A espécie Prepona amydon foi classificada por William Chapman Hewitson, em 1854, e descrita como Agrias amydon na obraIllustrations of new species of exotic Butterflies selected chiefly from the collections of W. Wilson Saunders and William C. Hewitson (Agrias & Siderone).[4] Atualmente foi reclassificada dentro do gêneroPrepona.[5]
Apresenta o padrão superior variável em coloração, com manchas em vermelho-rosado, amarelo, laranja, verde e azul metálico, características, em suas asas de padronagens tão distintas que a fizeram ser tratada como espécies distintas.[4][7][8] Apresentam um padrão, em vista inferior, com sete manchas arredondadas, como ocelos de centro branco-azulado, na margem de suas asas posteriores.[9] Tufos amarelos, nas costas das asas dos machos, liberam feromônios, através de escamas androconiais, para atrair as borboletas fêmeas.[1][7] A corte para a cópula geralmente se realiza no topo de morros, com os machos delimitando território e espantando qualquer macho rival em sua área.[10]
Em uma subespécie de Prepona amydon da bacia do rio Amazonas, P. amydon phalcidon,[12] ocorre uma relação de mimetismo com borboletas do gênero Asterope.[11] Outras subespécies de amydon, com marcações em laranja nas asas dianteiras e em azul nas asas traseiras, mimetizam algumas espécies de gêneros como Ancyluris, Callicore, Asterope, Callithea, Annagrapha e Temenis.[2]
Em 2007, sob o nome Agrias amydon, a espécie foi classificada como em perigo na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[13] em 2018, também com o nome Agrias amydon, com a rubrica de "dados insuficientes" no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[14][15] A subespécie P. a. boliviensis (ainda classificada no gênero Agrias) foi citada em 2013 no anexo III da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES), que trata de espécies cuja exploração está restrita ou impedida e que requerem cooperação no controle.[16]
↑ abSalazar-E, Julián A. (junho de 2015). «Agrias del neotrópico: I distribución y registro de algunos miembros de los grupos Aedon y Amydon (Lepidóptera: Charaxidae)». Bol. Cient. Mus. Hist. Nat. (em espanhol). 19 (1): 174-175. Consultado em 6 de novembro de 2019. A diferencia del género Prepona Boisduval que solo ostentan dos pequeños ocelos en un fondo mucho más críptico. Tales patrones de coloración (Agrias) guardan semejanzas sorprendentes con otros géneros de ninfálidos que viven en las mismas áreas (Callicore, Asterope, Callithea, Annagrapha, Temenis) constituyendo anillos miméticos complejos estudiados por DESCIMON (1976, 1986), DE LA MAZA & DE LA MAZA (1982) y SALAZAR (2004) del cual se extracta un ejemplo ilustrativo de analogía en coloración alar (Figura 7).
↑ abBonfantti, Dayana; Casagrande, Mirna Martins; Mielke, Olaf Hermann Hendrik (abril de 2013). «Male genitalia of neotropical Charaxinae: A comparative analysis of character variation». Journal of Insect Science (em inglês). 13. 1 páginas. Consultado em 23 de outubro de 2019. Using data from DNA sequences, Ortiz-Acevado and Willmott (2013) classified Preponini as follows: two genera were synonymized, Noreppa to Archaeoprepona and Agrias to Prepona.
↑ abKesselring, Jorge (dezembro de 1989). «Agrias, a rainha das borboletas». Ciência Hoje. 10 (60): 43|acessodata= requer |url= (ajuda)
↑Smart, Paul (1975). The Illustrated Encyclopaedia of the Butterfly World, In Colour. Over 2.000 species reproduced life size (em inglês). Londres: Salamander Books Ltd. p. 213. 274 páginas. ISBN0-86101-101-5|acessodata= requer |url= (ajuda)