Pierre Claude François Daunou | |
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Nascimento | 18 de agosto de 1761 Bolonha do Mar |
Morte | 20 de junho de 1840 (78 anos) Paris |
Sepultamento | cemitério do Père-Lachaise, Grave of Daunou |
Cidadania | França |
Ocupação | político, arquivista, historiador, professor |
Distinções |
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Empregador(a) | Collège de France |
Religião | Igreja Católica |
Pierre Claude François Daunou (Boulogne-sur-Mer, 18 de agosto de 1761 – Paris, 20 de junho de 1840, foi um foi um ex-padre, estadista e historiador francês da Revolução e do Império. Escritor, serviu como arquivista da nação tanto no Império quanto na Restauração, contribuiu com um volume para a Histoire littéraire de la France e publicou mais de vinte volumes de palestras que proferiu quando ocupou a cadeira de história e ética no Collège de France.[1]
Estudou na escola da ordem dos oratorianos na cidade natal, Boulogne-sur-Mer, onde fez uma brilhante carreira que o habilitou a ingressar na ordem em Paris, no ano de 1777; daí foi professor em vários seminários entre os anos de 1780 a 1787, quando finalmente foi ordenado sacerdote. Quando dois depois teve início a Revolução era já conhecido no meio literário por seus ensaios e poemas, de forma que os eventos lhe abriram os horizontes para uma carreira mais ampla.[1]
Daunou então se lançou com ardor na luta pela liberdade e, quando recebeu da Igreja a oferta de altos cargos, recusou-os para continuar na defesa da constituição civil do clero.[1]
Durante a Convenção foi eleito por Pas-de-Calais e se associou aos girondinos, embora tenha se oposto veementemente à execução do rei. Teve pouca participação na luta contra a Montanha mas por seu envolvimento na derrubada dos antigos companheiros, foi preso durante um ano.[1]
Em dezembro de 1794 voltou à Convenção e foi o principal autor da Constituição do Ano III. Provavelmente por suas ideias girondinas que os Anciões receberam o direito de convocar o corpo legislativo a se reunir fora de Paris, expediente que tornou possível o golpe de Estado de Napoleão do dia 18 e 19 Brumário.[1]
A organização do Institut de France é uma de suas realizações, havendo elaborado os planos para a sua criação. Com a insurreição monarquista de 13 Vendémiaire foi graças à sua enérgica reação que esta foi suprimida. Foi o primeiro presidente do Diretório, importante posição que foi fruto de haver sido eleito por vinte e sete Departamentos como membro do Conselho dos Quinhentos; ele então fixou a idade mínima para integrar o Conselho em quarenta anos, excluindo assim a si mesmo, pois contava então trinta e quatro anos.[1]
Havendo o governo assim sido transferido a Talleyrand e seus associados, Daunou dedicou-se novamente à literatura mas, em 1798 foi enviado a Roma a fim de organizar a República Romana e depois, um tanto quanto a contragosto, ajudou Napoleão durante o Consulado no preparo da Constituição do Ano VIII. Ele permaneceu bastante ambivalente em relação a Napoleão, mas o apoiou contra o Papa Pio VII e os Estados Papais, fornecendo-lhe argumentos históricos em um tratado erudito intitulado Sur la puissance temporelle du Pape ("Sobre o Poder Temporal do Papado") em 1809. No entanto, ele pouco participou do novo regime, do qual se ressentia, e se voltou cada vez mais para a literatura. Na Restauração, em 1814, foi privado do cargo de arquivista do Império que ocupava desde 1807. Em 1819, tornou-se catedrático de história e ética no Collège de France; nessa função, seus cursos estavam entre os mais famosos do período. Com o advento da Monarquia de julho de 1830, ele recuperou seu antigo posto, agora sob o título de Arquivista do Reino . Em 1839, Daunou foi feito nobre, havendo recebido várias homenagens sob o reinado de Luís Filipe.[1]
Sobre a importância histórica de Daunou, registrou a Encyclopædia Britannica (edição de 1911):