O atacante de ponta (também chamado de ponteiro) é uma posição do voleibol. É considerado o papel mais difícil de todos em uma equipe porque exige que o jogador seja apto a recepcionar, defender (mesmo quando ele está na zona de ataque, posições 2, 3 e 4) e atacar.[1] Por isso é necessário desempenho básico completo.
Normalmente os pontas tendem a se destacar em apenas uma das duas tarefas principais que foram nomeados (para o ataque e recepção). Uma vez que são raros os jogadores com grande eficácia tanto no ataque quanto na recepção, os treinadores geralmente preferem em quadra um ponta "especializado" na recepção (chamado de ponta-passador) e um especialista em ataque (o ponta-atacante). Soluções diferentes criariam um desequilíbrio no jogo e atrapalharia as táticas de uma equipe. Um exemplo bastante eloquente a este respeito é a coexistência rara seleção italiana de Alberto Cisolla e Hristo Zlatanov, especializados no fundamento de ataque. Se fossem escalados ao mesmo tempo certamente aumentaria o nível do ataque, mas diminuiria o de recepção, o que tornaria difícil o jogo dos centrais e, consequentemente, levaria à perda da variedade de ataque.
As áreas ocupadas pelos jogadores desta função são a posição 4 (quando o jogador está na zona de ataque) e a 6 (no fundo de quadra). Antes da introdução da posição do líbero, o ponta passador ficava na posição 5 e o central realizava um ataque de tempo-atrás na posição 6. Uma vez que o líbero não pode atacar, quando foi introduzido nas regras do jogo, quase todas as equipes passaram manter o líbero na zona 5 e o ponta-passador na zona 6 para manter o ataque de tempo-atrás.
Velocidade, peso e potência são os componentes físicos necessários para um ponta.
Para ser um ponta deve se mostrar vontade de executar esta função, atacando seja com força ou com inteligência. Deve sempre existir a intenção de se estabelecer um "domínio" sobre a defesa adversária. Por exemplo, se o bloqueio adversário é muito alto, o ponta deve saber utilizar esta situação à seu favor: olhar se não há espaços, procurar uma mão para explorar, recordando-se sempre de que um bloqueio tem mais chances de errar do que marcar um ponto, por mais intimidador que pareça ser. O ponta nunca deve aceitar que o bloqueio possa dominá-lo quando do confronto entre ambos.
Um ataque não é uma ação de uma única dimensão, mas é um processo mental que parte de um predisposição mental. Entre o bloqueio e o ponta existe uma força de vontade. Nela, este último geralmente ganha (por exemplo, quando o ponta ataca na paralela girando o corpo para a diagonal). O ponta que possui um bom controle do movimento do pulso pode usá-lo até o último momento estando em vantagem em relação ao bloqueio adversário.
Para obter tudo isso é essencial o controle e isso exige uma execução perfeita da função, especialmente no que se refere aos dois últimos passos e à "fase de voo". O ponta deve ser capaz de acertar a bola nas diferentes fases da sua trajetória de voo (isso é chamado "tempo de suspensão") e ter a capacidade de padronizar a fase de voo para dispor da melhor estrutura temporal para o contato com a bola.