Soldagem de topo

Máquina de soldagem de topo Inventada por Elihu Thomson

A Soldagem de topo (UW) (processo número 25 de acordo com a norma EN ISO 4063 [1]) é uma técnica de soldagem que produz coalescência entre duas peças metalicas, em toda a área em contacto entre elas, pelo calor obtido da resistência à corrente elétrica nessa mesma área. Ela é usada para conectar secções transversais limitadas, como dois tubos ou barras, fios, parafusos, um bom exemplo do resultado dessa soldadura são os elos duma corrente metálica.[2]

Essa técnica foi inventada em 1877 por Elihu Thomson.[3]

Existe duas variantes de soldagem de topo

Solda de topo por resistência (ou por pressão)

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Máquina de soldar elos de corrente por soldagem de topo
Esboço do princípio de soldagem de topo por pressão: (1) Passagem da corrente I com uma pequena força de compressão
(2) Aplicação duma grande força de compressão F
(3) Componente acabado

Os componentes a serem soldados são firmemente fixados nas garras de fixação do dispositivo de soldagem, que servem tanto como para a transmissão da corrente como para pressionar as peças entre si.[3]

Ao pressionar os componentes juntos, um bom contacto é estabelecido em toda a área da secção transversal. A corrente que flui aquece todos os pontos de contacto até a temperatura de soldagem (fusão). Quando a temperatura necessária é atingida em toda a área da secção transversal da solda, o fluxo de corrente é interrompido e os componentes são firmemente comprimidos um contra outro por meio do movimento de avanço das garras.[3]

O resultado da soldagem de topo prensado é um cordão espesso e sem rebarbas. Os componentes a serem soldados devem estar limpos na junta para um ótimo resultado de soldagem.

Esquema duma máquina de soldagem de topo:
(4) e (7) Peças
(5) e (8) Garras
(9) Tranformador

Soldagem de topo por centelhamento (ou de tipo flash)

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Uma variação da soldagem a topo por pressão é a soldagem de topo por centelhamento. Com este método de soldagem, há um contacto parcial entre os componentes durante a fase de aquecimento. Devido à alta densidade da corrente resultante, o material nesses pontos de contacto é liquefeito, vaporizado ou jogado fora em respingos. Os componentes, portanto, queimam parcialmente no ponto de soldagem. Como resultado da contínua formação e destruição dos pontos de contacto, as peças devem ser avançadas durante a fase de aquecimento para manter os arcos eléctricos. Após atingir a temperatura desejada, os componentes são pressionados intensamente um contra outro para que haja soldagem (coalescência) e o fluxo de corrente é interrompido. A vantagem deste método é que a queima no ponto de contacto elimina simultaneamente a contaminação no ponto de solda e o metal em evaporação forma uma atmosfera protetora de gás ao redor do ponto de solda.[3] No entanto, o material liquefeito geralmente forma uma rebarba no ponto de compressão, que pode ter que ser removida em uma operação separada. Uma aplicação amplamente generalizada é a soldagem dos carris, mas pode ser soldado com este processo todo um vasto leque de peças de natureza e formas diferentes.

Referências

  1. EN ISO 4063:2010-03 Processos de soldagem e afins — Nomenclatura de processos e números de referência
  2. DVS:Pressstumpfschweißen von Stahl, DVS-Merkblatt 2931, 2008
  3. a b c d Nègre, Jean (1979). Publications de la soudure autogène, ed. Le soudage électrique par résistance (em francês). Paris: [s.n.] 
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