education (Ásia), 2006. ISBN 0071256237, 9780071256230. p. 278. (em inglês) "A Escola Japonesa de Singapura, tornou-se a maior nihonjin gakkō do mundo, no estrangeiro;[...]"
↑Mizukami, Tetsuo. The sojourner community [electronic resource]: Japanese migration and residency in Australia (Volume 10 de ciências sociais na Ásia, v. 10). Editora Brill, 2007. ISBN 9004154795, 9789004154797. p. 136 (em inglês)
↑ abcdIwasaki, Toshio. "Japanese Schools Take Root Overseas." Journal of Japanese Trade & Industry. Fundação Económica do Japão (JEF, Kokusai Keizai Kōryū Zaidan), Nº 5, 1991. Contribuído para o Google Books por JEF. p. 24. (em inglês) "O número de estrangeiros nas escolas primárias e secundárias para crianças japonesas, aumentou nos anos do pós-guerra, paralelamente com o crescimento da economia japonesa e o aumento no número de funcionários de empresas japonesas expedidas em determinados países. No entanto, não houve escolas secundárias séniores japonesas fora do Japão, desde o estabelecimento da Escola Rikkyo na Inglaterra em 1972, nos subúrbios de Londres e manteve-se como a única escola secundária japonesa sénior no estrangeiro, nos primeiros catorze anos."
↑ abcdeFukuda, Makiko. "El Collegi Japonès de Barcelona: un estudi pilot sobre les ideologies lingüístiques d'una comunitat expatriada a Catalunya" (Cópia arquivada). Treballs de sociolingüística catalana, 2005: 18 (2004). Página na Revistes Catalanes amb Accés Obert (RACO). p. 216. (em catalão) "Desde que foi criada a Escola Japonesa de Banguecoque em 1956, atualmente somam 83 escolas em 50 países ao redor do mundo." e "Seu diploma segue as disposições do Ministério porque as crianças não se complicam, quando regressam ao Japão (Goodman, 1993). Com algumas exceções, a maioria das escolas não são abertas a crianças não-japonesas" e "A língua veicular de ensino é o japonês e, em geral, as aulas são ministradas no idioma local, juntamente com o ângulo." e "Há uma certa tendência, dependendo da área: nos países asiáticos ou próximos ao Médio Oriente, existe a tendência de escolher as escolas japonesas, enquanto na Europa e nos Estados Unidos a maioria preferem enviar as crianças para as escolas locais."
↑ abcdGoodman, Roger. "The changing perception and status of kikokushijo." In: Goodman, Roger, Ceri Peach, Ayumi Takenaka, e Paul White (editores). Global Japan: The Experience of Japan's New Immigrant and Overseas Communities. Routledge, 27 de junho de 2005. p. 179. (em inglês) "A política oficial (Monbusho, 1985) foi que a Nihonjingakko deveria ser criada nos países em desenvolvimento e a hoshuko nos países desenvolvidos."
↑Iwasaki, Toshio. "Japanese Schools Take Root Overseas." Journal of Japanese Trade & Industry. Fundação Económica do Japão (JEF, Kokusai Keizai Kōryū Zaidan), Nº 5, 1991. Contribuído para o Google Books por JEF. p. 25.
↑Pang, Ching Lin (彭靜蓮, Pinyin: Péng Jìnglián; Departamento de Antropologia da Universidade Católica de Lovaina). "Controlled internationalization: The case of kikokushijo from BelgiumArquivado em 18 de abril de 2015, no Wayback Machine.." (em inglês) International Journal of Educational Research. Volume 23, Issue 1, 1995, Páginas 45–56. 20 de janeiro de 2000. DOI10.1016/0883-0355(95)93534-3. Citação: p. 48. "O diploma da Nihonjin Gakko[...]apresenta uma característica particular, que a diferencia de outras escolas “internacionais” americanas ou britânicas, que é que ela possui apenas alunos e estudantes japoneses."
↑"中南米の日本人学校一覧" (Cópia arquivada em 16 de abril de 2015) (em japonês). Centro Nacional de Educação do Japão (国立教育会館). 3 de outubro de 1999. "Instituto Cultural Mokuyoo-Kai Sociedade Civil Rua das Canárias, 2171 Santa Amélia, Belo Horizonte, M.G, Brasil"