Street Transvestite Action Revolutionaries (STAR) foi uma organização americana criada para promover os direitos das pessoas LGBT e dar apoio às jovens travestis e transgêneros sem-teto. Junto do Gay Liberation Front (GLF) e da Gay Activist Alliance (GAA), a organização ajudou a realizar protestos. Além disto, os membros da STAR também organizavam visitas a prisões e instituições de saúde mental, denunciavam mal-tratos a prisioneiros e ajudaram na formação do Comitê de Prisões da Comunidade Gay.[1]
A organização foi formada em 1970, como parte da GLF, com o objetivo de ser um grupo pró-ativo em defesa dos direitos das pessoas trans. A organização foi co-fundada pelas ativistas Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera em resposta aos problemas experienciados pelas travestis e pessoas trans que eram forçadas a viver nas ruas.[2]
Inicialmente, os membros da STAR dormiam em um trailer abandonado na Greenwich Village, até que este foi levado embora.[2] Eventualmente, em 1972,[3] acharam uma casa abandonada, a qual consertaram a eletricidade e o encanamento, e passaram a morar lá.[2] A casa da organização era utilizada como abrigo para pessoas LGBT que moravam na rua, e é considerado um dos primeiros do seu tipo.[4] Além de uma lugar para dormir e comer, membros da STAR também serviam de consolo e ajudavam com a afirmação da identidade trans e travesti.[1]
Em 1973, após uma altercação entre Rivera e outros membros do movimento LGBT da época, Rivera se afastou da organização, resultando em seu término no mesmo ano.[2]
Em julho de 2000, Amanda Milan, uma afro-americana transgênera, foi assassinada no Times Square. Em resposta, Rivera reformou a STAR no ano seguinte, afirmando que "se não nos defendermos, ninguém mais fará isto por nós."[5]