Religião em Moçambique



Religião em Moçambique (2020)[1]

  Protestante (35%)
  Catolicismo (27%)
  Islão (20%)
  Sem Religião (14%)
  Outra/Não sabe (4%)
Um muçulmano aguarda na porta de uma Mesquita

A situação atual da religião em Moçambique está mal documentada. O censo de 2007 revelou que os cristãos formam 56,1% da população, os muçulmanos compunham 17,9% da população de Moçambique, enquanto 7,3% das pessoas afirmaram praticar outras crenças, principalmente o animismo, e 18,7% não tinham crenças religiosas[2].

As diferentes comunidades religiosas estão distribuídas por todo o país.[3] As província do norte são predominantemente muçulmanas, mas algumas áreas do interior do norte têm uma forte concentração de comunidades católicas e protestantes.[3] Protestantes e católicos são geralmente mais numerosos no Sul e nas regiões centrais, mas a minoria muçulmana também está presente nessas regiões.[3]

A Direcção Nacional dos Assuntos Religiosos do Ministério da Justiça afirma que os cristãos evangélicos são o grupo religioso que mais cresce no país.[3] A crescente população de imigrantes da Ásia Meridional é predominantemente muçulmana e segue a escola Hanafi da jurisprudência islâmica.[3]

A Constituição prevê a liberdade de religião, e o governo de modo geral respeita esse direito na prática.[3] Em 2010 estavam registradas no Departamento de Assuntos Religiosos do Ministério da Justiça 732 denominações religiosas e 144 organizações religiosas.[3] Os principais grupos religiosos cristãos incluem Anglicana, Batista, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons), Congregacional, Metodista, Nazareno, Presbiteriana, Testemunhas de Jeová, Católica Romana, Igreja Batista do Sétimo Dia, Adventista do Sétimo Dia e Igreja Universal do Reino de Deus, bem como igrejas evangélicas, apostólica e pentecostal.[3][4] Muitas igrejas evangélicas e protestantes pequenas e independentes que se separaram das principais denominações reúnem crenças e práticas tradicionais africanas na estrutura cristã.[3]

O governo informa que nenhum subgrupo islâmico está registrado; no entanto, a grande maioria dos muçulmanos é sunita, com a pequena minoria xiita principalmente originária da Ásia Meridional. [3] As três principais organizações islâmicas são a Comunidade Maometana, o Congresso Islâmico e Conselho Islâmico.[3] Jornalistas muçulmanos informam que as diferenças entre o sunismo e o xiimo não é particularmente importante para muitos muçulmanos em Moçambique, que têm mais probabilidade de se identificarem com um líder religioso, independentemente de este ser sunita ou xiita.[3] A população muçulmana do país representa as quatro escolas de pensamento do islamismo: Hanafi, Shafi, Maliki, e Hanbali.[3]

Estão também registrados grupos de judeus, hindus e bahá'í, mas estes e constituem uma porcentagem muito pequena.[3]

As principais mesquitas do país e a Igreja Católica tentam eliminar práticas tradicionais indígenas nos locais de culto, instituindo práticas que refletem uma interpretação mais estrita dos textos sagrados; no entanto, alguns adeptos cristãos e muçulmanos continuam a incorporar práticas e rituais tradicionais, e as autoridades religiosas geralmente são permissivas.[3]

Grupos missionários estrangeiros operam livremente no país.[3] Alguns montam centros de ensino religioso para as comunidades locais, enquanto outros oferecem bolsas para estudantes estudarem no país dos respectivos missionários.[3]


Referências

  1. [https://www.state.gov/reports/2022-report-on-international-religious-freedom/mozambique/ "National Statistics Institute".
  2. «3º Recenseamento Geral da População e Habitação». Instituto Nacional de Estatística. 2017. Consultado em 27 de janeiro de 2021 
  3. a b c d e f g h i j k l m n o p q «International Religious Freedom Report 2007: Moçambique. Estados Unidos Bureau de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho (14 de Setembro, 2007).» (em inglês) 
  4. Oliveira, Claudir (26 de Setembro de 2018). «Treinamento Ministerial Moçambique - Primeira Viagem». Igreja Batista do Sétimo Dia. Consultado em 27 de janeiro de 2021