Rhynchopus

Rhynchopus é um género de protistas escavados flageladoss da classe Diplonemea. Têm normalmente flagelos de diferentes comprimentos e uma única abertura subapical com as aberturas da bolsa flagelar e do aparelho alimentar adjacente fundidos numa única estrutura. Quando o alimento é escasso, são produzidas células flageladas móveis, sugerindo a presença de uma fase dispersiva totalmente flagelada no seu ciclo de vida, que serve para distinguir os géneros Rhynchopus e Diplonema. A maioria das espécies são de vida livre, outras são simbiontes e R. coscinodiscivorus é um parasita intracelular de diatomáceas.

A espécie-tipo é R. amitus, que foi descrita no plâncton do Mar Báltico. Possui um corpo piriforme alongado, geralmente mais côncavo num dos lados. Um disco separa a bolsa de ingestão do aparelho flagelar e uma bolsa de dois flagelos à medida que estes emergem da célula. Foi encontrado a alimentar-se do citoplasma de diatomáceas planctónicas e das guelras de caranguejos e lagostas. Além dos estádios da fase móvel flagelada, produz também um quisto.

R. euleeides é um flagelado marinho de vida livre. No estádio trófico as células são predominantemente elípticas e achatadas lateralmente, mas mudam frequentemente de forma. Planar é a forma mais comum de locomoção. Os dois flagelos, normalmente escondidos na bolsa subapical, são curtos e de comprimento desigual e possuem axonemas convencionais, mas parecem não ter barras paraxonemais. As células nadadoras, que só se observam ocasionalmente, são mais pequenas e possuem dois flagelos conspícuos, com mais do dobro do comprimento do corpo. [1][2]

Referências

  1. Roy, J. Faktotova, D. Benada, O. Lukes, J. Burger, G. . , Descrição de Rhynchopus euleeides n. sp. (Diplonemea), um Euglenozoário Marinho de Vida Livre, Journal of Eukaryotic Microbiology, Volume 54, Número 2, Março-Abril de 2007, pp. 137-145(9).
  2. Marcas, S.J. (comp.) 1989-2007. O Taxonómico. Serviços Taxonómicos Universais, Amesterdão, Holanda. [1], Data de acesso: 7 de fevereiro de 2016.