Sacro Império de Reunião | |
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Reunião | |
Lema: Fiat Justitia, Pereat Mundus | |
Hino: Deus Salve o Imperador | |
Capital | Saint-Denis 21° 06′ 52″ S 55° 31′ 57″ E |
Língua oficial | Português, Inglês |
Gentílico | reunião / reuniã |
Governo | Monarquia potencialmente absolutista |
• Imperador | Cláudio de Castro |
• Premier | João Santana |
• Presidente do Egrégio | Luiz Azambuja |
Área | |
• Total | 2 510 km² |
• Água (%) | 0,15% |
População | |
• Estimativa para 2015[1] | 1011 hab. (.º) |
IDH (2014) | 0,915 – muito elevado |
Moeda | Cifra (X$) |
Cód. ISO | REU |
Website governamental | www.reuniao.org |
O Sacro Império de Reunião (em inglês Holy Empire of Reunion) é uma micronação fundada em 28 de Agosto de 1997, como uma simulação política e constitucional e é um dos ícones do micronacionalismo lusófono.
Modelista, a micronação reivindica, como território de referência, a Ilha de Reunião. O império não tem soberania efetiva sobre nenhum destes territórios e jamais foi reconhecido por nenhum outro estado soberano. Seus criadores foram estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e, até hoje, a maioria dos seus "cidadãos" são brasileiros e portugueses.
O império cunha suas próprias moedas, imprime passaportes e notas de dinheiro, e produz bandeiras e estandartes para seus cidadãos desde o ano 2000. Segundo seus fundadores, o principal objetivo da micronação é promover uma profunda interação política entre seus participantes, com o intuito de fortalecer a formação e o interesse nessa área. No mesmo ano, o 'New York Times, numa reportagem sobre o micronacionalismo, citou o império como um de seus maiores expoentes e mencionou a política de bastidores da micronação, como dando lugar a "intrigas que não são vistas desde os anos de Luis XIV, que se dão na corte e listas virtuais" de Reunião.[2] Os "reuniãos" participam da política de seu país através de suas listas de discussão, fan page do Facebook e se encontram, com frequência anual, em sua convenção anual.
O interessante caso de Reunião foi também tratado no mais importante livro sobre o hobby que é o micronacionalismo, o francês Ils ne siégent pas a l'ONU, tendo merecido duas páginas inteiras.[3] de autoria do Professor Fabrice O'Driscoll, da Universidade de Aix-Marseille. Neste mesmo livro, são contados detalhes do singular sistema de governo da micronação, a monarquia potencialmente absoluta.
Muito ativa até os dias de hoje, mesmo com o enfraquecimento das listas de email, a micronação já foi tema de dezenas de matérias e artigos em mais de 20 meios de comunicação, tendo sido estrela de uma publicação de primeira página do maior jornal da verdadeira Ilha de Reunião Le Quotidien [4], que utilizou da micronação para traçar um paralelo entre sua independência fictícia e a vontade dos verdadeiros habitantes da ilha em serem independentes da França. Também foi tema de reportagens da Folha de S.Paulo.[5] Além de jornais e revistas, o império também deu base a algumas teses acadêmicas, em vários lugares do mundo.[6][7][8]
Em 2006, o "governo" do país ajudou a organizar a Equipe Intermicronacional Kiva, tendo emprestado, junto com outras micronações, mais de 1000 dólares americanos para pessoas passando necessidades em vários lugares do mundo.[9]
De acordo com a BBC de Londres, Reunião é uma das mais bem-relacionadas nações do micronacionalismo, tendo relações e contactos com mais de 175 outras.[10]