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Freguesia | ||||
Costa da região de São Caetano, mostrando áreas desabitadas da Terra de Pão, com a freguesia de São Caetano ao fundo. | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização no município de Madalena | ||||
Localização de São Caetano nos Açores | ||||
Coordenadas | 38° 28′ 06″ N, 28° 23′ 56″ O | |||
Região | Açores | |||
Município | Madalena | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Presidente | Ana Isabel Rodrigues da Costa (PPD/PSD) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 24,36 km² | |||
População total (2011) | 480 hab. | |||
Densidade | 19,7 hab./km² | |||
Código postal | 9950-422 São Caetano MAD | |||
Outras informações | ||||
Orago | São Caetano | |||
Freguesia mais alta de Portugal |
São Caetano é uma freguesia portuguesa do município da Madalena, com 24,36 quilômetros de área e 480 habitantes (2011), uma densidade de 19,7 hab/km² e dista da cede do concelho 18.00 quilómetros.
Esta freguesia que tem como santo padroeiro São Caetano de Thiene é a mais jovem freguesia do concelho da Madalena do Pico, tendo sido elevada ao estatuto de freguesia em 2 de Outubro de 1880.
A sua posição geográfica coloca-a na costa sul do concelho e da ilha, entre as freguesias de São Mateus e os lugares da Ponte de São Macário e de Santa Margarida, junto a uma extraordinária baía onde assenta o Porto da Praínha do Galeão.
★ A primeira refereência à existência desta freguesia encontra-se no decreto de 12/12/1898
Nº de habitantes / Variação entre censos[1] | ||||||||||||||||
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1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | 2021 | |||
1378 | 1284 | 1150 | 1059 | 1048 | 1116 | 1188 | 1218 | 914 | 659 | 607 | 550 | 480 | 414 | |||
-7% | -10% | -8% | -1% | +6% | +6% | +3% | -25% | -28% | -8% | -9% | -13% | -14% |
Grupos etários em 2001, 2011 e 2021
0-14 anos | 15-24 anos | 25-64 anos | 65 e + anos | |
Hab | 91 | 55 | 43 | 81 | 71 | 41 | 259 | 266 | 247 | 119 | 88 | 83 |
Var | -40% | -22% | -12% | -42% | +3% | -7% | -26% | -6% |
Dada a proximidade desta localidade com a Montanha do Pico sofre a influência desta no clima, particularmente na pluviosidade causada pela condensação das neblinas que com os seus 2351 metros de altitude a montanha faz condensar.
A encosta da Montanha virada a esta localidade apresenta grandes e profundas ravinas, fortemente relacionadas com o declive acentuado da mesma e com a rápida descida das águas pluviais.
Mais uma vez, e devido à proximidade da Montanha, com quem está intimamente interligada, tem dentro dos seus 24,36 quilómetros quadrados várias elevações a ter em conta, nomeadamente o Cabeço da Prainha, o Queiró com 1487 metros de altitude, O Valagão com 679 metros de altitude e a Lomba de São Mateus com os seus 1474 metros.
Tendo em atenção as elevações aqui existentes esta freguesia apresenta vários cursos de água, nomeadamente a Ribeira da Calheta, a Ribeira da Prainha, a Ribeira Grande e a Ribeira Nova.
A nível de percursos pedestres, destacam-se os antigos trilhos, que na pratica eram acessos quase directos entre a baía e o seu porto, com o interior numa altura em que não havia estradas.
Estes trilhos situados entre o mar e a montanha, levam os caminhantes por paisagens idílicas perdidas entre as montanhas onde o estonteante verde das florestas da Laurissilva típicas da Macaronésia é uma constante.
Estas antigas veredas, algumas centenárias, são em si mesmas um património insofismável que levam o caminhante por entre um rico património paisagístico. De entre estes trilhos destacam-se o Trilho da Canada de São Caetano que tem início junto à Prainha do Galeão numa escadaria; O Trilho da Canada da Ribeira da Prainha, que fazia a ligação entre a Prainha do Galeão e a parte superior da freguesia de São Caetano e que era usado por pescadores e baleeiros; o Trilho do Largo das Fontes, que fazia a ligação da localidade com as pastagens de São Caetano e famoso pelas várias fontes que se encontram pelo caminho.
Localizada praticamente no sopé da Montanha do Pico, uma vez que a montanha nesta parte da ilha faz um cota de declive extremamente acentuado é a freguesia da ilha mais próxima da referida montanha.
Os primeiros povoadores das novas terras eram geralmente quem atribuía os nomes às terras que passavam a povoar, esta toponímia variava muito consoante os factores existentes. Neste caso esteve relacionado com a devoção da população com o santo católico São Caetano, sacerdote de Vicenza.
Este santo foi eleito como orago do novo povoado e foi Francisco Pires Flores quem mandou construir uma ermida em honra deste santo.
Igualmente foram os povoadores que atribuíram o nome à localidade da Prainha do Galeão, nome que recua ao Século XVI e assinala a memória do barco, possivelmente um galeão, que, neste século, Garcia Gonçalves Madruga, então Capitão-mor, mandou construir a expensas suas de forma a pagar uma dívida que tinha para com o rei D. João III de Portugal.[2]
Corria o ano de 1878 deu-se início à construção da Igreja de São Caetano, obra que teve algumas dificuldades, entre elas a falta de madeiras adequadas ao que se pretendia. Outro facto que causou substancial atraso na obra foi a ocorrência de uma tempestade que levou à destruição de muito do trabalho então em curso.
Por destino, ou não, reza a história que nessa altura aconteceu o naufrágio na Prainha do Galeão de uma embarcação proveniente Vicenza carregado de trigo cujas madeiras do casco forneceram a madeira que faltava para a finalização da obra.
Durante muitos séculos as actividades ligadas ao cultivo da terra foram as principais fontes de riqueza dos povos desta localidade, e apesar de a agro-pecuária e a pesca estarem ainda entre as principais fontes de riqueza dos povos de São Caetano, tem surgido outras actividades como a carpintaria, a panificação, o comércio e o turismo, que tem diversificado os modo de viver das populações.[3]
Aqui se localiza a Prainha do Galeão e o Porto da Praínha do Galeão também denominado na gíria como Porto de São Caetano.
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