Soneto 33
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Full many a glorious morning have I seen
Flatter the mountain tops with sovereign eye,
Kissing with golden face the meadows green,
Gilding pale streams with heavenly alchemy;
Anon permit the basest clouds to ride
With ugly rack on his celestial face,
And from the forlorn world his visage hide,
Stealing unseen to west with this disgrace:
Even so my sun one early morn did shine,
With all triumphant splendour on my brow;
But out, alack, he was but one hour mine,
The region cloud hath mask'd him from me now.
Yet him for this my love no whit disdaineth;
Suns of the world may stain when heaven's sun staineth.
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–William Shakespeare
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Soneto 33 foi escrito por William Shakespeare e faz parte dos seus 154 sonetos. É o primeiro dos quais às vezes são chamados de sonetos estranhos (33-36): poemas preocupados com a resposta do eu-lírico a uma "falha sensual indeterminada" (35) cometida por sua amada.
Na tradução de Thereza Christina Rocque da Motta,
- Já vi muitas manhãs gloriosas cobrirem
- Os cumes das montanhas com o olhar soberano,
- Beijando com a tez dourada o verde dos campos,
- Colorindo pálidos córregos com a divina alquimia,
- Não permitindo que as nuvens baixas vaguem
- Com aspecto horrendo sobre a face celestial,
- E do mundo distante esconder sua visagem,
- Fugindo, despercebido, para o Oeste em desgraça.
- Mesmo assim, meu sol brilhou cedo, um dia,
- Em todo o seu esplendor triunfante sobre o cenho;
- Porém, ó dor, ele apenas foi meu por uma hora –
- As brumas encobriram-no totalmente agora.
- Embora ele, por isso, desdenhe o meu amor;
- Os sóis do mundo manterão a sua mácula.[1]
- ↑ Thereza Christina Rocque da Motta (tradutora), SHAKESPEARE, William. 154 Sonetos. Em Comemoração Aos 400 Anos Da 1ª Edição 1609-2009. Editora Ibis Libris, 1ª edição, 2009. ISBN 8578230264
- Alden, Raymond. The Sonnets of Shakespeare, with Variorum Reading and Commentary. Boston: Houghton-Mifflin, 1916.
- Baldwin, T. W. On the Literary Genetics of Shakspeare's Sonnets. Urbana: University of Illinois Press, 1950.
- Booth, Stephen. Shakespeare's Sonnets. New Haven: Yale University Press, 1977.
- Dowden, Edward. Shakespeare's Sonnets. London, 1881.
- Hubler, Edwin. The Sense of Shakespeare's Sonnets. Princeton: Princeton University Press, 1952.
- Schoenfeldt, Michael (2007). The Sonnets: The Cambridge Companion to Shakespeare’s Poetry. Patrick Cheney, Cambridge University Press, Cambridge.
- Tyler, Thomas (1989). Shakespeare’s Sonnets. London D. Nutt.
- Vendler, Helen (1997). The Art of Shakespeare's Sonnets. Cambridge: Harvard University Press.