Rãzinha-dos-rochedos

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Estado de conservação
Espécie em perigo
Em perigo (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Cycloramphidae
Gênero: Thoropa
Espécie: T. lutzi
Nome binomial
Thoropa lutzi
(Cochran, 1938)
Sinónimos[2]
Eupsophus lutzi (Frost 2010)

Rãzinha-dos-rochedos[2] (nome científico: Thoropa lutzi)[3] é uma espécie de anfíbio anuro da família dos cicloranfídeos (Cycloramphidae). Endêmica do Brasil, onde é encontrada nos estado do Espírito Santo, Rio de Janeiro e sudeste de Minas Gerais.

Distribuição e habitat

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A rãzinha-dos-rochedos é endêmica do sudeste do Brasil, onde ocorre nos estados do Espírito Santo (municípios de Mimoso do Sul, Santa Teresa e Muniz Freire), Minas Gerais (município de Alto Caparaó) e Rio de Janeiro (Recreio dos Bandeirantes e Tijuca, no Rio de Janeiro; Independência, em Petrópolis; e Campos dos Goitacazes). A partir dos seus pontos de avistamento, foi calculado que sua área de ocorrência é de 30 949,6 quilômetros quadrados. Ao longo de sua extensão ocorre em algumas áreas protegidas, como: Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João/Mico-Leão-Dourado, Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Estação Ecológica da Guanabara, Floresta Nacional de Pacotuba, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional do Caparaó e Parque Nacional da Tijuca. A rãzinha-dos-rochedos prefere lajes rochosas de áreas florestadas do bioma da Mata Atlântica, entre 200 e 800 metros de altitude.[2]

A rãzinha-dos-rochedos tem uma coloração dorsal que se assemelha a de uma rocha molhada. Deposita seus ovos em fissuras das rochas e os girinos se desenvolvem aderidos à rocha molhada. É raro na natureza e seus registros museológicos nunca excedem dois ou três indivíduos. A subpopulação do município do Rio de Janeiro não é avistada há mais de 30 anos, embora a causa não seja conhecida. Em 2002, foram feitos registros de três indivíduos em Muniz Freire e um em Mimoso do Sul, no Espírito Santo.[2]

Conservação

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Embora faltem dados quanto à população total da rãzinha-dos-rochedos, é assumido que sua população esteja em tendência de declínio devido às percas sucessivas de habitat com a conversão da cobertura vegetal nativa à agricultura, silvicultura, extração de madeira, expansão urbana, atividade turística e incêndios.[2] A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN), em sua Lista Vermelha, classificou a espécie como em perigo.[1] Em 2005, foi registrada como em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[4] e em 2018, consta sob a rubrica de "dados insuficientes" na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do ICMBio.[5][6] A espécie ocorre na área de abrangência do Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Aquáticas Ameaçadas de Extinção da Bacia do Rio Paraíba do Sul (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) e 2012 e do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Herpetofauna da Mata Atlântica do Sudeste de 2015, ambos coordenados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[2]

Referências

  1. a b Carvalho-e-Silva, S.P.; Carnaval, A.C. (2004). Thoropa lutzi (em inglês). IUCN 2014. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2014. Página visitada em 27 de setembro de 2014..
  2. a b c d e f Haddad, Célio Fernando Baptista; Segalla, Magno Vicente; Bataus, Yeda Soares de Lucena; Uhlig, Vívian Mara; Batista, Flávia Regina de Queiroz; Garda, Adrian; Hudson, Alexandre de Assis; Cruz, Carlos Alberto Gonçalves da; Strüsmann, Christiane; Brasileiro, Cínthia Aguirre; Silvano, Débora Leite; Nomura, Fausto; Pinto, Hugo Bonfim de Arruda; Amaral, Ivan Borel; Gasparini, João Luiz Rosetti; Lima, Leôncio Pedrosa; Martins, Márcio Roberto Costa; Hoogmoed, Marinus Seteven; Colombo, Patrick; Valdujo, Paula Hanna; Garcia, Paulo Christiano de Anchieta; Feio, Renato Neve; Brandão, Reuber Albuquerque; Bastos, Rogério Pereira; Caramaschi, Ulisses (2010). «Avaliação do Risco de Extinção de Thoropa lutzi Cochran, 1938, no Brasil». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Consultado em 29 de abril de 2022 
  3. Frost, D. R. (2014). «Thoropa lutzi». Amphibian Species of the World: an Online Reference. Version 6.0. Nova Iorque: Museu Americano de História Natural. Consultado em 29 de abril de 2022 
  4. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  5. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  6. «Thoropa lutzi Cochran, 1938». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 12 de abril de 2022. Cópia arquivada em 29 de abril de 2022 
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