Ovula ovum | |||||||||||||||||||||
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O. ovum em seu habitat.
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||||
Ovula ovum (Linnaeus, 1758)[1] | |||||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||||
Ovula cygnea Röding, 1798 Ovula oviformis Lamarck, 1801 Ovula alba Perry, 1811 Ovula pygmaea G. B. Sowerby I, 1828 Ovulum gallinaceum Reeve, 1860 Xandarovula figgisae Cate, 1973 (WoRMS)[1] |
Ovula ovum (nomeada, em inglês, common egg cowrie,[2] egg cowrie ou eggshell cowrie)[3] é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Ovulidae. Foi classificada por Linnaeus, em 1758, na sua obra Systema Naturae. É nativa do Indo-Pacífico.[1][2]
Concha oval e de coloração branca, sem mancha alguma. Superfície lisa, brilhantemente polida e sem espiral aparente, com área interior, visível através da abertura, de um laranja amarronzado escuro,[3] ou púrpura.[4][5] Chegam de 9[6] a até 12 centímetros, em suas maiores dimensões.[7]
É encontrada em águas rasas até uma profundidade de 20 metros,[3] na zona de arrecifes, principalmente onde existam Octocorallia dos gêneros Sinularia e Sarcophyton, seu alimento, segundo Griffith (1995).[4][8] Rudman (2003) também relatou que este gênero, Ovula, se alimenta de outros tipos de coral do tipo sólido.[8]
O animal de Ovula ovum, em um espécime adulto, é negro com pequenas manchas brancas espalhadas. Normalmente o manto está totalmente estendido, escondendo completamente a sua concha.[4] O indivíduo juvenil desta espécie possui grandes nódulos brancos, com a ponta em amarelo, sob a sua superfície, propiciando-lhe um mimetismo com moluscos Nudibranchia do gênero Phyllidia.[9] Adulto e juvenil não possuem opérculo.[3]
Esta espécie ocorre no Indo-Pacífico,[2] indo de Madagáscar à Nova Zelândia,[1] passando pelo Mar Vermelho[7] e Filipinas[9] e chegando ao sul do Japão (Kyushu)[10] e ilhas Marshall.[8]
De acordo com R, Tucker Abbott, conchas de Ovula ovum têm sido muito utilizadas pelos nativos como um amuleto ou encantamento.[11] Nas ilhas do Almirantado elas eram utilizadas para a decoração de canoas, sendo fortemente atadas a elas. Outra utilização desta concha foi na proteção peniana dos habitantes locais em batalhas ou nas danças. A espiral interna era parcialmente escavada, com a glande e prepúcio espremidos dentro da fissura assim formada, segundo Richard Parkinson, que publicou o seu relato em 1907.[12] Em Trobriand ela fez parte na decoração de utensílios para o braço, onde também se utilizam conchas de Conus millepunctatus.[13]
As a juvenile, this species mimics a Phyllidia nudibranch to help protect itself against potential predators who will mistake it for a bad tasting nudi.
Both ends are lengthened by stem and stern pieces which are built onto the body of the canoe. These pieces are frequently decorated, sometimes by carving in the form of a crocodile head; and sometimes by white Ovula shells which are fastened on with strong bindings. (p. 160) / Finally, the curious penis shell must also be reckoned among the decorative items; covering the glans of the male member in battle or in dancing. This shell is always a medium-sized Ovula ovum, with cross-hatched patterns incised on the outer, white surface. The internal spiral is partially excavated, and the glans and foreskin are squeezed into the fissure thereby formed. This shell is always carried in a small, woven pouch on a cord around the neck or under the arm, by the adults native able to bear weapons, so that it is always in readiness. Analogous items of adornment are known to us only from St Matthias in the Bismarck Archipelago; on the other hand we find a similar penis covering in New Guinea, although made not from a shell but from a small species of gourd as in Angriff Harbour. (p. 162)
Mwali arm-shells are cut from a cross section of a cone shell (Conus millepunctatus) and decorated with egg cowry shells (Ovula ovum). The size of the armshell is indicted by the number of cowries tied to it. Arm-shells are often too small to wear and large ones are only worn on the owner's arm for important ceremonies, so they are usually suspended on a braided rope. Mwali were made in the Trobriands and on Woodlark Island. Trade beads, seeds and shell disks (sapi sapi) are added to enhance the mwali and make it rattle when the owner walks.