Sete Minutos Depois da Meia-Noite (livro)

 Nota: Para o filme de 2016, realizado por Juan Antonio Bayona, veja Sete Minutos Depois da Meia-Noite.
A Monster Calls
Sete Minutos Depois da Meia-Noite
Autor(es) Patrick Ness
Idioma língua inglesa
País Reino Unido
Género Ficção
Fantasia
Editora Walker Books
Lançamento 2011
Páginas 214
Edição portuguesa
Editora Editorial Presença
Lançamento 2015
Páginas 216
ISBN 978-972-23-5460-8
Edição brasileira
Tradução Paulo Polzonoff Junior
Editora Novo Conceito
Lançamento 2016
Páginas 160
ISBN 978-858-16-3824-9

Sete Minutos Depois da Meia-Noite (em inglês: A Monster Calls) é um livro juvenil de fantasia escrito por Patrick Ness, a partir de uma ideia original de Siobhan Dowd, ilustrado por Jim Kay e publicado em 2011. A ação decorre na Inglaterra no presente e segue a história de um rapaz com dificuldades para lidar com as consequências do cancro terminal da mãe. Em várias ocasiões, o rapaz recebe a visita de um monstro que lhe conta histórias a meio da noite. Siobhan Dowd tinha cancro terminal quando começou a trabalhar no livro e morreu antes de conseguir terminá-lo.[1]

Patrick Ness e o illustrator Jim Kay venceram a Medalha Carnegie e a Medalha Kate Greenaway em 2012, os prémios atribuídos pelas bibliotecas britânicas aos melhores livros infantis e juvenis do ano.[2] Esta foi a primeira vez que tanto o autor como o ilustrador receberam estas medalhas.[3][4]

Em 2016, estreou uma adaptação ao cinema deste livro, dirigida por J. A. Bayona e com argumento do próprio Patrick Ness.

Siobhan Dowd concebeu a ideia do livro durante a sua própria doença terminal. A autora falou da ideia e assinou um contrato para a escrever com a editora Denise Johnstone-Burt da Walker Books, que também já tinha trabalhado com Patrick Ness. Após a morte de Siobhan em agosto de 2007, a Walker Books pediu a Patrick Ness para escrever a história. Mais tarde, a editora e o autor pediram a Jim Kay para a ilustrar, no entanto Patrick e Jim só se conheceram pessoalmente quando o livro foi publicado em maio de 2011.

Após vencer a Medalha Carnegie, Patrick Ness falou do processo de escrita do livro com o jornal The Guardian:

Não teria aceitado o trabalho se não tivesse liberdade total para o levar onde precisava de o levar. Se achasse que estava a ser limitado de alguma forma, mesmo que fosse por boas razões,penso que isso teria prejudicado a história. E não fiz isto por razões egocêntricas, por achar que as minhas decisões estavam, de alguma forma, automaticamente certas ou algum disparate desses, mas porque eu sei que era isto que a Siobhan teria feito. Ela teria libertado a história e deixá-la crescer e mudar, por isso não estava a tentar adivinhar o que ela teria escrito, estava apenas a seguir o mesmo processo que ela teria seguido, o que é diferente.
(...)
Digo sempre que pareceu uma conversa privada entre mim e ela e que a maioria do processo resumiu-se a mim a dizer: "olha com o que nos estamos a safar".

Jim Kay foi escolhido para ilustrar o livro depois de ter ilustrado uma cena a pedido do diretor artístico Ben Norland:

Tinha outros compromissos, por isso tive um fim-de-semana para criar uma imagem e criei com alguma pressa a cena do Monstro a debruçar-se sobre a casa. Utilizei uma técnica que nunca tinha experimentado antes muito por falta de tempo.
(...)
Imagino a história como um filme ou uma peça de teatro em movimento e começo a construir os adereço e a criar o cenário à volta das personagens. Adoro a atmosfera e penso que era para isso que queria contribuir. Se me tivessem deixado sozinho, teria evitado todas as cenas chave porque estava apreensivo em abordá-las, mas o Ben foi fantástico, deu-me a estrutura do livro e, felizmente, insistiu que eu abordasse os elementos explosivos e energéticos do livro.

Conor O'Malley, um rapaz de treze anos, acorda de um pesadelo recorrente que tem há alguns meses: "aquele com a escuridão e o vento e os gritos".

Sete minutos depois da meia-noite, uma voz chama-o a partir do exterior da janela do seu quarto, virada para uma igreja antiga e para o seu cemitério protegido por um teixo. Conor dirige-se à janela e conhece o monstro que o chamou, uma massa imponente de ramos e folhas que criam uma forma humana a partir do teixo. O monstro fica intrigado por Conor não mostrar medo e insiste que Conor o chamou. O monstro afirma que é uma versão do Homem Verde e avisa-o que lhe vai contar três histórias verídicas e depois Conor deverá contar a sua própria história e, se não for verdadeira, o monstro vai comê-lo.

O monstro continua a encontrar-se com Conor, quase sempre às 00:07 ou às 12:07 para lhe contar histórias de pessoas que o invocaram.

Entre as suas histórias, que têm como objetivo demonstrar as complexidades inerentes aos humanos, o autor revela que a mãe de Conor está a fazer tratamentos de quimioterapia e que tem cancro terminal há um ano. Conor está isolado e sozinho. O seu pai usa a sua nova família nos Estados Unidos como desculpa para se afastar e não o apoiar. A sua relação distante com a sua avó exigente e fria também não lhe dá conforto. Conor é vítima de bullying na escola e distanciou-se de todas as pessoas da sua vida, mantendo contacto social apenas com o monstro. À medida que a história progride, o estado de saúde da sua mãe piora e os encontros de Conor com o monstro têm consequências cada vez mais devastadoras.

Referências

  1. «A Monster Calls: Cinema Screenings & Ticket Booking - The Official Showtimes Destination». Search for screenings / showtimes and book tickets for A Monster Calls. See the release date and trailer. The Official Showtimes Destination brought to you by Entertainment One Ltd #AMonsterCalls (em inglês). Consultado em 30 de janeiro de 2017 
  2. Prendergast, Lara (14 de junho de 2012). «A Monster Calls wins first Carnegie and Kate Greenaway prize double». The Daily Telegraph (em inglês) 
  3. «The CILIP Carnegie and Kate Greenaway Awards». www.carnegiegreenaway.org.uk. Consultado em 30 de janeiro de 2017 
  4. «The CILIP Carnegie and Kate Greenaway Awards». www.carnegiegreenaway.org.uk. Consultado em 30 de janeiro de 2017 

Ligações externas

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Prêmios
Precedido por
Monsters of Men
Medalha Carnegie
2012
Sucedido por
Maggot Moon
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