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Templo de Muktinath मुक्तिनाथ
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Exterior do templo de Muktinath | |
Informações gerais | |
Nomes anteriores | Thiru Saligramam |
Nomes alternativos | Mukti Kshetra, Chumig Gyatsa |
Tipo | Templo |
Religião | Hinduísmo e Budismo |
Geografia | |
País | Nepal |
Localização | Varagung Muktichhetra Rural Municipality |
Coordenadas | 28° 49′ 00″ N, 83° 52′ 15″ L |
Localização de Muktinath no Nepal |
O Templo de Muktinath é um santuário hindu e budista situado na aldeia homónima, no maciço do Annapurna, parte dos Himalaias, a 3 710 metros de altitude, no sopé do passo de montanha de Thorong La. A aldeia é a sede de um village development committee (lit.: "comité de desenvolvimento de aldeia"), parte do distrito de Mustang. A aldeia de Muktinath é contígua com a aldeia vizinha de Ranipauwa, a qual é por vezes tomada como parte de Muktinath.
Os hindus chamam ao local sagrado Mukti Kshetra, o que significa literalmente "local da libertação ou moksha". A origem do templo é predominantemente vixnuita, mas também é venerado por budistas. Figura no lugar 105º entre os 108 Divya Desams, os templos mais sagrados do Vixnuísmo, e é o único desses templos situados fora da Índia, à parte dos outros dois que não são terrenos. O nome original do santuário, na literatura Sri Vaishnava, anterior ao budismo, é Thiru Saligramam. O santuário alberga uma Saligrama shila,[1] considerada uma forma natural de Sriman Narayana, uma forma de Vixnu.[2] Os budistas chamam ao santuário Chumig Gyatsa, que em tibetano significa "Cem Águas". Para os budistas tibetanos é um local muito importante de deusas Dakini conhecidas como bailarinas celestes e um dos 24 sítios tântricos. Os budistas consideram o murti (imagem) do santuário uma manifestação de Avalokiteshvara, o bodisatva que representa a suprema compaixão de todos os Budas.
O santuário central de Sri Muktinath é considerado um dos oito santuários mais sagrados do hinduísmo vixnuita, no qual é conhecido como Svayam Vyakta Ksetras (os outros são Swayambhu, Srirangam, Srimushnam, Tirupati, Naimisharanya, Thotadri, Pushkar e Badrinath. O templo de Muktinath é um dos templos mais antigos dedicados a Vixnu. Apesar da sua importância, o templo é pequeno. O murti é de ouro e quase tão alto como um homem. O prakaram (pátio exterior) tem 108 cabeças de touro pelas quais sai água muito fria. No templo vive um velho monge budista e o culto é dirigido por budistas. As pujas (orações rituais) são dirigidas por uma monja. Os peregrinos devem oferecer prasad à divindade.[verificar]
O templo de Muktinath é considerado um Shakti Peetha ("assento de Shákti ou Sati). Os Shakti Peethas são a morada sagrada de Shákti formadas devido à queda de partes do cadáver de Sati Devi, quando o Senhor Xiva o carregava enquanto vagueava. Há 51 Shakti Peethas venerados pelo Shaktismo e ligados aos 51 alfabetos em sânscrito. Cada Shakti Peetha tem um santuário de Sati Devi e outro de Bhairava. O "Shakti" de Muktinath é referido como "Gandaki Chandi" e o "Bhairava" como "Chakrapani".[3][4]
Segundo a tradição budista tibetana, o guru Rinpoche, também conhecido como Padmasambhava, o fundador do budismo tibetano, meditou em Muktinath quando estava a caminho do Tibete. O templo é venerado por muitos santos da tradição hindu e a sua importância é mencionada no Vishnu Purana.
O ribeiro que desce de Muktinath até ao Kali Gandaki é a fonte de todas as shilas ou saligramas que são necessárias para estabelecer um templo de Vixnu em qualquer parte do mundo.[verificar] É considerado um dos locais de peregrinação mais sagrados por hindus e budistas. Tem 108 fontes de água, um número carregado de grande importância na filosofia indiana — por exemplo, na astrologia hindu são mencionados zodíacos (ou rashis) e 9 planetas (ou grahas), o que resulta em 108 combinações; também há 27 casas lunares (ou nakshatras) que são divididas em quatro quartos (ou padas), o que mais uma vez resulta num total de 108 padas.
Junto a Muktinath existe o único local da terra[verificar] onde é possível encontrar todos os cinco elementos dos quais todas as coisas materiais do universo são feitas, que de acordo com as filosofias hindu e budista são fogo, água, céu, terra e ar. Esse local encontra-se junto ao templo de Jwala Devi.
De acordo com a filosofia Sri Vaishnava (uma sub-seita da filosofia hindu), Muktinath é considerado um dos 108 Divya Desams, ou locais sagrados de culto ao Senhor Vixnu venerados pelos Alvar, os doze poetas santos Tâmeis na compilação chamada “Nalayira Divya Prabandham”.
Diz-se que só as pessoas dotadas podem obter o darshana do Senhor Sri Murthi e da deusa Sri Devi.[verificar]