Pseudopaludicola canga

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPseudopaludicola canga

Estado de conservação
Espécie deficiente de dados
Dados deficientes [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Leptodactylidae
Género: Pseudopaludicola
Espécie: P. canga
Nome binomial
Pseudopaludicola canga
Giaretta & Kokubum, 2003

Pseudopaludicola canga é uma espécie de anfíbio da família dos leptodactilídeos (Leptodactylidae). Foi descrita em 2003 por Ariovaldo A. Giaretta e Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum em um artigo da Zootaxa. É endêmica do estado do Pará, no Brasil.[2]

Pseudopaludicola canga é conhecida apenas da localidade tipo na Serra dos Carajás, no município de Marabá, no estado do Pará, Brasil. As tentativas de mapear sua distribuição mostram a área geral da Serra dos Carajás, da qual se acredita que esta espécie seja endêmica. Os seus habitats naturais são: campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais sazonalmente húmidos ou inundados, marismas de água doce e marismas intermitentes de água doce. Presume-se que se reproduza em um ou em ambos os viveiros permanentes ou temporários e que tenha uma estratégia de reprodução de desenvolvimento larval.[1] É oportunista e utiliza qualquer precipitação, ainda que fora da estação chuvosa, para iniciar seu ciclo reprodutivo, o que o difere das demais espécies de seu gênero.[3]

Conservação

[editar | editar código-fonte]

Das espécies do gênero Pseudopaludicola, P. canga é o mais raro em termos de distribuição geográfica. Desde os anos 1980, a Serra dos Carajás é explorada para extração de minérios, o que pode colocar em risco sua conservação.[3] Não há quaisquer estudos aprofundados com relação à sua situação atual, com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) o classificando com a rubrica de "dados insuficientes".[1] Em 2013, o estudo realizado pelo Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina sugeriu a manutenção de lagos naturais para a preservação de seu ciclo reprodutivo e a abertura de outros que sirvam de auxílio inicial para recomposição de populações em áreas que não ofereçam refúgio.[3] Em 2007, Pseudopaludicola canga foi classificada como em perigo na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[4] e em 2018, como pouco preocupante no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[5][6]

Referências

  1. a b c Débora Silvano (2004). «Pseudopaludicola canga». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2004: e.T57311A11617358. doi:10.2305/IUCN.UK.2004.RLTS.T57311A11617358.enAcessível livremente. Consultado em 15 de novembro de 2021 
  2. Giaretta, A. A.; Kokubum, M. N. C. (12 de dezembro de 2003). «A new species of Pseudopaludicola (Anura, Leptodactylidae) from northern Brazil». Zootaxa. 383 (1): 1-8. Consultado em 30 de abril de 2023. Cópia arquivada em 20 de junho de 2022 
  3. a b c Reis, Arley (28 de fevereiro de 2013). «UFSC pesquisa sapinho ameaçado de extinção». Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Consultado em 30 de abril de 2023. Cópia arquivada em 18 de março de 2015 
  4. Extinção Zero. Está é a nossa meta (PDF). Belém: Conservação Internacional - Brasil; Museu Paraense Emílio Goeldi; Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Governo do Estado do Pará. 2007. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
  5. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  6. «Pseudopaludicola canga Giaretta & Kokubum, 2003». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 30 de abril de 2023. Cópia arquivada em 30 de abril de 2023 
Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Pseudopaludicola canga