Samuel Elisée Bridel-Brideri | |
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Nascimento | 28 de novembro de 1762 Crassier |
Morte | 7 de janeiro de 1828 Gota |
Cidadania | Suíça |
Irmão(ã)(s) | Doyen Bridel |
Alma mater | |
Ocupação | botânico, briólogo, bibliotecário, poeta, escritor |
Samuel Élisée von Bridel-Brideri (Crassier, Cantão de Vaud, 28 de Novembro de 1761 — Gotha, 7 de Janeiro de 1828) foi um botânico, especialista em briologia, poeta e bibliotecário de origem suíça, mas com a carreira profissional e académica feita na Alemanha. Foi um dos mais reputados briólogos do seu tempo.[1][2][3][4]
Nasceu em Crassier, pequena comuna do cantão de Vaud, de onde partiu para estudar na Universidade de Lausanne.[4] Pouco depois, com 19 anos de idade, foi contratado para tutor dos príncipes de Sachsen-Gotha-Altenburg (August e Friedrich),[5] mais tarde duques reinantes de Sachsen-Gotha-Altenburg.
Acabou por se fixar em Gotha, ao tempo uma cidade do Estado Livre da Turíngia (Freistaat Thüringen) trabalhando como bibliotecário, e onde em 1804 foi feito membro do Conselho Privado (em alemão: "Geheimer Legationsrat"; Consiliis Secretis Legationis Saxo-Gothanae em latim). Permaneceria em Gotha, cidade onde desenvolveria toda a sua carreira e onde faleceu.[6][5]
No campo da botânica dedicou-se ao estudo dos musgos, ganhando a reputação de ser um dos melhores briologistas do seu tempo. Em resultado da sua investigação, em 1797 e 1803 publicou a obra Muscoloria recentiorum em dois volumes, que posteriormente ampliou com suplementos publicados entre 1806 e 1822. Nos anos seguintes procedeu à revisão do material publicado ao tempo sobre briologia e elaborou a sua grande obra, que intitulou Bryologia universa, publicada em dois volumes em 1826 e 1827 na cidade de Leipzig. Nesta obra apresentou um novo sistema de classificação para os briófitos, sistema que ao tempo teve grande expansão, mas que foi progressivamente abandonado a partir de finais do século XIX, embora alguns dos seus traços marcantes ainda estejam presentes nas actuais classificações.
Para além dos seus trabalhos botânicos, Bridel também se dedicou à escrita de poesia em francês, com destaque para a obra Délassements poétiques, havendo traduções de algumas das suas obras para alemão e latim.[5][6]
Parte do seu herbário foi adquirido e está conservado pelo Museu Botânico de Berlim (do Botanischer Garten und Botanisches Museum Berlin-Dahlem). Durante a Segunda Guerra Mundial, a colecção salvou-se parcialmente da destruição causada pelos bombardeamentos aliados de Berlim por ter sido separada da colecção principal. Na actualidade consiste em 1006 pastas de herbário, cada uma contendo entre um e 30 documentos. O paradeiro do resto da sua colecção é desconhecido. Alguns dos seus manuscritos (24 cartas, alguns livros de notas e documentos pessoais) estão na colecção da Forschungsbibliothek Gotha (Universitäts- und Forschungsbibliothek Erfurt/Gotha) alojada no Schloss Friedenstein, em Gotha, na Turíngia.[4]
Em 1825 foi eleito membro da Academia Leopoldina (Deutsche Akademie der Naturforscher Leopoldina).[7] Foi também homenageado com a utilização do seu nome como epónimo na nomenclatura científica. Um dos géneros propostos por Carl Ludwig Willdenow recebeu o nome genérico Bridelia (da ordem Malpighiales)[8] em sua honra.[9]
Bridel está sepultado no cemitério II de Gotha (Friedhof II - Gotha), mas o túmulo já não existe.
Bridel é autor, entre outras, das seguintes monografias: