Ricardo Araújo Pereira | |
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Ricardo Araújo Pereira em 2024 | |
Nome de nascimento | Ricardo Artur de Araújo Pereira |
Nascido(a) em | 28 de abril de 1974 (50 anos) São Sebastião da Pedreira, Lisboa |
Nacionalidade | português |
Especialidade | Humorista, cronista |
Anos em atividade | 1998 - presente |
Gênero | Comédia |
Trabalhos de destaque |
Gato Fedorento; Diz que É uma Espécie de Magazine; Zé Carlos; Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios; Mixórdia de Temáticas; Melhor Do Que Falecer; Isso é Tudo Muito Bonito, Mas; Gente Que Não Sabe Estar; Programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer; Isto é Gozar com Quem Trabalha |
Assinatura |
Ricardo Artur de Araújo Pereira (Lisboa, 28 de Abril de 1974) é um humorista, jornalista e comentador político português.[1]
Ricardo Artur de Araújo Pereira nasceu na freguesia lisboeta de São Sebastião da Pedreira e cresceu na zona de Benfica, sendo filho de um piloto da TAP e de uma assistente de bordo.[2]
O seu percurso escolar e académico foi inteiramente realizado em instituições ligadas à Igreja Católica — fez o ensino básico e secundário em colégios de freiras vicentinas e padres franciscanos e jesuítas; licenciou-se em Comunicação Social e Cultural, na Universidade Católica Portuguesa.[2] O leque de conhecimento dos pais sempre lhe provocara uma grande curiosidade pela escrita, e reconhece hoje que teve o privilégio de ter essa bagagem. Não se interessou muito pela licenciatura em si e procurou sempre outros projetos e oportunidades complementares
Findo o curso, Ricardo Araújo Pereira iniciou-se como jornalista, primeiro como estagiário na redação do Jornal de Letras, Artes e Ideias; depois como repórter de informação da TVI.[3]
Antes do jornalismo, já revelara o seu gosto pela escrita e, particularmente, pela escrita para humor. No final dos anos 1990 foi descoberto por Nuno Artur Silva e chamado a colaborar com este na Produções Fictícias, a agência de guionistas, à época na sua fase embrionária, de onde sairiam os textos para programas de Herman José. Foi assim que, ao lado de Nuno Artur Silva, Nuno Markl ou João Quadros, colaborou nos guiões de Herman 98 e Herman 99 (RTP, 1998 - 1999), Herman SIC (2000 - 2005) e, posteriormente, O Programa da Maria, a estreia a solo de Maria Rueff (SIC, 2001). Também assinou crónicas para a rádio: Herman Difusão Portuguesa (RDP, 1999-2001); e para a imprensa: Felizes para Sempre, no semanário Expresso, e As Crónicas de José Esteves, no Diário de Notícias, entre outros.[4]
Por volta de 2003, depois das primeiras aparições na televisão, designadamente no programa de humor stand-up comedy, Levanta-te e ri, na SIC, Ricardo Araújo Pereira começa a fazer, junto de Zé Diogo Quintela, Tiago Dores e Miguel Góis, várias rubricas no programa de Fernando Alvim e Nuno Markl, O Perfeito Anormal, na SIC Radical. Seria a partir dessa experiência que davam arranque ao projecto Gato Fedorento.[4]
A equipa assinou várias séries do programa Gato Fedorento, na SIC Radical (Série Fonseca, Série Meireles e Série Barbosa), e depois na RTP1 (Série Lopes da Silva). Também na RTP1 apresentou Diz Que é Uma Espécie de Magazine em 2007, para de seguida voltar à SIC, com Zé Carlos, em 2008, e Gato Fedorento: esmiúça os sufrágios, em 2009. Na internet os humoristas geriam o blogue homónimo, onde Ricardo Araújo Pereira assinava as suas entradas com as iniciais RAP. Teve ainda várias aparições no programa de humor da SIC, Levanta-te e Ri.[4]
Escreveu semanalmente no jornal A Bola, escrevendo actualmente na revista Visão.[5] Na TSF, depois na TVI24 e atualmente na SIC, integra o painel do debate Governo Sombra, apresentado por Carlos Vaz Marques e com Pedro Mexia e João Miguel Tavares. Protagoniza ainda a rubrica "Mixórdia de Temáticas" na Rádio Comercial.[4]
É co-autor do livro O Futebol é Isto Mesmo (ou então é outra coisa completamente diferente) e do disco O disco do Benfiquista, naturalmente. Compilou as suas melhores crónicas da revista Visão nos livros Boca do Inferno e Novas Crónicas da Boca do Inferno. Com Pedro Mexia realizou uma adaptação da peça de teatro Como Fazer Coisas com Palavras, do filósofo inglês John Austin, que também interpretou, no Teatro São Luiz em 2008.[4]
Em janeiro de 2020, volta à SIC com o novo programa Isto é Gozar com Quem Trabalha estreado em março, levando também consigo o Governo Sombra e o painel de comentadores, atualmente é Programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer.
Ano | Título | Protagonista | Argumentista | Canal |
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2001 | Programa da Maria | Sim | SIC | |
2002 | Perfeito Anormal | Sim | ||
2003 | As Boas Entradas | Sim | SIC | |
2003 | Gato Fedorento: Série Fonseca | Sim | Sim | SIC Radical |
2004 | Gato Fedorento: Série Meireles | Sim | Sim | SIC Radical |
2005 | Gato Fedorento: Série Barbosa | Sim | Sim | SIC Radical |
2006 | Gato Fedorento: Série Lopes da Silva | Sim | Sim | RTP1 |
2006-2007 | Gato Fedorento: Diz que é uma Espécie de Magazine - Série I | Sim | Sim | RTP1 |
2007 | Gato Fedorento: Diz que é uma Espécie de Magazine - Série II | Sim | Sim | RTP1 |
2008 | Gato Fedorento: Zé Carlos | Sim | Sim | SIC |
2009 | Gato Fedorento: Esmiúça os Sufrágios | Sim | Sim | SIC |
2011 | Fora da Box | Sim | Sim | MEO |
2012-presente | Governo Sombra (2012-2021) Programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer |
Sim | TVI (2012_2019) SIC (2020-presente) | |
2012-2019 | Mixórdia de Temáticas | Sim | Sim | Rádio Comercial |
2014 | Melhor do que Falecer | Sim | Sim | TVI |
2014 | Crónica Diária no Jornal das 8 | Sim | Sim | TVI |
2015 | Gato Fedorento: Isso é tudo muito bonito mas | Sim | Sim | TVI |
2019 | Gente Que Não Sabe Estar | Sim | Sim | TVI |
2020-presente | Isto é Gozar com Quem Trabalha | Sim | Sim | SIC |
Livros
Em 2009, foi galardoado com o Prémio Arco-íris,[6] da Associação ILGA Portugal, pelo seu contributo, enquanto humorista, na luta contra a discriminação e a homofobia. Ironicamente, em 2022 a mesma associação viria a acusar Araújo Pereira de transfobia.[7]
Em maio de 2013, Araújo Pereira recebeu o Grande Prémio da Crónica pelo livro “Novas Crónicas da Boca do Inferno”. O prémio foi atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores com a parceria da Câmara Municipal de Sintra.[8][9]
Ricardo Araújo Pereira é casado e tem duas filhas.[carece de fontes]
É adepto do Sport Lisboa e Benfica. Foi militante do Partido Comunista Português, partido que veio mais tarde a abandonar.[10] Continua, porém a afirmar-se como "Marxista não Leninista". Em 2014, demonstrou o seu apoio ao partido Livre, aparecendo inclusivamente no quinto tempo de antena no contexto da campanha eleitoral para as eleições europeias desse ano.[11] Ricardo Pereira é ateu.[4][12]