Robert Morris (25 de julho de 1932, Boston, Massachusetts – 26 de junho de 2011, Lebanon, Nova Hampshire) foi um criptografador estadunidense.[1] Obteve o bacharelado em matemática em 1957 e o mestrado em matemática aplicada em 1958, ambos pela Harvard University.
Morris foi um pesquisador do Bell Labs entre 1960 e 1986, quando começou a trabalhar na Agência de Segurança Nacional (NSA).[1] Na agência, serviu como cientista chefe do National Computer Security Center, onde se envolveu com a produção dos padrões de segurança da Rainbow Series, aposentando-se em 1994.[2][3][4] Ele é o pai de Robert Tappan Morris, que disseminou em 1988 o Morris worm, Meredith Morris, e Benjamin Morris. Seus pais foram Walter W. Morris, um vendedor, and Helen Kelly Morris.[1]
Morris contribuiu com as versões iniciais do UNIX. Ele escreveu a biblioteca matemática, o código de encriptação do programa, e o esquema de encriptação de senha utilizado para a autenticação do usuário.[5] O esquema de encriptação era baseado no uso de uma função arapuca (agora chamada de função de derivação de chave) para computar hashes de usuário passwords que eram guardados no arquivo /etc/passwd
; técnicas análogas, baseadas em diferentes funções, ainda estão em uso atualmente.[6]
Há uma descrição de Morris no livro de Clifford Stoll The Cuckoo's Egg. Muitos leitores do livro de Stoll lembram que Morris deu a Stoll um quebra-cabeças matemático desafiador (originalmente atribuído a John H. Conway) no curso de uma discussão entre eles sobre segurança de computadores: Qual é o próximo número da sequência 1 11 21 1211 111221? (conhecido como constante de Conway). Stoll escolheu não incluir a resposta no The Cuckoo's Egg, para a frustração de muitos leitores.[7]
Ele também teria dito a um repórter que, enquanto trabalhava no NSA, teria ajudado o FBI a decodificar provas encriptadas.[1]