Sphex funerarius | |||||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||
Sphex funerarius Gussakovskij, 1934 | |||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||
Sphex maxillosus; S. maxillosus mavromoustakisi |
Sphex funerarius[1], comummente conhecida como vespa-escavadora[2] ou esfécida-dos-saltões[2], é uma espécie de insetos himenópteros, mais especificamente de vespas pertencente à família dos esfecídeos.
A autoridade científica da espécie é Gussakovskij, tendo sido descrita no ano de 1934.[2]
Do que toca ao nome científico:
O nome popular «esfécida-dos-saltões» trata-se de um aportuguesamento do étimo grego, sphex, posposto de uma alusão a uma das presas mais habituais desta vespa: os saltões.[2]
É uma espécie de ampla distribuição paleártica, com preferência por regiões quentes, encontrando-se maioritariamente no sul da Europa e no norte de África.[2]
Encontra-se presente em território português, em Portugal Continental.[5]
Esta espécie medra em habitats quentes e floridos, nidificando, mormente, em solos arenosos.[2]
Trata-se da maior espécie de vespa esfecídea da europa, orçando entre 15 a 26 milímetros de comprimento.[2] É uma espécie de hábitos solitários.[2]
Esta espécie pauta-se, também, por possuir um pecíolo mais longo do que largo.[2] O abdómen, por seu turno, tem um formato fusíforme contando com três tergitos de cor laranja. [2]
As patas, por seu turno, são longas e espinhosas.[2]
Na face, por fim, conta com duas franjas oblíquas, de pêlos brancos.[2]
Há dimorfismo sexual patente nesta espécie, o qual se manifesta em diversos caracteres, designadamente: as fêmeas exibem patas bicolores, principalmente as anteriores e as medianas.[2] O padrão bicolor das patas é muito variável. Os machos, por seu turno, além de terem pernas monocromáticas,também contam com grandes sensilas placoides nos segmentos do flagelo antenar.[2]
São as fêmeas desta espécie que fazem jus ao epíteto de «escavadora», porquanto são elas que escavam os ninhos no solo, onde depois depositam os seus ovos.[2] Os ninhos compreendem um túnel inclinado com cerca de 15 centímetros de comprimento no fim do qual se podem encontrar uma ou duas câmaras.[2]
Para os ninhos transportam, também, as ninfas de grilos e gafanhotos que anestesiam previamente com uma injeção de veneno.[2] As vítimas são conservadas vivas para servirem de alimento das suas larvas.[2]
O transporte destas presas é uma operação complexa, que obedece a um processo cerebral estereotipado, e que implica dispêndio de grandes forças para a vespa-escavadora.[2] A captura e transporte das presas logra-se graças às enormes patas desta espécie, as quais, em todo o caso, têm o calcanhar de Aquiles de serem difíceis de dificultarem a descolagem da vespa-escavadora, quando levanta voo.[2]
Já os adultos, por sua vez, procuram o néctar das flores, para se alimentar, o qual lhes fornece hidratos de carbono.[2] Esta espécie voa de Julho a Setembro.[2]
Esta espécie só pica o homem se for expressamente atacada ou manipulada.[2]