Paula Nascimento

Paula Nascimento
Paula Nascimento
Nascimento 1981
Luanda
Cidadania Angola
Alma mater
Ocupação arquiteta, curadora de arte
Distinções
Empregador(a) Teatro Maria Matos, Universidade Agostinho Neto, Politecnico di Milano, Rock in Rio Lisboa

Paula Nascimento (Luanda, 1981) é uma arquiteta e curadora angolana, vencedora de um Leão de Ouro, na Bienal de Veneza de 2013.

O percurso académico de Paula Nascimento passou pela London Southbank, universidade pública e uma das maiores da capital inglesa, e pela Architectural Association, a mais antiga escola de arquitectura independente no Reino Unido. [1][2] Após concluir a sua formação, a arquiteta trabalhou no escritório Álvaro Siza Arquitectos, de Álvaro Siza Vieira, um dos mais reconhecidos profissionais da área em Portugal.[3]

Com uma "lista não exaustiva de trabalhos reconhecidos e distinguidos, tanto acima como abaixo da linha do Equador", como escreve o Jornal de Angola, Paula Nascimento abre o seu palmarés com um Leão de Ouro, da Bienal de Veneza, em 2013. O prémio foi-lhe atribuído pela curadoria, conjunta com Stefano Pansera, da exposição fotográfica Luanda, Cidade Enciclopédica, de Edson Chagas.[4][5]

Em 2019, a arquiteta e curadora assinou o livro Atlantica: Contemporary art from Angola and its diaspora (Hangar Books), com ensaios sobre uma nova perspetiva da arte contemporânea angolana.[6]

Em 2020, foi a curadora responsável pela apresentação do pavilhão de Angola na Expo 2020, no Dubai.[7] No ano seguinte, foi curadora da exposição Rhizome, exibida na base submarina de Bordeaux (França), que reuniu obras de 17 artistas africanos ou da diáspora.[8] Em 2021, foi uma das artistas convidadas pela plataforma Design Indaba para participar no projeto Colors of Africa, da Google Arts & Culture. Com a participação de mais de 60 artistas do continente, o projeto contou, através de uma experiência online e interativa, a perspetiva e memória de cada artista sobre as cores que para si melhor representam os seus respetivos países.[9]

Na sua jornada de criar debate e visibilidade decolonial, dentro e fora de África, para a arte contemporânea afrodescendente, Paula foi também, em 2022, responsável pela curadoria da feira ARCOLisboa, Bienal de Bamako (Mali) e da VII Bienal de Lubumbashi (República Democrática do Congo).[10][3] Nesta última, Paula é curadora associada.[11][12]

O seu nome consta ainda na fundação do estúdio de arquitetura Beyond Entropy Africa e do colectivo cultural Pés Descalços.[13]

Pavilhão de Angola na Expo de 2015 em Milão, concebido pela arquiteta Paula Nascimento[14]

Reconhecimento

[editar | editar código-fonte]

2022 - PowerList100 Personalidades Mais Influentes da Lusofonia (Internacional)[2]

2022 - Okwui Enwezor Fellowship Research Grant - ICI (Internacional)[15]

2017 - African Architecture Awards 2017 (Internacional)[1]

2016 - Prémio 35 Graus (Angola)[16]

2015 - Prémio ArcVision (Internacional)[17]

2013 - Leão de Ouro (Itália)[18]

2013 - Prémio 35 Graus (Angola)[16]

  1. a b «Paula Nascimento». BUALA. Consultado em 18 de abril de 2023 
  2. a b «Paula Nascimento – POWERLIST100 BANTUMEN». 2022. Consultado em 18 de abril de 2023 
  3. a b «Paula Nascimento é uma das curadoras da Bienal de Lumumbashi». BANTUMEN. 5 de setembro de 2022. Consultado em 18 de abril de 2023 
  4. «Pavilhão Angola ganha "Leão de Ouro" na Bienal de Veneza - Editorial». SP-Arte. 24 de junho de 2013. Consultado em 18 de abril de 2023 
  5. «Jornal de Angola - Notícias - Paula Nascimento na lista dos mais influentes». Jornal de Angola. 20 de dezembro de 2022. Consultado em 18 de abril de 2023 
  6. «Artes - Angola apresenta o poder da arte contemporânea em livro». RFi. 20 de março de 2019. Consultado em 18 de abril de 2023 
  7. «Expo universelle de Dubaï : d'un pavillon l'autre avec Serge Ferrari». Chroniques d‘architecture (em francês). 14 de outubro de 2021. Consultado em 7 de setembro de 2022 
  8. Lefranc, Céline (1 de abril de 2021). «Bordeaux : regards africains à la Base sous-marine». Connaissance des arts (em francês). Consultado em 7 de setembro de 2022 
  9. «Os PALOP nas Cores de África do Google Arts & Culture». BANTUMEN. 1 de fevereiro de 2023. Consultado em 18 de abril de 2023 
  10. Salema, Isabel (16 de maio de 2019). «A arte africana está na moda e chegou à ARCOlisboa». PÚBLICO. Consultado em 18 de abril de 2023 
  11. «Biennale de Lubumbashi : L'équipe». biennaledelubumbashi.com (em francês). Consultado em 18 de abril de 2023 
  12. «ARCOlisboa começa esta quarta-feira edição "online" com obras de arte e conversas». Observador. 20 de maio de 2020. Consultado em 18 de abril de 2023 
  13. «Paula Nascimento - Henrike Grohs Art Award». www.goethe.de (em francês). Consultado em 18 de abril de 2023 
  14. «Pavilhão de Angola na Expo Milão muito elogiado». Rede Angola. 3 de setembro de 2015. Consultado em 25 de julho de 2023 
  15. «When We See Us Webinar Series Creolization and Syncretism to Whom do "We" Belong?». Zeitz MOCAA (em inglês). 28 de março de 2023. Consultado em 18 de abril de 2023 
  16. a b Benjamim Mayingue Sabi Alexandre (2016). «COMMUTING: OS DAS BANDAS» (PDF) 
  17. «arcVision Prize 2015 - Special Prize to Paula Nascimento». arcVision.org (em inglês). 6 de março de 2015. Consultado em 18 de abril de 2023 
  18. Batsîkama, Patrício (11 de junho de 2013). «Conquista de Angola: a importância do "Leão de Ouro" em Veneza». Por dentro da África. Consultado em 18 de abril de 2023