Séraphîta
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Autor(es)
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Honoré de Balzac
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Idioma
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Francês
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País
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França
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Gênero
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Romance filosófico
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Série
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Études philosophiques
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Ilustrador
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Édouard Toudouze
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Editor
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Edmond Werdet
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Lançamento
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1834
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Cronologia
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Séraphîta (às vezes adaptado para o português como Seráfita[1]) é um romance francês de Honoré de Balzac. Publicado na Revue de Paris, em 1834, o texto passou por sete edições: a primeira por Werdet em 1835 no mesmo volume em que Les Proscrits e Louis Lambert, e a última (edição Furne ilustrada) em 1846, na qual o romance figura nos Estudos filosóficos da Comédia Humana.
A obra mergulha no fantástico, no sobrenatural mesmo (um gênero que Balzac aborda com frequência, vide Ursule Mirouët, por exemplo). O tema da androginia, que aqui se aborda, retoma o mito antigo da perfeição humana: o andrógino era o ser total.[2]
Em um castelo da Noruega situado diante do fiorde Stromfjord, Sérafitus, um ser estranho e melancólico, parece guardar um terrível segredo. Ele ama Minna e é amado por ela, que vê nele um homem. Mas Seráfitus é amado também por Wilfrid, que lhe considera uma mulher (Seráfita).
Em realidade, Seráfitus-Seráfita é um perfeito andrógino, nascido de pais adeptos à doutrina de Emanuel Swedenborg, que visa transcender a condição humana, de que Seráfitus-Seráfita é um exemplo perfeito. Imensamente erudito, dotado de faculdades mentais além do comum dos mortais, ele mantém uma vida solitária e contemplativa. Mas esse ser quase celeste sonha conhecer o amor perfeito, aquele que consiste em amar juntamente dois seres de sexos opostos
Finalmente, sob os olhos admirados de Minna e Wilfrid, o ser se transforma em serafim e sobe ao céu.
O romance teve, como mostra o número de edições, um sucesso de público considerável.
Em 2010, Ouriel Zohar pôs em cena Seráfita com sua adaptação do romance de Balzac, apresentada em Paris com Barbara Herman, no Teatro da Île Saint-Louis,[3] em Bruxelas, na Grécia e no Congo.
Referências
- (fr) Nicolae Babuts, « Baudelaire et les anges de Swedenborg », Romance Notes, Spring 1981, n° 21 (3), p. 309-312.
- (fr) Richard Bornet, « La Structure symbolique de Séraphîta et le mythe de l’androgyne », l'Année balzacienne, 1973, n° 235-52.
- (en) Jacques Comeaux, « Androgyny in Balzac’s Séraphita », The Language Quarterly, Fall-Winter 1987, n° 26 (1-2), p. 43-50.
- (fr) M. Delcourt, « Deux interprétations romanesques du mythe de l’androgyne : Mignon et Seraphita », Revue des Langues Vivantes, 1972, n° 38, p. 228-40.
- (it) Luigi Derla, « Note in margine a Séraphîta di Honoré de Balzac », Testo: Studi di Teoria e Storia della Letteratura e della Critica, July-Dec 2004, n° 25 (48), p. 79-91.
- (fr) Juliette Frølich, « L’Ange au pays des neiges : Séraphita », L’Année balzacienne, 1992, n° 13, p. 319-31.
- (en) Margaret Hayward, « Plagiarism and the Problem of Influence: Pauline Bernheim, Balzac und Swedenborg », Australian Journal of French Studies, Jan-Apr. 1992, n° 29 (1), p. 41-51.
- (en) Dorothy Kelly, « Writing Difference Itself » Literature as Philosophy/Philosophy as Literature, Donald G. Marshall, Éd., Iowa City, U of Iowa P, 1987, p. 232-250.
- (fr) Anne-Marie Lefebvre, « De Séraphîta à Spirite: Le Génie et l’ange », l’Année balzacienne, 1996, n° 17, p. 245-67.
- (fr) Frédéric Monneyron, L’Androgyne romantique du mythe au mythe littéraire, Grenoble, ELLUG, 1994.
- (fr) Michel Nathan, « La Droite et la courbe : unité et cohérence de Séraphîta », Littérature, 1972, n° 5, p. 45-57.
- (fr) Allan H. Pasco, « Les Proscrits et l’unité du Livre mystique », l’Année balzacienne, Jul. 1999, n° 20 (1), p. 75-92.
- (en) Laurence M. Porter, « Writing Romantic Epiphany: Atala, Séraphîta, Aurélia, Dieu », Romance Quarterly, Nov. 1987, n° 34 (4), p. 435-442.
- (it) Valeria Ramacciotti, « L’Esilio dell’androgino », Studi di Letteratura Francese, Série I - Storia - Lett, 1990, n° 16, p. 188-201.
- (fr) Stéphane Vachon, « Un Manuscrit dans une robe », Balzac : une Poétique du roman, Stéphane Vachon, Éd. et préf., Saint-Denis, PU de Vincennes, 1996, p. 321-29
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