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Bairro do Brasil | ||
Vista aérea a partir do morro da Pedra Bonita. | ||
Localização | ||
Coordenadas | ||
Distrito | Zona Sul | |
História | ||
Criado em | 13 de junho de 1993 Lei 1 995[1] | |
Características geográficas | ||
Área total | 648,86 ha (em 2003)[2] | |
População total | 10,980 (em 2 010)[3] hab. | |
• IDH | 0,873 [4](em 2000) | |
Outras informações | ||
Domicílios | 4.349 (em 2010) | |
Limites | Alto da Boa Vista, Barra da Tijuca, Gávea, Itanhangá, Joá, Rocinha e Vidigal.[2] | |
Subprefeitura | Zona Sul |
São Conrado é um bairro da Zona Sul do município do Rio de Janeiro, no Brasil. Seu índice de desenvolvimento humano, no ano 2000, era de 0,873, o 38º melhor do município do Rio de Janeiro (resultado obtido devido ao fato de que o cálculo de seu índice foi feito junto com a comunidade do Vidigal).[5] Apresenta grande desigualdade social: de um lado, estão os condomínios de luxo, e, do outro, está a comunidade da Rocinha.
Ao final do século XIX, quando nasciam os bairros tradicionais de Catete e Botafogo, a região do bairro era uma planície selvagem de plantas rasteiras em meio a areia, tal qual é, ainda hoje, o bairro de Grumari. A localidade recebeu o nome de São Conrado devido à igreja homônima, construída em 1903 por Conrado Jacob Niemeyer[6] para ser frequentada pelas famílias abastadas que haviam começado a residir em chácaras da região.
São Conrado foi o resultado da criação de uma estrada pelo professor Charles Armstrong em 1912. O mestre objetivava facilitar o acesso à escola em que lecionava, situada na Chácara do Vidigal.[7] A partir de então, todo o Jardim da Gávea começou a sediar circuitos de rua de duas extintas corridas anuais de cavalos e de carros até o fim dos anos 1920. Em 1919, a via foi alargada, prolongada e nomeada Avenida Niemeyer devido ao comendador Conrado Jacob Niemeyer, dono das terras que formariam o futuro bairro.[7]
Através do loteamento das propriedades de Conrado Jacob Niemeyer, ao longo dos anos 1920 e 1930, o novo bairro de chalés e palacetes emancipou-se da Gávea.[6] Entretanto, assim como este, São Conrado sofreu uma verticalização nos anos 1960 devido à construção da autoestrada Lagoa-Barra e ao alargamento de suas principais vias, ganhando, então, seu atual aspecto urbanístico.
É um dos bairros mais luxuosos da cidade, dominado por edifícios residenciais de classe alta, como o Condomínio Edifício Praia Guinle e condomínios de mansões em meio às montanhas vizinhas. Conta com estabelecimentos voltados à classe alta, como o shopping São Conrado Fashion Mall[8] e o Gavea Golf & Country Club.[8] Ao mesmo tempo, apresenta extrema desigualdade social, pois limita-se com a Rocinha e Vila Canoas.[8] A Sociedade Civil é representada pela AMASCO (Associação dos Moradores e Amigos de São Conrado), que faz um importante trabalho de mobilização dos moradores frente aos órgãos públicos.
O cartão-postal do bairro é a Pedra da Gávea, o maior bloco de pedra à beira-mar do planeta. Da rampa junto à Pedra Bonita, os praticantes de voo livre saltam de asa-delta e de parapente e pousam no trecho final da orla do bairro, conhecido como Praia do Pepino. No bairro, está sediada a escola de samba Acadêmicos da Rocinha. São Conrado é cortado pela Autoestrada Lagoa-Barra, principal eixo de ligação entre a Zona Sul e a Barra da Tijuca. Outras antigas vias passam pelo bairro, como a Avenida Niemeyer, a Estrada do Joá, a Estrada das Canoas, que sobe a serra em direção ao Alto da Boa Vista, e a Avenida Prefeito Mendes de Moraes.[9]