Pandemia de COVID-19 em Cabo Verde | |
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Data de início | 20 de março de 2020 |
Localidade | Cabo Verde |
País | Cabo Verde |
Estatísticas Globais | |
Este artigo documenta os impactos da pandemia de COVID-19 em Cabo Verde e pode não incluir todas as principais respostas e medidas contemporâneas.
Até 19 de março de 2020, Cabo Verde não registara nenhum caso de covid-19,[1][2] com todos os casos suspeitos prévios tendo obtido resultado negativo.
Em 20 de março, o primeiro caso do país foi confirmado, tratando-se de um homem de 62 anos de idade que havia viajado do Reino Unido.[3][4]
No dia seguinte, em 21 de março, mais 2 casos foram confirmados. Ambos eram turistas, um vindo dos Países Baixos, de 60 anos de idade, e outra vindo do Reino Unido, de 62 anos. Estes dois casos mais o anterior estavam todos situados na Ilha da Boa Vista.[5]
A primeira morte foi anunciada[6] em 24 de março, dizendo respeito ao primeiro caso confirmado em Cabo Verde.
Em 25 de março, um quarto caso foi confirmado, um cidadão nacional de 43 anos que regressara da Europa, sendo o primeiro caso detetado na capital do país, Praia, na ilha de Santiago.[7][8] No dia seguinte, 26 de março, o ministro da saúde de Cabo Verde anunciou que o teste da esposa desse cidadão também tinha dado positivo, sendo assim, o primeiro caso relatado de transmissão local.[9]
Em 21 de julho havia 2 107 casos confirmados - 1568 na ilha de Santiago (74,4%), 426 na do Sal (20,22%), 57 na da Boa Vista (2,71%), 37 na de São Nicolau (1,76%), 13 na de São Vicente (0,62%) e 4 na de Santo Antão (0,19%) e 2 na do Maio (0,09%)-, 1100 recuperados, dois "transferidos" e 21 óbitos.
Desde 16 de março[10] testes vêm sendo realizados em Cabo Verde, pelo Laboratório de Virologia de Cabo Verde, na Praia.
Em 17 de março, como medida de contingência, o Primeiro Ministro Ulisses Correia e Silva anunciou[11][12][13] a suspensão te todos os voos provenientes da Europa, Estados Unidos, Brasil, Senegal e Nigéria. A suspensão estará em vigor por pelo menos três semanas. Exceções são feitas para voos cargueiros e voos para o regresso de cidadãos estrangeiros. A interdição também se aplica à acostagem de navios de cruzeiro, veleiros e desembarque de passageiros ou tripulação de navios de carga, pesca e similares. Mais medidas excecionais[14] foram tomadas no dia seguinte, e o nível de contingência foi elevado[15] em 27 de março.
A Cabo Verde Airlines já tinha, anteriormente, tomado a decisão de suspender voos.[16] Desde 28 de fevereiro que os voos para Milão, na Itália estão suspensos. Em 6 de março, os voos para Lagos, na Nigéria, Porto Alegre, no Brasil e Washington, nos Estados Unidos foram também suspensos. Em 17 de março, de acordo com a decisão do Governo, a Cabo Verde Airlines suspendeu todas as suas outras rotas.
Em 26 de março, o Governo declara Situação de Risco de Calamidade em Cabo Verde, como reforço das medidas de segurança. Foi também anunciado que a partir do dia seguinte, 27 de março, serão encerrados todos os serviços e empresas públicas, devendo optar-se pelo teletrabalho.[17]
Em 28 de março, pela primeira vez na sua existência, o estado de emergência foi declarado[18] em Cabo Verde, implementando uma série de medidas[19] visando uma redução do contacto social, e encerrando muitas atividades económicas.
Em 14 de maio já todas as ilhas à exceção de Santiago não se encontravam em estado de emergência. Tendo em Santiago sido prorrogado, pelo Presidente da República, por mais 15 dias, terminando a 29 de maio.[20]
Em 29 de maio, termina o estado de emergência em Santiago - a última ilha nessa situação - entrando em vigor o estado de calamidade.[21][22] Também nesse dia, o Primeiro-Ministro apresentou o plano de desconfinamento para o país, por forma a levantar algumas das restrições impostas pelo estado de emergência, reiterando que os cuidados de segurança sanitária (por exemplo, distanciamento social, uso de máscara e lavagem das mãos) deverão ser mantidos mesmo com o fim do mesmo. Foram divulgadas as seguintes datas:[21][23]