Syrinx aruana | |||||||||||||||||||||||||
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Duas vistas da concha de S. aruana, indivíduo adulto, com seu opérculo no meio e com uma parte do perióstraco presente. | |||||||||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||||||||
Syrinx aruana (Linnaeus, 1758)[3] | |||||||||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||||||||
Murex aruanus Linnaeus, 1758 Syrinx aruanus (Linnaeus, 1758) - concordância gramatical incorreta de seu descritor específico Fusus proboscidiferus Lamarck, 1822 (WoRMS)[3] Megalatractus aruanus (Linnaeus, 1758)[5] |
Syrinx aruana (nomeada, em inglês, Australian trumpet,[1] giant conch[6] ou false trumpet;[7] durante o século XX, e início do século XXI, com a concordância gramatical incorreta de seu descritor específico, lhe denominando Syrinx aruanus) é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Turbinellidae. Foi classificada por Linnaeus, com o nome de Murex aruanus, em 1758, na sua obra Systema Naturae. Editio decima, reformata.[3] É nativa do norte da Austrália,[1] regiões sul da Nova Guiné e da Indonésia, sendo esta considerada a maior,[8] e mais pesada,[7] concha de caramujo existente no mundo.[8] É a única espécie do seu gênero (táxon monotípico).[4][7] Sua denominação, aruanus, provém das ilhas Aru, na Indonésia.[carece de fontes]
Concha de coloração creme a alaranjada,[9][10] angular[2] e alongada, de espiral bem aparente e com a superfície de suas voltas estriada; apresentando dimensões de até 91 centímetros de comprimento e peso de 18 quilos.[7] As primeiras 8 voltas[9] apresentam um pequeno relevo ondulado de nervuras axiais e são cilíndricas, se perdendo no espécime adulto.[2][11] O seu canal sifonal é longo e ligeiramente curvo e seu lábio externo é fino.[10] Columela e interior da abertura de coloração similar ao restante da concha que, em vida, se cobre de um perióstraco marrom ou cinzento.[7] Opérculo córneo, em forma de folha.
Esta espécie é encontrada desde a zona entremarés até a profundidade de 50 metros,[8] em fundos de areia.[7] São moluscos predadores que se alimentam de vermes Polychaeta dos gêneros Polyodontes, Loimia e Diopatra. Sua fêmea cimenta cápsulas de ovos, de até 15 centímetros, a conchas,[8] rochas e corais mortos, de onde pequenos caramujos eclodem e se arrastam para longe.[12]
Syrinx aruana ocorre no oceano Pacífico ocidental, principalmente no norte da Austrália,[1][6] regiões sul da Nova Guiné e da Indonésia.[8]
A concha de Syrinx aruana pode ser utilizada como um instrumento de sopro, e até mesmo percussivo, após a retirada da área superior de sua espiral o suficiente para a colocação da boca. O resultado é um som rouquenho e que pode ser variado na medida da intensidade do sopro ou pela inserção da mão do instrumentista na abertura da concha; ou dando pequenos tapas em sua perfuração, para a percussão.[13] Também é naturalmente usada para transportar água, podendo conter, quando desenvolvida, quase três litros.[14] Em Queensland, na península do cabo York, se confeccionou um pino nasal, em forma de meia-lua, conhecido como "i-mina", que era feito de uma parte extraída da concha de Syrinx aruana e usado apenas pelos homens.[5]