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Bairro do Brasil | ||
Localização | ||
Coordenadas | ||
Município | Porto Alegre | |
Características geográficas | ||
Área total | 47 hectares | |
População total | 274 hab (2 010) 120 homens 154 mulheres hab. | |
Densidade | 537,25 hab./km² | |
Outras informações | ||
Taxa de crescimento | (+) 0,2% (de 1991 a 2000) | |
Domicílios | 85 | |
Rendimento médio mensal | 18,24 salários mínimos |
Pedra Redonda é um bairro nobre da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Foi criado pela Lei 202 de 7 de dezembro de 1959.
Um dos bairros às margens da orla do Guaíba, a Pedra Redonda abriga uma praia homônima.
Por conta de sua praia, a Pedra Redonda ganhou notoriedade no início do século XX como um dos lugares de lazer e de veraneio dos porto-alegrenses. Nessa época se estabeleceram as primeiras ligações do Centro Histórico da capital com a Zona Sul, então pouco habitada.
A construção de uma extinta estrada de ferro, chamada de Estrada do Riacho, ocorreu em 1912. O único vestígio dessa linha férrea é um pequeno fosso que fora escavado na Vila Conceição, ao lado do Sétimo Céu. Hoje, este pedaço se encontra escondido pela mata e pela ponte que liga a Rua Picasso com a Avenida Wenceslau Escobar, que se torna Avenida Coronel Marcos. Também se implantou um trapiche conectando a antiga estação Ildefonso Pinto, junto ao Mercado Público, com a Pedra Redonda na década de 1920. Os barcos a vapor que faziam o trajeto fluvial se chamavam Bubi e Guaporé, e o trapiche se localizava em frente ao antigo “Hotel Cassino da Pedra Redonda”, atualmente sede campestre da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul.[1]
O bairro recebeu esse nome em função do formato das rochas encontradas na orla. De fato, algumas dessas pedras foram extraídas para a construção do Cais Mauá. As pessoas costumavam aproveitar a praia em famílias inteiras, fazendo piqueniques e banhando-se em um Guaíba de águas limpas. Em vez de vestiários, havia barraquinhas amarradas em galhos de árvores, que lembravam cones, onde eles colocavam seus trajes de banho.
Data desta época ainda a chácara “Villa Clotilde”, cujo casarão se tornou conhecido como um dos cenários da primeira novela gravada no estado do Rio Grande do Sul: Pedra Redonda, 39. Filmada em 1965, a novela estrelou Tarcísio Meira e Glória Menezes, e seu título faz referência ao antigo endereço da mansão – a Estrada da Pedra Redonda corresponde à atual Avenida Coronel Marcos. Outro episódio envolvendo a mansão foi a visita para um chá, em 1931, da então primeira-dama brasileira, Darcy Vargas. A Villa Clotilde pertenceu ao rico comerciante Oscar Bastian e à sua esposa, Clotilde. A única filha deles, Lya Bastian Meyer, introduziu o balé no estado, tendo sido a primeira diretora de dança do Theatro São Pedro. Antes de ser parcialmente vendido, o terreno da chácara abrangia todo o Morro do Sabiá (de 41 metros de altura), a principal atração natural do bairro depois da própria orla. Hoje, o topo do Morro pertence ao Colégio Anchieta.
Nos dias atuais, a Pedra Redonda é um bairro predominantemente residencial, um dos mais valorizados da cidade, que conta a presença de várias sedes campestres de associações e sociedades privadas e públicas. Progressivamente, muitos dos antigos chalés de madeira que existiram no início de sua história deram lugar a casas e a condomínios horizontais de alto padrão, situados em ruas bem arborizadas. O único senão do bairro talvez seja o espaço insuficiente para comércio, obrigando seus moradores a procurar por serviços em outros bairros, como Ipanema.
Diferentemente de seu passado, a praia da Pedra Redonda não é mais balneável, tampouco acessível ou segura. Fatores que contribuíram para isso foram a especulação imobiliária, a poluição e o longo descaso do Poder Público. Há placas instaladas pela prefeitura municipal alertando para o “perigo” das águas poluídas e advertindo que se trata de um “local impróprio para banho”. Na praia vê-se lixo acumulado. Além disso, os muros erguidos em propriedades em frente à orla do Guaíba fizeram-na ficar muito estreita e, em alguns pontos e durante certas épocas do ano, descontínua. Por causa disso, a conhecida Ponta dos Cachimbo, na Vila Conceição, não está mais conectada com o restante da praia da Pedra Redonda.
Margem do rio Guaíba, da embocadura da Rua Professor Emílio Meier, até encontrar a Avenida Coronel Marcos, desta até a Rua Evaristo do Amaral, desta até encontrar o limite do Parque Natural do Morro do Osso, deste limite até encontrar a Rua David Francisco Maurício, desta até a Travessa Pedra Redonda, desta até a Avenida Coronel Marcos, por esta até encontrar a Rua Manoel Leão; desta até a margem do Guaíba e por esta até a embocadura da Rua Professor Emílio Meier. .