Olavo, o Elfo de Geirstado

Olavo, o Elfo de Geirstado
Rei do Folde Ocidental
Reinado século IX
Antecessor(a) Gudrodo, o Caçador
Sucessor(a) Ragualdo, o Muito Honrado
 
Pai Gudrodo, o Caçador
Mãe Alfilda

Olavo Filho de Gudrodo (em latim: Olavus; em nórdico antigo: Olaf Gudrødsson), conhecido após sua morte como Olavo, o Elfo de Geirstado (em nórdico antigo: Ólaf Geirstaða Álfr), foi um régulo lendário da Noruega com sede em Romerícia. Era membro da Casa dos Inglingos. Segundo a Saga dos Inglingos era filho de Gudrodo, o Caçador e era meio-irmão de Haldano, o Negro.

O rei é citado como Ólaf Geirstaða Álfr na Saga dos Inglingos do século XIII do historiador islandês Esnorro Esturleu[1] e no Livro da ilha plana do século XIV.[2]

Olavo era filho de Gudrodo, o Caçador com sua primeira esposa Alfilda e meio-irmão de Haldano, o Negro. Aos 20 anos, com a morte de seu pai, sucedeu-o. De acordo com Esnorro Esturleu, era homem de grande poder e um grande guerreiro, extremamento bonito e muito alto. Controlava apenas o Folde Ocidental, pois o rei Alfgeir conquistou a Vingulmarca e lhe deu ao seu filho, o rei Gandalfo; pai e filho fizeram várias incursões em Romerícia, conquistando boa parte do distrito. Além disso, Hogni, filho de Ósteno, o Poderoso dos Planaltos, conquistou Hedemarca, Toten e Hadalândia e a Varmlândia voltou a pagar tributo ao rei da Suécia. Olavo e seu irmão Haldano dividiram o governo do Folde Ocidental, com o primeiro governando a porção ocidental, e o segundo a porção oriental. Olavo residiu em Geirstado, onde sucumbiu de uma doença em sua perna e foi sepultado num túmulo local. Foi sucedido por seu filho Ragualdo, o Muito Honrado. Segundo Tiodolfo de Hvinir:[3]

E a prole de Odim,
de parentesco Inglingo
intencionalmente,
prosperou na Noruega.
De outrora, Olavo governou
em seu reinando
amplos domínios no Folde Ocidental
até que o pé doente
da costa de Folden [Fiorde de Oslo]
sobrecarregou o rei.
Agora sepultado
no túmulo
está o feliz soberano
em Geirstado.

Segundo o Livro da ilha plana, Olavo foi levado por uma praga que diminuiu após sua morte.[2] Olavo instruiu seu povo a construir um túmulo e colocá-lo em repouso, proibindo-os de adorá-lo depois de sua morte em benefício propício. Mas como Olavo suspeitou, uma vez que a fome chegou, "recorreram ao plano de sacrificar ao rei Olavo por abundância, e o chamaram de elfo de Geirstado".[4] Mais tarde, o espírito de Olavo apareceu num sonho de Hrani, que foi instruído a entrar no túmulo para buscar um anel, a espada Besinga e um cinto que deveriam ser dados à rainha Asta como presentes a seu futuro filho. Hrani também foi convidado a cortar a cabeça do draugr, certificando-se de que a cabeça estava bem esticada no pescoço durante o processo de decapitação. O homem fez como instruído, e a rainha dá à luz o futuro Olavo, o Santo. Mais tarde, quando Olavo, o Santo estava cavalgando junto ao túmulo, um de seus homens lembra-se dele dizendo que já havia sido enterrado ali. O rei nega veementemente isso, dizendo que sua alma não poderia ocupar dois corpos; para Hilda Roderick Eliis Davidson, aqui há uma menção à noção de renascimento.[5]

Referências

  • Davidson, Hilda Roderick Eliis (1943). The Road to Hell. Cambrígia, Massachusetts: CUP Archive 
  • Esnorro Esturleu (1870). «Ynglinga saga». In: Linder, N.; Haggson, H. A. Heimskringla. Austin: University of Texas Press 
  • Vigfusson, Gudbrand; Powell, Frederick York (1883). Corpus Poeticum Boreale. 1. Oxônia: Clarendon