Pterygodium | |||||||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||
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Espécie-tipo | |||||||||||||||||||||
Ophrys alata Thunb. 1794 | |||||||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||||
Ommatodium Lindl. 1838 |
Pterygodium é um género botânico pertencente à família das orquídeas, ou Orchidaceae. Foi proposto em 1800 por Olof Peter Swartz que escolheu este nome do grego, pteron, asa, e odes, semelhante, em referência à maneira que se abrem as sépalas laterais das flores da maioria de suas espécies. Trata-se de um dos dos cinco gêneros pertencentes à subtribo Coryciinae. É composto por 18 espécies terrestres africanas.
Excetuado o Pterygodium ukingense que é endêmico e isolado no sudoeste da Tanzânia,[1] todas as espécies classificadas neste gênero são originárias de área contínua ao longo do litoral oeste e sul da África do Sul e das campinas do centro-leste deste país, chegando ao Lesoto, a maioria ocorrendo em áreas restritas. As espéces habitam as colinas arbustivas ao longo da costa e campinas ao norte sujeitas às chuvas de verão. A única espécie que existe em altitudes mais elevadas é o Pterygodium platypetalum. Ao contrário das outras espécies desta subtribo, apenas a floração do P.catholicum parece ser estimulada pelo fogo. Muitas espécies vivem em colônias de vinte a cinquenta indivíduos, outras, em grandes colônias. A floração costuma ocorrer após a temporada de chuvas.[2]
São plantas de raízes com pequenos tubérculos ovoides, das quais nascem caules delicados ou robustos, glabros, que medem até um metro e meio de altura, com folhas macias ao longo do caule, quando as folhas são muitas, encontram-se agrupadas na base do caule. A inflorescência é terminal com uma a muitas flores, geralmente esverdeadas ou amareladas. A sépala dorsal, fica disposta junto às pétalas formando um conjunto em formato de elmo, as sépalas laterais assumem formatos variados, frequentemente côncavas abrindo-se horizontalmente. O labelo apresenta estruturas diversas e a coluna contém duas polínias. As flores secretam óleo, recolhido por abelhas rediviva, da família Melittidae, que nesta atividade polinizam as flores ao levarem as polínias em sua pernas.[2]
Análises moleculares recentes sugerem que o gênero encontra-se dividido em dois clados distintos, que podem ser reconhecicos pela presença ou ausência de brácteas curvadas para trás.[2]