Quinto Popeu Segundo | |
---|---|
Cônsul do Império Romano | |
Consulado | 9 d.C. |
Quinto Popeu Segundo (em latim: Quintus Poppaeus Secundus) foi um político romano nomeado cônsul sufecto em 1 de julho de 9 no lugar de seu irmão Caio Popeu Sabino[1][2]. É incerto qual deles era o mais velho, mas, tipicamente, o primogênito recebia o nome do pai, mas o cognome "Segundo" sugere que ele era mais jovem. Segundo é conhecido por ter sido um dos autores da Lex Papia Poppae juntamente com seu colega de consulado Marco Pápio Mutilo[3][1][4].
Durante seu mandato, Segundo e Mutilo propuseram a Lex Papia Poppaea[5][4], cujo objetivo era desencorajar o adultério, evitar o casamento entre membros da classe senatorial com libertos ou filhos de libertos e encorajar o casamento legal e a procriação estabelecendo regras e penalidades legais para os que permanecessem solteiros ou não produzissem filhos sem antes obter uma dispensa legal[6]. Dião Cássio nota, com ironia, que tanto Pápio quanto Popeu eram solteiros e não tinham filhos[5][4].
Esta lei fez parte de uma tentativa mais ampla do imperador Augusto de promover a moralidade pública e sabe-se que uma das leis do programa ficou conhecida como Lex Juliae. Como o texto original da Lex Papia Poppaea se perdeu e não se conhece o conteúdo desta Lex Juliae, o conteúdo das duas se misturam. Por isso, a lei era conhecida como Lex Julia et Papia Poppaea[6].
Tácito conta que a lei não atingiu seus objetivos e meros oito anos depois de aprovada, o imperador Tibério criou uma comissão para mitigar suas penalidades dada a quantidade de pessoas sujeitas a um processo legal, a quantidade de delatores que a lei encorajou e a vasta quantidade de propriedades confiscadas por conta de suas provisões[7].
Cônsul do Império Romano | ||
Precedido por: Marco Fúrio Camilo com Sexto Nônio Quintiliano |
Caio Popeu Sabino 9 com Quinto Sulpício Camerino |
Sucedido por: Públio Cornélio Dolabela com Caio Júnio Silano |