Igreja de Nossa Senhora em Publícola Santa Maria in Publicolis | |
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Fachada | |
Tipo | igreja |
Estilo dominante | Barroco |
Arquiteto(a) | Giovanni Antonio de Rossi |
Início da construção | Antes do século XII |
Fim da construção | 1643 (reconstrução) |
Religião | Igreja Católica |
Diocese | Diocese de Roma |
Geografia | |
País | Itália |
Localização | Rione Sant'Eustachio |
Região | Roma |
Coordenadas | 41° 53′ 38″ N, 12° 28′ 34″ L |
Localização em mapa dinâmico |
Santa Maria in Publicolis ou Igreja de Nossa Senhora em Publícola é uma igreja de Roma, Itália, localizada no rione Sant'Eustachio, na via dei Falegnami. É dedicada ao Nascimento de Nossa Senhora, a única igreja com esta dedicação em Roma.
Está sob os cuidados dos Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, ordem fundada por São Gaetano Errico, que tem sua sede no local. É uma igreja anexa de Santi Biagio e Carlo ai Catinari.
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— Inscrição na fachada.
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Esta igreja foi construída junto ao Palazzo Santacroce e foi mencionada pela primeira vez como afiliada à basílica de San Lorenzo in Damaso em uma bula do papa Urbano III, em 1186, com o nome de Santa Maria de Publico. O cognome pode ser uma referência ao vizinho Porticus Minucia frumentaria, local onde era dividido o "frumentum publicum"[1]. No século XVI, a igreja já era chamada de "in Publicolis", pois a família nobre dos Santacroce, que patrocinava da igreja, pretendia ligar sua árvore genealógica à do cônsul romano Públio Valério Publícola, que, em 509 a.C., promulgou leis em favor da plebe[2].
A igreja foi restaurada pelos Santacroce em 1465, mas se arruinou e foi demolida em 1642. Foi construída em seguida com base num projeto de Giovanni Antonio de Rossi por ordem do cardeal Marcello Santacroce. A obra terminou no ano seguinte.
A igreja permaneceu como sede de uma paróquia até a grande reforma do papa Leão XII em 1823, mas os Santacroce continuaram a mantê-la. Em 1864, os Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria se mudaram para o convento vizinho, que tornou-se a sede da ordem. Em 1867, morreu sem descendentes masculinos Antonio Publicolo Santacroce, o último dos Santacroce. Funciona hoje como igreja conventual.
A igreja é barroca, tanto no interior quanto no exterior.
A fachada está dividida em duas ordens por uma pronunciada cornija, ambas tripartidas por lesenas verticais. A ordem inferior apresenta, ao centro, o portal afrescado com uma "Madona entronada com Anjos" entre duas meias-colunas jônicas; dos lados, estão nichos semicirculares vazios. Na ordem superior, inversamente, há apenas lesenas toscanas simples ladeando uma grande janela central. A fachada termina, no alto, com um frontão arqueado flanqueado por duas esculturas, cada uma delas representando um "Pelicano ferido no peito", um símbolo de Cristo.
O interior apresenta uma nave única coberta por uma abóbada de berço com duas capelas laterais. No piso estão várias lápides tumulares dos séculos XV e XVI, entre as mais importantes a de Alfonso Santacroce; a igreja abriga ainda a sepultura da família Santacroce. Na capela lateral da direita, está uma pintura de Raffaello Vanni, "Santa Helena adora a Cruz"; na da esquerda, está um "São Francisco de Assis", de Alessandro Grimaldi. No fundo da nave está uma abside retangular coberta por uma cúpula, inteiramente ocupada pelo presbitério, onde está o altar-mor em mármore multicolorido e uma "Nascimento da Virgem", também de Vanni.
Na galeria da contra-fachada está um órgão de tubos Mascioni opus 307, construído em 1912[3].